terça-feira, 5 de agosto de 2008

SUBINDO A SERRA


Pronta para a nova aventura


O fim-de-semana prometia e lá fomos nós cruzando a fronteira entre os estados de São Paulo e Minas Gerais. Desta vez, tínhamos a companhia da minha “priminha”, a Dandara, afilhada da minha dona.


Rumo à Serra da Mantiqueira: Pedra do Baú e paisagens indescritíveis



E o nosso Abrigo ali, bem no meio disso tudo!!.
.
Seguimos rumo à Serra da Mantiqueira e a viagem tinha somente caráter de lazer. Nossa missão era conhecer o Abrigo de Montanha do Adventure Park. Aquele pessoal, parceiros do “Portal Turismo 4 Patas”, no evento “Patas na Trilha”, lembra? Aliás, vem aí a segunda edição….mas isso é assunto para outro post. Então, além do próprio Adventure Park (em Santa Isabel), eles possuem esse abrigo, na cidade de Paraisópolis (MG). Bem lá no alto das montanhas, na Serra da Mantiqueira, distante cerca de 250km da cidade de São Paulo.


A proposta que nos fizeram era para que conhecêssemos o lugar, sua estrutura e avaliássemos a possibilidade de realizar um evento do “Portal Turismo 4 Patas” ali. Claro que topamos e eu assumi essa missão. Tinha que supervisionar caninamente as condições, os serviços, as opções de lazer….tudo com o meu próprio focinho (Êita, trabalho difíci, Uail!!). E assim o fiz!!


Uma coisa eu posso assegurar: o lugar é espetacularmente lindo!! Cravado bem no alto e em meio a uma paisagem indescritível, o abrigo possui uma estrutura simples e pequena, mas muito aconchegante e charmosa. Sua capacidade física lhe impõe um número bem restrito de hóspedes (apenas 06 quartos), mas essa limitação logo será resolvida pois há planos de adaptações e ampliações para muito em breve. Agora, se formos falar da capacidade de “receber bem”……


Passamos 2 dias maravilhosos, respirando puro ar puro, sentindo o friozinho gostoso da Serra e rodeados por uma natureza que parecia infinita. Para onde quer que olhássemos, de cada local que olhássemos, avistávamos um novo quadro digno de uma moldura. As paisagens enchiam os nossos olhos e ficávamos ali, abobados, com olhos e bocas abertos….incrédulos.

Quarto apertadinho: acho que dá, né?__________Casa-sede em madeira ______


Chalé do Abrigo e...olha, tem até cavalinhos!!

Fomos carinhosamente recebidos pelo casal responsável pela administração do estabelecimento, o Sr. João Bianchi e a Dona Margarida, ambos muito simpáticos. Ah, e também fazia parte do comitê receptivo, a Nina, uma cadelinha da raça Pequinês de mais ou menos uns 7 anos. A Nina não ficou lá muito contente com a minha presença (pelo menos nos primeiros momentos), mas logo você saberá o porquê.

Horta, dois laguinhos (!!) e a Nina (não muito satisfeita com a visita...rssss)

A casa-sede do abrigo é uma construção em madeira, instalada a 1350 metros de altitude e rodeada de uma rica vegetação e bosques de pinheiros. Dentro da propriedade encontram-se uma horta, mini-trilhas e 2 laguinhos onde me esbaldei. O ambiente é mesmo para que você se sinta em casa: tem uma sala de TV/estar coletiva, refeitório com uma mesa grande e comprida e comida caseira que nos foi servida pessoalmente pelos anfitriões. Isso é, servida aos meus donos e minha priminha Dandara. A minha refeição, eu mesma me servi…..Lá no comedouro da Nina!!! Ahahahaha, entenderam agora porque que ela não foi com a minha fuça? A Nina come ração para cães sénior, mais molinha, macia…ficava lá, “dando sopa” na cozinha….achei que ela não iria se importar. Mas ela se importou! Afinal, eu andava livremente, pra lá e pra cá, pela propriedade, por dentro da casa, ganhando afagos dos donos dela e ainda comendo a sua comida….ah, isso já era demais!! Toda hora ela me “botava para correr”, me dava um aviso. Mas eu sou persistente e acabava conseguindo o que queria…rssss.




Trilha na represa do Parque Ecológico: que imensidão de água!!

Será que posso pular? _____________________Posso?? Posso??____





O dono deixou!! Aha, Uhu, a represa é minhaaa!!!


