quinta-feira, 27 de setembro de 2007

A PRIMEIRA VIAGEM - PRAIA DE MARESIAS

Praia de Maresias: paisagem perfeita.

Finalmente iniciei a minha carreira de “Consultora de Viagens” e, consequentemente, a vida de “viajante 4 patas”.

O destino escolhido para a minha iniciação foi o litoral de São Paulo, mais precisamente a região de São Sebastião e, mais precisamente ainda a Praia de Maresias.

Distante 169km da cidade de São Paulo, Maresias é uma das praias mais badaladas do Brasil. Lá estão as melhores casas noturnas e bares do litoral paulista, que fazem o agito e a fama do local. É também conhecida pelas suntuosas mansões e condomínios luxuosos à beira mar. Ao longo dos seus 5 km de areias brancas e soltas desfila muita gente bonita da alta sociedade paulistana. Mas, o seu atrativo principal são as ótimas ondas para a prática do Surf e do Bodyboarding. Palco de eventos esportivos nacionais e internacionais, com ondas rápidas e tubulares, praia limpa e mar quase sempre cristalino, Maresias é o pico ideal com ondas que podem ir de meio metrinho até 3 metros de altura!!!!

Maresias conta ainda com uma grande estrutura turística, como pousadas, hotéis, campings, restaurantes, lojas, Posto de Saúde e um Posto da Polícia Militar.

Fizemos o percurso de carro em cerca de 3 horas. Fui devidamente acomodado no banco traseiro e presa a um cinto de segurança especial para cães. Também fizemos umas 3 paradas para que pudéssemos esticar pernas e patas e eu pudesse fazer um xixizinho. Tudo como manda o Manual do Pet Viajante.

Ficamos no Hotel Mibamar, que nos recebeu de braços abertos e até permitiu que eu dormisse no quarto junto com os meus donos.

Tô fora, se quiser vai você...

No dia seguinte fomos à praia e vi o mar pela primeira vez. Aquele oceano azul infinito me deixou meio que paralisada. Um pouco deslumbrada, um pouco apavorada. É que, naquele dia, a maré estava um tanto violenta. Para completar, movido pela ansiedade de me ver em meu primeiro mergulho, o meu dono tentou me conduzir insistentemente para dentro daquele turbilhão de ondas. Tomei alguns caldos e empurrões e decidi que não queria nada daquilo. Ele que, se quisesse, fosse sozinho. Eu ficaria vigiando à distância o suficiente para me manter bem sequinha.

Molhada, mas em terra firme.

O bom mesmo era ficar cavando buracos na areia. Ah, isso eu gostei!!! Mas acho que os outros frequentadores não estavam muito satisfeitos com a minha presença. Isso é importante: sempre que for para algum destino no litoral com o seu pet, confirme se é permitido o acesso de animais naquela praia. Ou, pelo menos, certifique-se de que não há muito movimento no horário em que você escolher levar o seu pet para um mergulho.

Cavar é bom demais!!!

Na minha opinião, para uma primeira aventura, nos saímos bem. De qualquer forma é sempre legal estar com os meus donos. Eles até estranharam o fato de um Retriever não gostar da água mas, quem sabe na próxima vez, se for uma piscina, uma lagoa ou uma praia calminha, eu dou uma nadada com eles??

Quem sabe da próxima vez????

A GALERA DO IBIRAPUERA

Correr, rolar, cavar....é tudo de bom!!

Como já falei anteriormente, o Parque Ibirapuera é o meu local preferido para os passeios diários. Eu e a minha dona vamos praticamente todos os dias e o meu dono nos acompanha nos fins-de-semana.

É muito legal encontrar os meus amiguinhos, correr pelo “cachorródromo”, rolar na grama, cavar buracos….

Durante os dias de semana é bem mais tranquilo. Somos quase sempre os mesmos e já nos conhecemos, dos focinhos aos rabinhos, com todas as manhas e manias de cada um. Os nossos donos também adoram estes encontros matinais, pois além de satisfazer às nossas necessidades eles podem aproveitar para colocar o papo em dia.


