sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

PRESENTE DE NATAL

Natal é época de dar e receber, correto? Talvez não. Ou talvez não somente. Talvez essa “troca” não tenha uma época definida. Ou talvez não devesse ter.

Para mim, este espírito solidário devesse acompanhar as pessoas o ano inteiro. Sempre. Por isso é que não entendi bem quando a minha dona me questionou sobre o que eu gostaria de ganhar enquanto presente de Natal. Ué, eu já me sinto presenteada.

Me sinto presenteada pelos meus donos terem me escolhido dentre tantos e terem me levado para casa; Me sinto presenteada pela edução que recebi e recebo até hoje; Me sinto presenteada pelas vacinas, pelas visitas ao vet, pelos vermífugos e pela proteção contra ectoparasitas que me são administradas regularmente; Me sinto presenteada pela alimentação com ração de qualidade, em quantidade indicada e por não permitirem que eu coma nada que possa me fazer mal (ainda que seja tentador!!); Me sinto presenteada pelo cuidado de ter sempre a minha tigela cheinha de água limpa e fresca; Me sinto presenteada pela minha caminha bonita, quentinha e confortável; Me sinto presenteada pelos meus brinquedinhos e ossinhos com os quais me distraio enquanto espero pelos meus donos quando eles precisam sair sem mim; Me sinto presenteada pelos cuidados com a higiene e limpeza dos meus olhinhos, ouvidos, dentes e pêlos; Me sinto presenteada pelos passeios diários onde posso me exercitar, correr livremente, brincar com meus amiguinhos e tomar sol; Sei que sou privilegiada por ser cuidada, amada e protegida.

E tento retribuir tudo isso que recebo, durante o ano todo e não somente no Natal. Tento retribuir através do “bom dia” caloroso como se não os visse há séculos mas, na verdade, estivemos juntos na noite anterior; através das minhas descontroladas abanadas de rabo que os recepciona cada vez que retornam à casa; Através de lambidas molhadas e abraços apertados (e pesados!!); Através de sorrisos de felicidade (sim, os cães sorriem!!!!) simplesmente por tê-los ali por perto; Através da “perseguição” quando os sigo por todos os cantos da casa (o difícil é quando eles resolvem seguir em direções opostas); e principalmente através de um olhar que os transmite um sentimento que só pode ser compreendido por quem possui e ama o seu animal de estimação. Esse sentimento, que existe entre donos e pets, é o que chamamos de “AMOR INCONDICIONAL”.

E você, o que vai querer de Natal???

Há tantos bichinhos como eu que desejam a oportunidade de dar e receber, no Natal e o ano inteiro. Pense nisso.

Feliz Natal e até 2008!!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

GRAMADO E CANELA

Chegamos em Gramado
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Acordamos bem cedinho, carregamos o carro, bagagem pra lá, bagagem pra cá….hummmm, isso me cheira algo: nova a ventura à vista!!!

Saímos de Porto Alegre rumo à Serra Gaúcha. Mais precisamente as cidades de Gramado e, como não pode deixar de ser, Canela. Pode-se dizer que, ir à Gramado e não conhecer a sua vizinha, Canela, seria como ir ao Rio de Janeiro e não ver o Cristo Redentor…afinal, as duas cidades são igualmente charmosas e estão a aproximadamente 8 kilômetros de distância uma da outra.

O verão já se apresenta e, com ele, as temperaturas começam a aumentar. Em Porto Alegre já faz um calor infernal. Ouvi dizer que o melhor da Serra Gaúcha é curtir o típico friozinho de montanha. Então, pensei, esta não é a melhor altura para visitarmos a região, correto? Não!!!

À medida que subíamos a Serra o clima ia se transformando bem diante dos nossos olhos. A temperatura era bem mais baixa lá em cima, havia bastante neblina em alguns pontos da estrada e das cidades e até choveu. Mas, nada que atrapalhasse o fim-de-semana de aventuras que os meus donos programaram para a gente.