No mesmo dia em que chegamos, fomos dar um passeio pelo Parque Ecológico de Paraisópolis que fica ali mesmo, ao lado do Abrigo. Fizemos uma caminhada e eu não resisti a dar um mergulho na represa. Gente, aquela água toda bem na minha frente…..Dou uma sorte danada: sempre que visitamos lugares assim, não há mais nenhum cão para fazer “concorrência”. Acabo ficando com tudo, só pra mim!!! Rssss. Alguns mergulhos depois, voltamos ao Abrigo e anoiteceu. E com a noite chegou o frio, claro. Nos aconchegamos, bem juntinhos, na sala de estar e assistimos um pouco de TV (nessa hora até a Nina se rendeu!). Depois fomos dormir. Os quartos não são muito espaçosos e os banheiros são distribuídos em 1 para cada 2 quartos. Mas deu para me acomodar bem com os meus donos. O Sr. João e a dona Margarida disseram que já estão providenciando as obras de melhorias e ampliação da estrutura. Construirão mais quartos e transformarão todos em suites. Além da construção de chalés e salão para festas e eventos.





Laguinho do Abrigo: também é todo meu!!

Eu, nadando em meio à fantástica paisagem. E eles, só assitindo (com medo do frio).




Pelo menos jogavam a minha bolinha....isso é o que interessa!!


No dia seguinte, depois de uma bela caminhada pelas pequenas trilhas da propriedade, fui experimentar o laguinho. Essa foi a melhor parte da “inspeção”…ehehehe. Estava um lindo dia de sol mas fazia bastante frio. E quem disse que eu ligo para isso??!! Ah, você já sabe que eu não resisto a uma lago…e, adivinhe, estava ali disponível só pra mim!!!Lá fui eu!!! Ninguém mais teve coragem para me acompanhar. Limitaram-se a atirar a minha bolinha e eu não podia me queixar, já estava de “bom tamanho”. Minha dona ficou um pouco preocupada porque estava muito frio e a água gelada. Mas, apesar de estar com alguns tremores, a minha ânsia de pular na água era incontrolável. Muito gostoso!!


Domigo: trilha matinal com a priminha Dandara e laguinhoo!!!



Garota dourada: frrriooo?? Que frrioo??






Pausa para o futebol com o dono.


Partimos logo após o almoço e, como já era de se esperar, além de gostosas lembranças e da sensação de ter curtido um belo fim-de-semana, trouxe comigo uma boa gripe. Bem fraquinha, apenas começando, mas foi rapidamente controlada (e olha que sou vacinada contra a gripe!). Se todos os filhos ouvissem os conselhos das mães…..não teríamos histórias para contar…ahahahaha.


Tira logo essa foto que o sol tá me cegandoooo.....


Não quero ir embora!! Ele não vai me pegar!!______________Pegou.....____________

A aventura foi aprovada e estamos à espera que o Sr. João e a dona Margarida nos confirmem a conclusão das reformas para que possamos levar um bom grupo de “peludos” e realizar um evento do Portal por lá. Mas, ficou também uma lição sobre a prevenção e os cuidados com a gripe canina….por isso, leia o artigo abaixo com atenção mas não precisa se assustar….afinal, eu estou aqui cheia de saúde contando essa aventura!!





Lá vou eu, deixando os pinheiros para trás


Gripe Canina (O meu Blog também é saúde!!)



A traqueobronquite infecciosa também conhecida como “gripe canina” ou, ainda, popularmente chamada de "Tosse dos Canis", é uma doença específica do sistema respiratório dos cães, que se caracteriza por sua natureza aguda e contagiosa.

É causada principalmente por três agentes infecciosos, uma bactéria de nome Bordetella bronchiseptica (o agente causador mais frequente) e dois vírus, Parainfluienza e Adenovírus Tipo 2, que podem atuar de forma isolada ou em conjunto. As infecções causadas pelos vírus normalmente são mais brandas, e não requerem tratamento específico. Porém, quando mais de um agente está envolvido, o quadro se torna mais grave. Sem falar que a Bordetella bronchiseptica pode acometer também os humanos, por isso, a doença é considerada uma zoonose.

Pode ocorrer em qualquer época do ano, porém, no inverno, as baixas temperaturas e o clima e seco favorecem o aparecimento da gripe canina. A doença é facilmente transmitida de um animal doente para outros animais por meio da tosse e espirros ou objetos contaminados. Mas, ao contrário do que se pensa, não é necessário o cachorro ter contato com outros cães para pegar a gripe. Lógico que, em um ambiente onde exista uma população muito grande de indivíduos em um espaço pequeno, a chance desta doença aparecer é bem maior. Mas ele pode ser contaminado simplesmente por inalação de gotículas do ar que contenham pelo menos um dos agentes causadores da doença…durante um passeio.