Ginger & Chopp

A primeira amiguinha que conheci foi a Ginger, uma Beagle linda, com cara de estrela de comercial de ração. Ela é muito sapeca e um pouco fujona. Na verdade, ela é um tanto independente. Se alguma coisa chama a sua atenção, não interessa a distância, ela vai conferir (mesmo que essa distância a afaste bastante do campo de vista do seu dono). O dono vive correndo atrás dela e tentando trazê-la de volta ao local inicial. A gente desconfia que a Ginger acha que o dono precisa fazer mais exercícios, por isso ela dá essas escapadinhas forçando-o a percorrer alguns quarteirões a mais do que o previsto. Com algum treinamento, a Ginger vem melhorando bastante e quase não se afasta mais. O problema é quando chega o Chopp….

Sim, o Chopp, também é um lindo exemplar da raça Beagle e, diz a lenda, eterno noivo da Ginger (mas acho que esse casamento não vai rolar...rsss). Geralmente o único macho dentre tantas fêmeas, o Chopp é o nosso “bendito entre as mulheres” e exerce bem o seu papel de protetor. Se algum outro macho, principalmente desconhecido, se aproxima sem o devido respeito…..nhac!!!! E lá vai o dono dele se meter no meio de mais uma confusão. Ahahaha. Mas ele é tranquilo e, como a Ginger, um tanto independente. Gosta de dar as suas voltinhas um pouco mais afastadas mas, o problema é que algumas vezes ele volta com um odor um pouco exagerado e, outras vezes, com amostras de substâncias (dispensemos os detalhes!!) espalhadas pelo corpo. Pobre dono do Chopp….eu também já fiz isso, mas foi só uma vez, e poucas vezes vi a minha dona tão furiosa. Pensando bem, quem nunca passou por isso ou não conhece alguém que já passou?



Pausa para a explicação científica (o meu Blog também é cultura!!!):

A coprofagia, prática de comer fezes que ocorre naturalmente em algumas espécies de animais, como cães e gatos, ainda não tem as suas causas bem esclarecidas. Sabe-se que o tédio pode ser um fator causador e que um cão que come fezes pode induzir os outros cães, instalando um problema difícil de ser resolvido. Quanto ao ato de rolar sobre porcarias como carcaças de animais, lixos ou até mesmo fezes, é um problema que pode ocorrer com todas as raças. Porém, as raças originalmente desenvolvidas para a caça tem especial atracão por este tipo de evento fedorento (tá aí a justificativa que faltava para o Chopp!!). A verdadeira intenção do cão caçador é capturar o cheiro no qual ele se esfrega e assim cobrir o seu próprio cheiro, o que ajudaria como disfarce no eventual encontro com uma presa. Uma outra interpretação é a de que, ao capturar o odor do seu “precioso achado”, o cão retorna ao seu grupo que passa a cheirá-lo com extremo interesse e entusiasmo. Ele estaria assim transmitindo informações de uma possível presa para o grupo e convidando-os para uma caçada.


Bom, voltando à minha galera….

Puppy & Phoebe

Uma outra amizade interessante que fiz foi a Puppy, a caçadora de passarinhos. Como uma legítima Pointer, quando não estamos envolvidas nas nossas seções intermináveis de Sumô, a Puppy anda às voltas pelo “cachorródromo” que nem uma louca na esperança de alcançar algum pássaro. Corre de árvore em árvore com a cauda a balançar num ritmo descontrolado. Nunca vi ela caçar nadinha, mas o que vale é a diversão da tentativa. Tem gosto pra tudo. Eu também, as vezes fico numa paranóia com o meu “dadinho”….mas isso é conversa para outra postagem.

Tem também a Phoebe, uma Golden Retriver como eu. Muito charmosa, como eu. E inteligente, como eu. A Phoebe é mais “na dela”, não vai sempre ao parque como nós, mas quando vai é uma alegria. Gostamos muito de brincar juntas, devíamos nos ver mais vezes, viu mamãe da Phoebe?


