quinta-feira, 27 de setembro de 2007

A GALERA DO IBIRAPUERA

Correr, rolar, cavar....é tudo de bom!!

Como já falei anteriormente, o Parque Ibirapuera é o meu local preferido para os passeios diários. Eu e a minha dona vamos praticamente todos os dias e o meu dono nos acompanha nos fins-de-semana.

É muito legal encontrar os meus amiguinhos, correr pelo “cachorródromo”, rolar na grama, cavar buracos….

Durante os dias de semana é bem mais tranquilo. Somos quase sempre os mesmos e já nos conhecemos, dos focinhos aos rabinhos, com todas as manhas e manias de cada um. Os nossos donos também adoram estes encontros matinais, pois além de satisfazer às nossas necessidades eles podem aproveitar para colocar o papo em dia.


Ginger & Chopp

A primeira amiguinha que conheci foi a Ginger, uma Beagle linda, com cara de estrela de comercial de ração. Ela é muito sapeca e um pouco fujona. Na verdade, ela é um tanto independente. Se alguma coisa chama a sua atenção, não interessa a distância, ela vai conferir (mesmo que essa distância a afaste bastante do campo de vista do seu dono). O dono vive correndo atrás dela e tentando trazê-la de volta ao local inicial. A gente desconfia que a Ginger acha que o dono precisa fazer mais exercícios, por isso ela dá essas escapadinhas forçando-o a percorrer alguns quarteirões a mais do que o previsto. Com algum treinamento, a Ginger vem melhorando bastante e quase não se afasta mais. O problema é quando chega o Chopp….

Sim, o Chopp, também é um lindo exemplar da raça Beagle e, diz a lenda, eterno noivo da Ginger (mas acho que esse casamento não vai rolar...rsss). Geralmente o único macho dentre tantas fêmeas, o Chopp é o nosso “bendito entre as mulheres” e exerce bem o seu papel de protetor. Se algum outro macho, principalmente desconhecido, se aproxima sem o devido respeito…..nhac!!!! E lá vai o dono dele se meter no meio de mais uma confusão. Ahahaha. Mas ele é tranquilo e, como a Ginger, um tanto independente. Gosta de dar as suas voltinhas um pouco mais afastadas mas, o problema é que algumas vezes ele volta com um odor um pouco exagerado e, outras vezes, com amostras de substâncias (dispensemos os detalhes!!) espalhadas pelo corpo. Pobre dono do Chopp….eu também já fiz isso, mas foi só uma vez, e poucas vezes vi a minha dona tão furiosa. Pensando bem, quem nunca passou por isso ou não conhece alguém que já passou?



Pausa para a explicação científica (o meu Blog também é cultura!!!):

A coprofagia, prática de comer fezes que ocorre naturalmente em algumas espécies de animais, como cães e gatos, ainda não tem as suas causas bem esclarecidas. Sabe-se que o tédio pode ser um fator causador e que um cão que come fezes pode induzir os outros cães, instalando um problema difícil de ser resolvido. Quanto ao ato de rolar sobre porcarias como carcaças de animais, lixos ou até mesmo fezes, é um problema que pode ocorrer com todas as raças. Porém, as raças originalmente desenvolvidas para a caça tem especial atracão por este tipo de evento fedorento (tá aí a justificativa que faltava para o Chopp!!). A verdadeira intenção do cão caçador é capturar o cheiro no qual ele se esfrega e assim cobrir o seu próprio cheiro, o que ajudaria como disfarce no eventual encontro com uma presa. Uma outra interpretação é a de que, ao capturar o odor do seu “precioso achado”, o cão retorna ao seu grupo que passa a cheirá-lo com extremo interesse e entusiasmo. Ele estaria assim transmitindo informações de uma possível presa para o grupo e convidando-os para uma caçada.


Bom, voltando à minha galera….

Puppy & Phoebe

Uma outra amizade interessante que fiz foi a Puppy, a caçadora de passarinhos. Como uma legítima Pointer, quando não estamos envolvidas nas nossas seções intermináveis de Sumô, a Puppy anda às voltas pelo “cachorródromo” que nem uma louca na esperança de alcançar algum pássaro. Corre de árvore em árvore com a cauda a balançar num ritmo descontrolado. Nunca vi ela caçar nadinha, mas o que vale é a diversão da tentativa. Tem gosto pra tudo. Eu também, as vezes fico numa paranóia com o meu “dadinho”….mas isso é conversa para outra postagem.