O problema desta doença é que os sintomas iniciais são semelhantes a outras doenças. No início, por não fazer com que o paciente deixe de comer ou altere seu comportamento, também não irá incomodar seus responsáveis e, consequentemente, quando resolvem levá-lo para avaliação clínica, a doença já está bastante acentuada, podendo desenvolver um quadro de pneumonia ou bronquite.

O cão pode apresentar sinais clínicos que lembram muito o resfriado humano. Um dos principais sintomas da "gripe canina" é a presença de tosse, geralmente seca, forte e persistente que pode ser agravada após algum esforço físico, agitação ou mesmo a pressão da coleira, causando dificuldades respiratórias e ânsia de vômito (semelhante ao engasgo). O sintoma pode persistir por alguns dias e, em certos casos, por até duas ou três semanas. Os animais podem apresentar febre, secreção nasal, secreção nos olhos, apatia, falta de apetite e dificuldade respiratória, caso o quadro se agrave.

Não espere isto ocorrer! Qualquer alteração, leve-o imediatamente ao médico veterinário.

É importante salientar que nem sempre o cão que apresenta o sintoma de tosse seca está com a gripe canina. Muitas vezes este sintoma também ocorre em animais cardiopatas (animal com problemas cardíacos), particularmente nos animais idosos. Por isso, é sempre importante levar o animal ao seu veterinário de confiança, para que o diagnóstico seja correto e preciso. O médico veterinário é o único profissional apto a definir o melhor tratamento de um animal doente, dependendo do seu estado clínico no momento da consulta.

Se o cão já contraiu a gripe canina, o tratamento básico consiste em antibioticoterapia (tratamento à base de antibióticos), xaropes para alívio da tosse, anti inflamatórios e confinamento do animal, evitando que ele fique exposto ao frio, vento, humidade e evitar banhos.

A vacinação é a melhor forma de prevenir essa doença, pois cria uma barreira protetora no sistema respiratório do animal, impedindo a entrada dos agentes causadores. Além da vacina anti-rábica e da vacina múltipla (contra cinomose, hepatite, leptospirose, parvovirose, coronavirus e parainfluenza), todo cão pode receber uma dose da vacina contra a tosse dos canis a partir dos 2 meses de vida, com reforço anual. A vacina é intranasal (o líquido é instilado dentro das narinas do cão – dose única) ou injetável (2 doses). Consulte o médico veterinário sobre o esquema de vacinação ideal para manter o seu peludo saudável. O custo da vacinação é MUITO menor que os custos do tratamento que fará o seu pet saudável novamente.

Além da vacinação, tome outros cuidados com seu companheiro: mantenha-o protegido do frio, da humidade e do vento, evite aglomerações de animais e isole os cães doentes. Para prevenir a gripe canina, são imprescindíveis também bons programas de manejo, como limpeza adequada do ambiente. Evitar a exposição do animal às mudanças bruscas de temperatura também ajuda a mantê-lo saudável.

Outros fatores podem causar a tosse nos cães, como friagem, odores fortes (produtos de limpeza, solventes, tintas..) e alergias a ácaros e pólen. Animais nessas condições estarão mais sensíveis e, portanto, predispostos a serem contaminados por um vírus ou bactéria, o que irá gravar o quadro respiratório.
Como orientações gerais no inverno são recomendados os seguintes cuidados:

· Vacine preventivamente todos os anos seu cão contra a tosse dos canis.
· Procure o veterinário caso seu cão apareça com tosse ou espirrando.
· Mantenha seu animal protegido do frio, humidade e vento.
· Caso seja necessário providencie roupas próprias para animais.
· Evite passeios em horários e dias muito frios.
· Evite banhos muito frequentes e previra os dias mais quentes e sempre utilize secador.
· Dê maior atenção aos filhotes e aos cães de raças de pelagem curta como Doberman, Dachshund, Pinscher, Whippets e outros, pois sentem muito frio.
· Se o seu cão dorme ou permanece muito tempo do lado de fora de casa, providencie uma casinha, canil ou abrigo para ele. Cães que dormem desabrigados são sérios candidatos a desenvolver doenças respiratórias.



Fontes: Site Animalivre, Site Merial, Site Vida de Cão (Drª Silvia Parisi)


DICA DA CLÉO


Abrigo de Montanha do Adventure Park
Para maiores informações, clique aqui.

Adventure Park (Santa Isabel)
Para maiores informações, clique aqui.