Naomi , Malu & Shously

Ah, não posso esquecer da Naomi. Não, não é a Campbel. Mas até que parece uma modelo. Tá bem, a Naomi não é lá muito esbelta (desculpe Na, mas tenho que dizer a verdade) mas tem uma postura elegante, séria e centrada. A nossa exemplar de Labrador pretinha está sempre tranquila, deitadinha, ora no sol ora na sombra. Quase nada abala o seu estado de espírito. Mas, como uma boa matriarca da matilha (achei que ela merecia esse título) se algum de nós passa dos limites ela logo nos dá um corretivo e repõe a ordem. E a gente respeita, claro!

A Malu é a exemplar de Bulldogue mais elétrica que já vi. Uma verdadeira “formiguinha atômica” que não pára de correr um só instante. Juro, chega a desafiar os Galgos. Para ela não há diferenças de tamanho.

Por falar em “formiguinha atômica”, lembrei-me agora da Shously Lica, ou apenas Shously, para os íntimos. Finíssimo exemplar da raça Italian Greyhound, é muito tranquila, mansa e afetuosa. Mas não é de muita brincadeira. Embora de aparência frágil, ela gosta mesmo é de explorar o território e prefere fazer aquilo que quer a obedecer a ordens.

Pinga & Cindy

A Pinga, uma Terrier Brasileira (mais conhecida como Fox Paulistinha) é a ranzinza do grupo. É raro ver a Pinga em momentos de brincadeira, ela gosta mais é de ficar “na dela”, tranquila e, de vez em quando, roubar as bolinhas alheias.

A Cindy é uma linda filhotinha de Labrador que chegou a pouco tempo para animar a galera. Com energia exalando por todos os poros, como é típico de um filhote, consegue levar todos à exaustão e até tirar a Naomi do seu pedestal. Temos que montar um esquema de revezamento para aguentarmos o ritmo dessa pequena. E ela vai trocando de parceiros durante as brincadeiras e nem se dá conta, o importante é não parar a animação.

A Maggie: humm, será que ela troca??

A Maggie é outra bela Golden Retriever. Não é lá muito interativa, o negócio dela é com os seus brinquedinhos. Um dia bolinha, no outro dadinho…seja o que for, o importante é ter alguém para jogar que ela vai buscar. O problema é quando algum engraçadinho tenta dividir o “precioso objeto” com ela…eu mesma sou uma que tenta, tenta…levo umas broncas…mas não desisto!! ahahaha

Essa foi uma pequena amostra da minha galera do Ibirapuera. Procurei falar daqueles que me são mais próximos, os quais conheço melhor e compartilho as brincadeiras. É claro que a nossa turma é composta por uma cachorrada muito maior….ainda tem a Lilló, o Arthur, o Brat, o Thor, a Vitória, o João, a Mel, as Lunas (são várias!!), o Treze, a Rita….e por aí segue. Desculpem se não dá para falar de todos, mas vocês são, sem dúvida, parte de um grupo de muita raça (não levem ao pé da letra).

A verdade, verdadeira é que eu amooooo encontrar os meus amiguinhos, brincar de “lutadores de sumô” com eles, cavar e, as vezes, até me ponho a correr um pouquinho (sou preguiçosa, acabo pegando atalhos…rsss).

Cada um deles (e seus respectivos donos) tem o seu lugar no meu coraçãozinho e cada um deles foi e continua sendo peça importante no meu processo de socialização, disciplina e aprendizagem geral. Por isso, não poderia deixar de dedicar espaços especiais a eles no meu Blog. Afinal, são parte da minha história e espero que continuem sendo parte da nossa longa vida.


É assim que volto para casa: toda suja e com essa cara de felicidade!!!

CASTRAR OU NÃO CASTRAR ?