A Serra Gaúcha é considerada um dos lugares turísticos mais charmosos do Brasil e é composta por várias cidades de beleza inigualável, com baixas temperaturas, vales, vinhedos, cânions, montanhas, cachoeiras e paisagens indiscutivelmente exuberantes. A colonização foi feita na grande maioria por italianos e alemães, por isso os destinos ainda guardam a cultura e as tradições destes povos, facilmente reconhecidos na arquitetura, na fisionomia do povo (super hospitaleiro), na culinária e em muitos outros aspectos. Até parece um pedaço da Europa dentro do Brasil.

Lá é possível desde degustar uma taça de vinho numa vinícola, se deliciar comendo uma fondue, até caminhar sobre as folhas caídas no chão e conversar com os moradores dessas pequenas e charmosas cidades.

Apenas um fim-de-semana não é suficiente para se deliciar com todas as ofertas que a Serra Gaúcha nos apresenta. Por isso tivemos que escolher e as nossas selecionadas foram Gramado e Canela. E não nos arrependemos.

Já na entrada da cidade de Gramado os pórticos dão as boas vindas. Quem chega pelo município de Taquara, passa pelo Pórtico Taquara, em estilo normando, datado de 1991. Mas esse não foi o nosso caso. Como chegamos pela RS235 (Nova Petrópolis) passamos pelo Pórtico Estilo Bávaro. Inaugurado em 1973, a bela construção representa o “boas vindas” aos visitantes. Todo em madeira e pedra, o pórtico tem uma arquitetura que é a “cara de Gramado”, repleta de detalhes, recortes e cores. Canteiros bem cuidados e floridos completam o visual perfeito para a nossa foto. Mas cuidado: diga para os seus donos estacionarem num local adequado e fiquem atentos ao fluxo constante de veículos, principalmente na hora das fotos.
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Hotel Pousada Colina de Pedra: com direito a trilhas

Chegamos no finalzinho da manhã e fomos direto ao Hotel Pousada Colina de Pedra, onde ficaríamos hospedados. O Colina de Pedra é um hotel muito charmoso, localizado em zona rural a 8km de distância do centro de Gramado. É justamente a sua localização que permite com que ele seja tão especial. Alguns podem pensar que talvez seja um incômodo ter que dirigir 8 km (16 km se contarmos ida e volta) toda vez que quisermos ir ao centro da cidade. Mas, sinceramente, não nos custou nada. Fazíamos o trajeto super rápido, a estrada era boa (apesar dos seus 3,5 km serem de estrada de pedra), segura e sinalizada. Além disso, estarmos afastados do centro urbano nos permitia fugir da agitação e relaxar em contato com a natureza. E que natureza!!! Eu fiquei louquinha com tanto verde, tantas flores, tantas árvores, tantos pássaros….tanta vida que havia ali.

A recepção, o nosso chalé e o vinhedo: não consegui colher as uvas
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Muito verde e espaço: como todo pet gosta
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Na verdade, o estabelecimento funciona nas propriedades de um sítio, porém adaptado com a infra-estrutura de um hotel. Não deixa a desejar em nenhum aspecto, oferecendo desde quadra de tênis, sala de jogos, piscina, playground até restaurante. Ali funciona uma mini-vinícola onde são fabricados vinhos locais. Os proprietários, Anita e Craig, cuidam pessoalmente de cada detalhe. Eles vivem lá e são eles que preparam carinhosamente as refeições (o Craig faz uns bolos e docinhos para o café-da-manhã que deixaram a minha dona louca!!) e recepcionam os hóspedes. A recepção canina fica por conta da Caramel e do Toffee, um casal de Pastores Australianos muito simpáticos. O hotel não somente é apropriado para receber “hóspedes de 4 patas” como os recebe com prazer. Ali, nós, os pets, podemos ficar livres, correr à vontade, fazer trilhas (sim, o hotel tem trilhas!!) e dividir o chalé (muito bonitinho e confortável) com nossos donos. E, se os donos resolvem dar um passeio sem nós, podemos ficar no chalé sozinhos (se comportados) ou então no canil que eles disponibilizam.