Tem também a Phoebe, uma Golden Retriver como eu. Muito charmosa, como eu. E inteligente, como eu. A Phoebe é mais “na dela”, não vai sempre ao parque como nós, mas quando vai é uma alegria. Gostamos muito de brincar juntas, devíamos nos ver mais vezes, viu mamãe da Phoebe?


Naomi , Malu & Shously

Ah, não posso esquecer da Naomi. Não, não é a Campbel. Mas até que parece uma modelo. Tá bem, a Naomi não é lá muito esbelta (desculpe Na, mas tenho que dizer a verdade) mas tem uma postura elegante, séria e centrada. A nossa exemplar de Labrador pretinha está sempre tranquila, deitadinha, ora no sol ora na sombra. Quase nada abala o seu estado de espírito. Mas, como uma boa matriarca da matilha (achei que ela merecia esse título) se algum de nós passa dos limites ela logo nos dá um corretivo e repõe a ordem. E a gente respeita, claro!

A Malu é a exemplar de Bulldogue mais elétrica que já vi. Uma verdadeira “formiguinha atômica” que não pára de correr um só instante. Juro, chega a desafiar os Galgos. Para ela não há diferenças de tamanho.

Por falar em “formiguinha atômica”, lembrei-me agora da Shously Lica, ou apenas Shously, para os íntimos. Finíssimo exemplar da raça Italian Greyhound, é muito tranquila, mansa e afetuosa. Mas não é de muita brincadeira. Embora de aparência frágil, ela gosta mesmo é de explorar o território e prefere fazer aquilo que quer a obedecer a ordens.

Pinga & Cindy

A Pinga, uma Terrier Brasileira (mais conhecida como Fox Paulistinha) é a ranzinza do grupo. É raro ver a Pinga em momentos de brincadeira, ela gosta mais é de ficar “na dela”, tranquila e, de vez em quando, roubar as bolinhas alheias.

A Cindy é uma linda filhotinha de Labrador que chegou a pouco tempo para animar a galera. Com energia exalando por todos os poros, como é típico de um filhote, consegue levar todos à exaustão e até tirar a Naomi do seu pedestal. Temos que montar um esquema de revezamento para aguentarmos o ritmo dessa pequena. E ela vai trocando de parceiros durante as brincadeiras e nem se dá conta, o importante é não parar a animação.

A Maggie: humm, será que ela troca??

A Maggie é outra bela Golden Retriever. Não é lá muito interativa, o negócio dela é com os seus brinquedinhos. Um dia bolinha, no outro dadinho…seja o que for, o importante é ter alguém para jogar que ela vai buscar. O problema é quando algum engraçadinho tenta dividir o “precioso objeto” com ela…eu mesma sou uma que tenta, tenta…levo umas broncas…mas não desisto!! ahahaha

Essa foi uma pequena amostra da minha galera do Ibirapuera. Procurei falar daqueles que me são mais próximos, os quais conheço melhor e compartilho as brincadeiras. É claro que a nossa turma é composta por uma cachorrada muito maior….ainda tem a Lilló, o Arthur, o Brat, o Thor, a Vitória, o João, a Mel, as Lunas (são várias!!), o Treze, a Rita….e por aí segue. Desculpem se não dá para falar de todos, mas vocês são, sem dúvida, parte de um grupo de muita raça (não levem ao pé da letra).

A verdade, verdadeira é que eu amooooo encontrar os meus amiguinhos, brincar de “lutadores de sumô” com eles, cavar e, as vezes, até me ponho a correr um pouquinho (sou preguiçosa, acabo pegando atalhos…rsss).

Cada um deles (e seus respectivos donos) tem o seu lugar no meu coraçãozinho e cada um deles foi e continua sendo peça importante no meu processo de socialização, disciplina e aprendizagem geral. Por isso, não poderia deixar de dedicar espaços especiais a eles no meu Blog. Afinal, são parte da minha história e espero que continuem sendo parte da nossa longa vida.


É assim que volto para casa: toda suja e com essa cara de felicidade!!!

Um comentário:

  1. Olá, obrigada pelos elogios, eu sei que eu sou linda, afinal nunca deixo de sair sem me maquiar, sem retocar o lápis... Mas saiba que eu e o Choppinho "estamos praticamente noivos". Nosso noivado será oficializado em breve, aguarde o convite, viu? Uma lambida no fossinho e parabéns pelo seu blog, minha amiga, estou com saudades

    Ginger

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