Muito carinho para ajudar na recuperação
 
Hoje a minha dona me levou ao veterinário. Mas, dessa vez, foi diferente. Eu senti que ela estava um pouco tensa. Para ela foi uma decisão difícil, mas o passo era necessário. Foi tudo muito bem pensado, questionado, estudado, conversado e muitos outros “ados” até a exaustão. Até não haver mais nenhuma dúvida de que era a melhor decisão, a mais consciente.
 
A minha dona gostaria muito de, um dia, quando eu tivesse uma ninhada, poder ficar com um filhotinho e dar continuidade à minha descendência. Mas o fato é que nós vivemos num apartamento e não temos nenhuma previsão de quando mudaremos para uma casa ou apartamento maior. Vejam vocês que, um Golden num apartamento já é chocante para algumas pessoas (mas nós vivemos muito bem), imagine então uma ninhada??? Até os 45 dias de vida, enquanto não pudessem ser entregues aos novos donos, teríamos sei lá quantos Goldenzinhos crescendo num apartamento!!!! E quando eu tivesse o cio…não poderia dar os meus passeios diários e brincar com os meus amiguinhos. Tampouco poderia acompanhar a minha dona nas aventuras turísticas. Sem falar nas doenças das quais, provavelmente, agora estarei livre.
Pausa para a explicação científica (o meu Blog também é cultura!!!):
Ao contrário do que muitos pensam, o ato de esterilizar (castrar) um animal é um gesto de amor e responsabilidade.
Quando nasce uma ninhada e os filhotes não são desejados pelo dono, podem acabar nas ruas passando frio e fome, ou na mão de algum dono que não irá tratá-los adequadamente.
Segundo a Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA), uma única cadela, com vida reprodutiva de 6 anos, pode gerar 100 descendentes, enquanto uma gata em apenas 2 anos pode deixar 200. Definitivamente, não existem lares e nem donos responsáveis para todos.
Mas a castração não serve só para evitar filhotes. Ao serem esterilizados, os animais ficam mais calmos, deixam de brigar e correm menos risco de serem infectados por doenças transmitidas através de mordidas e até pelo ato sexual. Outros problemas de comportamento como, por exemplo, a necessidade de urinar para demarcar território, são reduzidos ou eliminados.
A recomendação é de se castrar o animal antes da puberdade. Para as cadelas, antes do primeiro cio. Isso reduz em cerca de 90% as chances do animal desenvolver o câncer de mama e, além disso, garante uma maior facilidade de recuperação pós-cirúrgica. A fêmea castrada também se vê livre da piometra, infecção do útero que atinge cerca de 60% das cadelas não castradas.
Além disso, os animais vivem mais contentes por viverem sem a frustração que é não poder realizar seu desejo sexual de imediato.
A cirurgia é feita com o animal anestesiado, é simples e dura em média uma hora. O animal não precisa ficar internado e leva em torno de uma semana para se recuperar totalmente.
Em fêmeas, retira-se útero, trompas e ovários. Nos machos retiram-se os testículos. Os animais a serem castrados deverão estar em boas condições de saúde e ficar em jejum (água e comida) por cerca de 12 horas antes da cirurgia.
Muita gente alega que castrar um animal sai caro. Mas existem clínicas ótimas que realizam cirurgias a preço de custo. Informe-se melhor a respeito através das Organizações não Governamentais (ONG) ou Entidades protetoras dos animais. E a preocupação é se o seu pet vai ficar gordo??? Vai sim, mas só se ele não se exercitar e tiver uma alimentação inadequada.
Voltando à minha cirurgia….