Nossa, estava tudo perfeito e o fim-de-semana na Serra prometia!!!

Depois de nos instalarmos e descarregarmos nossas bagagens (bom, descarregarmos, no sentido figurado por que dessa parte do trabalho pesado eu tô fora!!rsss), fomos explorar as atracões de Gramado.


Lago Negro
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Pedalinos e azaléias, mas nada de pular no lago!!
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Nossa primeira expedição: Lago Negro. Parada “obrigatória”, o Lago Negro é assim chamado devido aos pinheiros importados da Floresta Negra da Alemanha que foram plantados às suas margens. Suas águas são profundas (cerca de 6 metros de profundidade) e, na verdade, de um verde-escuro carregado, refletindo o alto dos pinheiros que se alternam com o colorido das azaléias no Inverno e o azul das hortênsias no verão. A entrada é liberada para cães desde que conduzidos na guia. Fizemos uma caminhada revigorante pela trilha à sua volta, em meio às azaléias. Também se pode fazer um passeio de pedalinho. O local tem infra-estrutura com banheiros, estacionamento e o Paradouro do Lago Negro, que é uma espécie de praça de alimentação, onde a Caracol Chocolates oferece um monte de delícias.

Essa é a nossa próxima parada: os chocolates!!!!! Gramado é famosa também por deixar até quem não é chocólatra maravilhado. São dezenas de lojas de fábrica que oferecem os mais variados e deliciosos chocolates caseiros. E a minha dona é uma chocólatra assumida!! Nós fomos dar um passeio pelas ruas do centro e, cada vez que ela entrava em uma loja de chocolate (e foram muitas!!!), parecia que ia ter um “piripaque”. Na verdade, eu queria mesmo era acompanhar, quem sabe fazer algumas “degustações” mas, por motivos que já expliquei aqui mesmo nesse Blog, CHOCOLATE É TERMINANTEMENTE PROIBIDO PARA PETS.


Eu ia chamando a atenção dos que passavam. Sim, todos ficavam encantados com a minha beleza (convencida!!!), me faziam afagos, cumprimentavam…..Sabe, achamos que na cidade não há muitos cães. Pelo menos não se vê nas ruas, nem cães abandonados e nem pessoas passeando seus pets. Alias, durante todo o tempo em que estivemos no centro da cidade, não vimos um cão sequer. Além de mim, claro. (as vezes me esqueço desse detalhe)

Depois que a minha mamys concretizou o seu desejo de consumo na “Caracol Chocolates” (segundo ela, a melhor), seguimos nosso passeio.

As ruas estavam especialmente mais bonitas devido à decoração Natalina. Aliás, Gramado fica “espiritualmente mágica” nesta época do ano, quando acontece o “Natal Luz”.

Pausa para explicação cultural (o meu Blog também é cultura!!)

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O NATAL LUZ

No início, a comissão organizadora do evento motivou os comerciantes da avenida principal a decorar e iluminar as suas fachadas. Aos poucos, a comunidade começou a aderir. E assim nasceu o Tannembaumfest, que até hoje decora a principal avenida da cidade, a Borges Medeiros, a cada edição do “Natal Luz”.

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A Fantástica Fábrica de Natal
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O Grande Desfile de Natal
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Espetáculo lindo
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Ao longo de 20 anos, além da decoração e do envolvimento comunitário, o evento tem apresentado diversos espetáculos que compõem a programação. A orquestra Sinfônica de Porto Alegre realiza o “Grande Concerto”. Na Rua Coberta, um palco é montado em forma de árvore de Natal onde músicas e temas natalinos são cantados por corais da federação de Coros do Rio Grande do Sul; é a “Árvore Cantante”. Uma Vila de Natal, onde o Papai Noel marca presença diariamente, é construída na Praça das Comunicações, durante o período do evento, destacando produtos natalinos feitos pelos artesãos gramadenses.