O Dr. Gustavo Sato, da Clínica HipoPet, e a sua equipe fazem parte da turma de veterinários do bem que castram a preços reduzidos, tanto em sua clínica quanto nas campanhas realizadas nas comunidades carentes. Eles foram maravilhosos comigo. Ao me aplicarem o anestésico eu apaguei quase que de imediato. Sabia que a minha dona estaria (e esteve) ali, ao meu lado, durante todo o tempo. Isso me tranquilizou e a cirurgia correu bem e rapidamente. Quando acordei ela (a minha dona) estava lá, incansável, ao meu lado. Fiquei um pouco mal, vomitei, senti dores e frio. Mas eram sintomas normais do pós-operatório. Nada como a minha casinha, a minha caminha e muito carinho para me ajudar a ter uma recuperação rápida. E assim o foi. Dois dias depois eu já estava toda serelepe, querendo correr para todos os lados sem nem me dar conta de que ainda tinha os pontos da cirurgia.
Na verdade, eu ainda não compreendia muito bem porque fizeram isso comigo, mas se a minha dona decidiu é porque era o melhor para mim e eu confio no amor dela.
Eu confio no amor dela!!!

O PARQUE VILLA-LOBOS

Ciclovia e grama limpinha

Neste domingo, eu e os meus donos resolvemos mudar um pouco a rotina de irmos sempre ao Ibirapuera. E porque não experimentar novos ares??? (no meu caso, novas gramas…adoro comer grama!!).

De fato, o Parque Villa-Lobos é muito bonito, tudo novinho e bem cuidado. Quem passeia hoje pelas alamedas do parque não imagina que boa parte dos seus 750 mil metros quadrados de área verde (dos quais apenas 350 mil estão abertos ao público) serviu de abrigo para um depósito de lixo até o final da década de 1980.

Inaugurado em 1994, inicialmente, o parque não passava de um descampado, sem sombra nem água. Além disso, era considerado perigoso por seus visitantes. Mas passou por reformas e ganhou policiamento. A polícia contornou o problema da segurança instalando uma base da PM no local, enquanto o plantio de árvores e a instalação de lanchonete e sanitários forneceu a infra-estrutura que faltava. Daí acabou por transformar e valorizar a região. A área arborizada é de 140 mil metros quadrados. Outros 160 mil metros quadrados são cobertos por gramados e canteiros ajardinados. A grama é bem gostosa (literalmente) e bem limpinha.

Embora tenha sido originalmente projetada para ser um oásis musical – uma homenagem ao compositor Heitor Villa-Lobos – a área é, na verdade, um excelente programa para quem gosta de fazer exercícios. Bem pavimentadas e planas, a pista de cooper e a ciclovia são também o paraíso para os amantes dos patins. As bicicletas podem ser alugadas na entrada principal. Quadras poliesportivas, aparelhos de ginástica, um amplo parque com brinquedos para as crianças e um pequeno viveiro de plantas também estão entre as atrações do lugar. Além disso, conta com um anfiteatro aberto com 450 lugares e um conjunto com duas salas para eventos. Os eventos esportivos ganham destaque no calendário de atrações. O parque abriga, entre outros, o torneio internacional Aberto de Tênis de São Paulo.

Quanto à manutenção e à estrutura, os banheiros são localizados em áreas estratégicas, são bem cuidados e completamente adaptados para portadores de deficiência. Aliás, por apresentar grande área plana e caminhos nivelados, o parque se apresenta como uma ótima alternativa para pessoas portadoras de deficiências físicas, inclusive usuários de cadeiras de rodas. Há lixeiras por todos os lados e são aptas a receber lixo orgânico e reciclável. O público respeita e ajuda a manter a paisagem limpa. Há vegetação em quase toda a área, mas as árvores ainda não cresceram em toda a extensão do parque, por isso não há muita sombra. Na única lanchonete existente, as opções de comidinhas limitam-se a alguns poucos salgados e lanches. Mas existem alguns quiosques na entrada que fornecem pastéis e caldo-de-cana.

O parque é frequentado, durante a semana, por aproximadamente 3.000 pessoas e, nos fins-de-semana, chega a receber 20.000 visitantes.


Hey, me soltem, quero correr!!!

Se quiser levar o pet para passear, pode. Mas a regra é conduzi-lo pela coleira. E não há “jeitinho brasileiro” que resolva este impasse. Existem vários vigias espalhados pelo parque e monitoram bem. Basta soltar o pobre do cão para correr um pouquinho e lá vem um deles chamar a atenção. Tá certo, lei é lei, né? E é para ser respeitada…..

Logo percebemos o porquê de não haver tantos cães passeando por lá.

Então, na minha humilde opinião canina, prefiro o bom e velho Ibirapuera onde, a lei também existe, mas dá espaço para o “jeitinho brasileiro” que nos permite correr e brincar livremente. Além disso, lá eu já tenho a minha galera que vou apresentar mais adiante.

Isso aqui tá muito parado, vamos jogar bolinha em outro lugar....

DICA DA CLÉO:

PARQUE VILLA-LOBOS

Endereço: Avenida Professor Fonseca Rodrigues, 1655 - Alto de Pinheiros
São Paulo
Telefone: (11) 3023-0316
Horário: Todos os dias, das 7h às 18h (no horário de verão, o parque fica aberto até às 19h)
Entrada: Grátis
Estacionamento: Grátis, com cerca de 750 vagas.

O PRIMEIRO DODÓI

Chocolate: Não pode!!!

Sempre fui um filhote muito saudável. Os meus donos são super preocupados com a minha saúde e a minha nutrição buscando me alimentar dentro de uma dieta recomendável composta por uma ração de boa qualidade e abrindo exceções somente para as frutas e verduras (cenoura, maçã e banana são as minhas favoritas!!). Fora isso, somente os petiscos especiais para pets (também de boa qualidade, pois alguns só fazem engordar). Nada de pães, doces e nem pensar em chocolate!!! Ele contém uma substância chamada teobromina que, estimula o sistema nervoso central e o músculo cardíaco e, pode ser fatal para nós, os pets.

Mas hoje, após o nosso gostoso passeio pelo parque, me senti mal ao chegar em casa. Tive vômitos e diarreia e até, pela primeira vez na vida, me neguei a comer.


Tô dodói!!!

Os meus donos me levaram ao veterinário e, chegando na clínica, me puseram de “molho” no soro durante cerca de duas horas, além de me aplicarem alguns medicamentos. Aos poucos fui recuperando as minhas forças. O atendimento rápido, os medicamentos e, principalmente, a presença constante e incansável dos meus donos ali, ao meu lado, me dando muito carinho, foram essenciais. Acho que, ultrapassarmos mais esse obstáculo e vivermos mais esse momento juntos fez com que o nosso amor ficasse ainda mais forte. Sabe como é, né? Nessas horas, passa ali um medinho, ainda que a situação não seja grave, de perdermos um ao outro…Um sofrimento por ver o outro sofrer e não podermos fazer mais do que já fizemos para ajudar.

Graças a Deus, ao veterinário e aos meus donos, eu melhorei. Me foi diagnosticada uma gastrointerite hemorrágica (êta, nome complicado!). Traduzindo: COMI PORCARIA!!!!! Engraçado, além de um punhado de grama, alguns gravetos, um pedacinho plástico de um brinquedo qualquer que foi destruído e, talvez, algumas pedrinhas, não me lembro de ter comido nenhuma porcaria??!!?? Talvez tenha exagerado na dose das guloseimas acima citadas e (claro) não autorizadas na minha dieta.

O fato é que, no dia seguinte, já estava recuperada e cheia de energia novamente. Fui ao veterinário fazer uma revisão e liberada (na minha mentalidade canina) para continuar comendo porcarias, ops, guloseimas. (que a minha dona não leia isso!!!).

Tá liberado!!!

O PARQUE IBIRAPUERA

O Parque Ibirapuera

Agora que já iniciei a minha expedição aos parques da cidade de São Paulo quero dividir as minhas opiniões com vocês e, se me permitirem, dar algumas dicas.

Hoje a minha dona me levou ao Parque Ibirapuera, que fica bem pertinho da nossa casa e para onde costumamos ir a pé.