Mas, hoje, os principais espetáculos são: A “Fantástica Fábrica de Natal”, um espetáculo musical que utiliza-se de elementos de palco, dança, acrobacias e muitos efeitos especiais para contar a história de uma criança que realiza o sonho de conhecer a Fábrica do Papai Noel; e o “Grande Desfile de Natal”, que transforma a Avenida das Hortênsias em passarela para bonecos gigantes, borboletas, gnomos, patinadores e ajudantes de Papai Noel (além do próprio!!) que passam interagindo com o público que assiste acomodado em arquibancadas e cadeiras disponibilizadas ao longo da avenida repleta de luzes.

Outros eventos paralelos como as “Janelas do Advento”, o “Encontro de Papais Noéis” e o “Natal Gaúcho” se somam à programação do “Natal Luz” que ainda mantém uma dês suas características iniciais: o envolvimento da comunidade, quer seja nos preparativos ou na protagonização dos espetáculos. Em Gramado o Natal tem 60 dias de duração!!!
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 A cidade fica ainda mais bonita
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Voltando ao nosso passeio no centro da cidade….

Demos uma paradinha ali mesmo, na Avenida Borges Medeiros, para conhecer a Igreja de São Pedro. Construída originalmente em madeira, como capela, em 1917 e depois em pedras, em 1943, é uma das maiores demonstrações de religiosidade dos gramadenses. Com uma torre de 46 metros, a estrutura montada em pedra basáltica abriga vitrais sacros que causam belos efeitos luminosos e reproduzem a vida de São Pedro (Padroeiro da cidade).
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 Igreja de São Pedro: de dia e de noite
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Ali mesmo, à frente da igreja, encontramos a “Rua Coberta”, um dos pontos mais charmosos de Gramado. Com um ar bem cosmopolita é cenário de eventos e apresentações o ano inteiro. A Rua Madre Verônica – este é seu nome original - liga a Avenida Borges de Medeiros à Rua Garibaldi. O lugar está sempre movimentado com turistas e muita gente bonita circulando. Tem lojas de chocolates, couro, confecções, malhas, artigos esportivos e uma livraria. Um bistrô e vários cafés completam o espaço. É ali que se encontra a “Arvore Cantante” nessa época natalina.

 
Rua Coberta

 Desfilando no tapete vermelho
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E, do outro lado da Rua Coberta está o “Palácio dos Festivais”. Com o próprio nome diz, é a sede de exibição dos filmes participantes do “Festival de Cinema de Gramado” – Cinema Brasileiro e Latino. Em agosto, período em que acontece o evento, um tapete vermelho é estendido ao longo de toda a Rua Coberta e leva os cineastas, atores, atrizes, produtores e imprensa até a porta de entrada do palácio. Quando não acolhe o Festival, o Palácio funciona normalmente como cinema da cidade.
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Pausa para explicação cultural (o meu Blog também é cultura!!)
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O FESTIVAL DE CINEMA DE GRAMADO
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Oficializado pelo Instituto Nacional de Cinema/Inacen em janeiro de 1973, o “Festival do Cinema Brasileiro de Gramado” teve seu ponto inicial nas mostras promovidas durante a “Festa das Hortênsias”, entre 1969 e 1971. O entusiasmo da comunidade artística nacional, da imprensa, dos turistas e dos gramadenses fez com que todos se engajassem num movimento com o objetivo de transformar a iniciativa num evento de caráter oficial. Foi assim que a Prefeitura Municipal de Gramado, a Companhia Jornalística Caldas Júnior, a Embrafilme, a Fundação Nacional de Arte e as secretarias de Turismo e de Educação e Cultura do Estado saíram em defesa da idéia e a tornaram realidade.
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Desde então Gramado transformou-se num palco que traduz as glórias e crises do cinema nacional. O evento foi conquistando naturalmente o título de um dos maiores do gênero no país e reunindo um grande número de filmes e de pessoas que querem falar de cinema, criação, sonhos e possibilidades de fazer sempre mais e com qualidade.
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Palácio dos Festivais 
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O festival recebe artistas consagrados dos mais distintos lugares do mundo e lança no mercado filmes de curta, média e longa metragem, que concorrem ao “Kikito”. Criado por Elisabeth Rosenfeld, também a mãe do artesanato gramadense, o “Kikito” é uma figura risonha e representa o “Deus do bom humor”. Esta estatueta, devido ao seu êxito imediato, passou a ser o símbolo da cidade de Gramado, e depois, o símbolo e prêmio máximo dos Festivais de Cinema Brasileiro. Como troféu do Festival, mede 33 cm de altura, foi confeccionado em madeira de imbuia até o ano de 1989. A partir de 1990 passou a ser feito de bronze.
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O Festival de Cinema de Gramado é hoje um espaço indispensável para a divulgação, discussão, crítica e incentivo à criação cinematográfica nacional.
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Depois do nosso passeio pelas ruas da cidade, retornamos ao hotel onde minha mamys me deixou devidamente instalada no chalé (após eu prometer que iria me comportar bem, e assim o foi) – aquecida e alimentada- e retornou à cidade para um programa culinário de humanos. É claro que eu gostaria de ter ido junto mas... Ela disse que ia à procura de “um tal de fondue” (fundí, segundo a pronuncia da minha dona…ahahahaha) e voltou bem satisfeita com o encontro. ehehehe
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Pausa para explicação gastronómica (o meu Blog também é gostoso!!)

  
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A FONDUE

Antes de começar, é preciso deixar claro que o correto é a fondue e não o fondue. A palavra é de origem francesa e significa “derreter”. Já a origem do prato é suíça. Os camponeses não tinham como buscar mantimentos na cidade, pois as montanhas e os vales alpinos ficavam cobertos de neve. Abastecidos com pão e vinho, derretiam os restos do queijo que produziam e mergulhavam o pão na mistura fervente. Uma comida simples, saborosa e nutritiva para agüentar o frio.
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Alguns afirmam que a fondue foi criada por volta do século XVI-XVII, pois a receita teria chegado à França no século XVII. Outros atribuem sua criação ao período da Segunda Guerra Mundial. Na década de 1950, a iguaria teria começado a ganhar fama em Nova York, quando o chef Conrad Egli, do restaurante Chalet Suísse, incluiu o prato no cardápio e criou a fondue de chocolate para servir como sobremesa.
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A fondue acabou se transformando quase que num ritual sagrado no inverno de Gramado e, além da receita tradicional da fondue de queijo e da criação nova-iorquina de chocolate, é também servida a fondue de carne.
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A fondue é uma comida para ser saboreada. Tem todo um ritual: mergulhar o pão no queijo, fritar a carne, escolher o molho, cobrir as frutas com chocolate... não dá para ir a uma casa de fondue com pressa, é preciso pelo menos uma hora e meia para “sentir” a refeição. Também não convém ir sozinho. Até pelo ritual que envolve, ir a uma casa de fondue é ideal para uma boa conversa entre amigos e familiares ou um jantar romântico para os apaixonados. Também por todas essas características, a iguaria é mais convidativa à noite, quando o passeio dá uma acalmada.
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Pode-se optar pela seqüência ou escolher a la carte. A seqüência começa com a precursora: a fondue de queijo. Preparada com queijos genuinamente suíços, como emmental e gruyère, acrescida do holandês maasdan, a mistura ainda recebe vinho branco seco e kirsch, licor de cereja, que dá o toque final no sabor. A fondue de carne vem acompanhada de vários tipos de molho. E a sobremesa, fondue de chocolate, conta com diversas variedades de frutas, mais wafer e suspiros. É de comer suspirando mesmo...e não contar as calorias.
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A personalização é uma constante em Gramado, até mesmo na fondue. Nas opções a la carte, pode-se encontrar a fondue au vin (preparada com o vinho da preferência do cliente) e opções de fondue com filé de frango, peixe, lombo e camarão. Entre os molhos para salpicar nas lâminas de filé, estão combinações que vão desde ervas aromáticas, como no petit poa, até maçã com nozes e abacaxi. Também no molde a la carte, há De sobremesa, fondue de chocolate branco ou preto, ou ainda de bombom.
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Mas, a sensação mesmo é a fondue na pedra: la pierrade. Inicialmente feito com a utilização de uma pedra vulcânica importada, era difícil encontrar, poucas casas ofereciam. Com o tempo, descobriu-se uma pedra brasileira, a pedra-sabão, que serve perfeitamente para o preparo. No Restaurante Colosseo, onde os meus donos estiveram se deliciando, 90% da fondue é servida na pedra. Cada vez mais a opção tem sido procurada pelos clientes, por não envolver óleo na fritura da carne, assim o odor não perturba e o alimento se torna mais saudável.