Inaugurado em 1954 para as comemorações do aniversário de 400 anos da cidade, com área total de mais de 1,5 milhão de metros quadrados de verde, pode ser considerado, sem dúvida, como o pulmão de São Paulo.

É incrível como, em meio ao turbilhão dessa cidade, de repente podemos desfrutar de alguns momentos de paz em contato com a natureza. Isso é o Parque Ibirapuera: o escape para que o paulistano possa fazer uma pausa, respirar fundo e recarregar as energias.

Instalado numa região que abrigava uma aldeia indígena no início da colonização, passou a ser usado como pasto e, no início do século, como depósito de animais que puxavam os carros do Corpo de Bombeiros. Só foi idealizado como parque a partir da década de 20, pelo prefeito Pires do Rio.A área era alagadiça e o funcionário público Manuel Lopes de Oliveira, o Manequinho Lopes (o que dá nome ao viveiro de plantas do parque), iniciou o plantio de eucaliptos australianos para drenar o solo. São eles que “filtram” o ar da região e dão aquela sensação de estar “fora da cidade” enquanto visitamos o parque.

O projeto teve a participação do renomado arquiteto Oscar Niemeyer em parceria com o famoso paisagista Roberto Burle Marx.

A estrutura do parque é bem conservada. Os banheiros estão sempre limpos, há papel e sabonete. As alamedas e áreas comuns são limpas e há lixeiras distribuídas por todo o parque. Além do restaurante e cafés, encontram-se vários vendedores “oficiais” de lanches e bebidas ao longo do recinto.

Atualmente, é o parque mais movimentado de São Paulo e chega a receber cerca de 20.000 pessoas durante a semana. Aos finais de semana esse número sobe para 70.000 aos sábados e 130.000 aos domingos.

Também é o que possui o maior número de atracões e está dividido em duas grandes áreas. Uma delas é destinada ao esporte e ao lazer, reunindo espaços como ciclovia, pista de cooper, quadras, playground, praça de jogos e uma casa de leitura. É possível alugar bicicletas dentro ou próximo às portarias. A outra, é voltada às atividades culturais e inclui o Pavilhão da Bienal, a Oca, o Museu Afro Brasil, o Planetário, o Auditório Ibirapuera, o Museu de Arte Moderna e o Pavilhão Japonês.


O "Cachorródromo"

E o melhor de tudo é que a entrada de cães é permitida!!! Oficialmente, os cães devem ser conduzidos nas respectivas guias mas, com o bom “jeitinho” brasileiro conseguiu-se conquistar um cantinho (uma minúscula parte dos mais de 1,5 milhão de metros quadrados) onde as pessoas acabam por deixar que os seus cães corram livremente e interajam. O lugar é até chamado popularmente de “cachorródromo” pelos frequentadores mais antigos. Mas veja bem, tudo isso tem que ser feito dentro do bom-senso e da responsabilidade. Os cães frequentadores devem ser dóceis e sociáveis. E seus donos, por sua vez, vigilantes e responsáveis. Nada de brigas e nada de cacas “esquecidas”!!! Nem todos os frequentadores seguem as regras mas, os bons frequentadores tratam de fazer com que os outros se lembrem. Eu e a minha dona somos boas frequentadoras, vamos lá quase todos os dias e foi lá que fiz os meus melhores amigos e vivi gostosas aventuras das quais falaremos mais adiante.

Eu e a minha dona: boas frequentadoras!

DICA DA CLÉO:

PARQUE DO IBIRAPUERA
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral – s/n – Vila Mariana – Zona Sul - São Paulo
Telefone: (11) 5574-5505
Horário: das 5h as 00h
Entrada: Grátis
Estacionamento: São aproximadamente 1.000 vagas e funciona no sistema de Zona Azul. Ou seja, de segunda a sexta, das 10h às 20h, e nos finais de semana e feriados, das 8h às 18h, o preço será de R$ 1,80, por duas horas. A permanência máxima do veículo é de 4 horas (custa o dobro).