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No dia seguinte, fomos descobrir os encantos de Canela. Localizada a 7km de distância de sua vizinha Gramado e situada a 830 metros acima do nível do mar, Canela é um oásis de lindas paisagens e clima agradável. Seu nome vem da Caneleira, árvore sob a qual os tropeiros descansavam.
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Canela vem exercendo grande fascínio sobre seus visitantes, tornando-se um dos mais importantes municípios no contexto turístico e cultural da Região das Hortênsias. Só no ano de 1999, o turismo na região cresceu 60%, enquanto que no Brasil como um todo, o incremento foi de apenas 10%.
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O fato de a cidade estar localizada em uma área de serra lindíssima, rodeada de pinheiros, matas e parques, que sobreviveram ao desmatamento, tornou o turismo a tendência natural de Canela. Somava-se, ainda, a esse cenário o espetáculo da neve, que atraia pessoas dos mais diversos lugares desse Brasil tropical durante os meses de inverno.
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A cidade conseguiu desconcentrar esse fluxo anteriormente centrado no inverno e hoje já tem um grande percentual de visitantes durante o mês de dezembro, em função do evento “Sonho de Natal” e da ”Temporada de Verão”. E também, por tabela, pegando carona nos visitantes que são atraído pela sua vizinha, Gramado, e acabam por aproveitar e esticar a visita.
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Canela é uma cidade em que a qualidade de vida é valorizada em seus mínimos detalhes. O Canelense é uma soma da cultura imigrante alemã e italiana com o índio e o gaúcho serrano. O resultado é uma gente que trabalha pelo progresso sem esquecer-se de estar de bem com a vida. Em cenários naturais perfeitos, há um toque refinado do empreendimento humano, harmonizando a atualidade com a preservação constante da natureza.
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Cascata do Caracol
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Os Parques naturais, a tranqüilidade e o espírito aventureiro fazem da cidade um diferencial que merece ser visitado. E foi exatamente isso que fizemos. Avançamos rumo a dois dos principais parques naturais de Canela: o “Parque do Caracol” e o “Parque da Ferradura”.
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O “Parque do Caracol” este situado a 7 km do centro de Canela pela RS 466 (Estrada Canela - Caracol). Com moderna infra-estrutura, contando com um mirante, restaurante, área de lazer, feira de artesanato e trilhas ecológicas auto-interpretativas, é o parque de maior visitação no Rio Grande do Sul.
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Parque do Caracol
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Em apenas uma hora você pode-se percorrer os atrativos centrais do parque. Mas se você curte a natureza, você pode passar todo o seu dia alí.

Dentro do Parque do Caracol você ainda encontra um divertido passeio de Maria Fumaça, um vilarejo estilo velho oeste, labirinto, trilhas ecológicas, represas, etc.


Mas a principal atração é a Cascata do Caracol. Formada pelo arroio de mesmo nome, despenca em queda livre de 131 metros, por rochas de formação basáltica, formando um conjunto paisagístico de rara beleza. Para os que quiserem se exercitar, uma escada de 927 degraus conduz à base da cascata. Nós, eu e minha mamys, preferimos contemplá-la desde o mirante e depois fizemos uma pequena trilha onde corri livremente por entre a floresta, sem problema algum relativamente à minha presença.
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Deslumbrada com a cachoeira
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Eu e minha dona, na trilha e na represa
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Foi a primeira vez que fizemos trilha juntas. Assim, a sério. Eu gostei muito, me senti parte daquela natureza e importante por “guiar” a minha mamys. Ia um pouco mais adiante, farejando caminhos e certificando-me de que não haviam perigos. Se houvessem, estaria ali, a postos, para defendê-la (acho que andei assistindo filmes a mais!!). Mas, brincadeiras à parte, foi mesmo muito gostoso e eu me senti muito feliz. Segundo ela, minha mamys, até parecia que euestava sorrindo….
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Trilhaaaaa!
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Oba, liberdade!!!
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No embalo, seguimos para o “Parque da ferradura”, que fica a 6 km do “Parque do Caracol” e 13 km do centro de Canela. O parque leva este nome em virtude da curvatura que o rio Caí faz neste local. Sua paisagem serviu de cenário para a gravação de cenas da novela Chocolate com Pimenta. Sua infra-estrutura conta com lanchonete, playground, churrasqueiras e sanitários. Na entrada do Parque apenas reforçaram que eu fosse conduzida na guia. Haviam razões consideráveis. Primeiro por conta da possibilidade de nos depararmos com pequenos animais selvagens que ali vivem (mas nós não vimos nenhum!!!). E depois, o mais relevante, porque as trilhas são feitas à beira das paredes do canyon e não parecia recomendável arriscar um acidente que com certeza seria fatal.
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O Parque da Ferradura é o lugar certo para quem vem para Canela em busca de integração com a natureza. A preservação da mata proporciona momentos de harmonia com a flora, a fauna e os elementos naturais. Nele, pode-se escalar as paredes do Canyon com 420 metros de profundidade ou visitar a cascata do Arroio Caçador pelas trilhas do parque. O Vale da Ferradura, onde se encontra o parque, é cortado por três trilhas de variados níveis de dificuldade: a Trilha das Cutias (8 minutos), a Trilha das Pinguelas (35 minutos) e a Trilha do Rio Caí (60 minutos de descida que leva até a base da Cascata do Arroio Caçador).
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Durante a nossa visita, fomos até ao mirante principal (que oferece uma bela paisagem de Canela) e depois fizemos uma caminhada por entre a mata passando por mais dois mirantes. As vistas das paredes do canyon são de cortar a respiração.
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  Catedral de Pedra
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De volta à cidade, passamos pelo centro de Canela e aproveitamos para visitar a Catedral de Nossa Sem hora de Lourdes, mais conhecida como a “Catedral de Pedra”. Situada na praça da Matriz, no centro da cidade de Canela, é o segundo ponto turístico mais fotografado da Região Sul do país. Construída em estilo gótico inglês, sua torre de 65 metros de altura é imponente e abriga um carrilhão de 12 sinos de bronze, fabricados pela fundição Giácomo Crespi, na Itália, e instalados em 1972. Em seu interior destacam-se três painéis que são telas pintadas pelo artista gaúcho Marciano Schmitz, retratando a Aparição de Nossa Senhora, a Alegoria dos Anjos e a Anunciação. Seus lindos vitrais representam a ladainha de Nossa Senhora.
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Parque da Ferradura
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Trilha
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Sua beleza é grandiosa e imponente, visitá-la é envolver-se pela mística de sua construção, pela paz e pela oração. Pena que havia tanta neblina que nem ao menos conseguimos vê-la direito, do seu exterior. E, não, eu também não entrei nessa catedral.
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De volta a Porto Alegre, a gora é recuperar os kilinhos ganhos com chocolates e fondue (essa parte é para minha mamys, porque eu só fiquei na ração mesmo) e preparar a próxima aventura!!!

Cansaço gostoso
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DICAS DA CLÉO

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GRAMADO

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Lago Negro
Endereço: Rua A. J. Renner, bairro Planalto - Gramado/RS
Horário de funcionamento: aberto 24h - Pedalinhos: 8h30min às 19h
Acesso: Livre
Estacionamento: sim, livre
Duração do passeio: cerca de 20 minutos
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Igreja Matriz São Pedro
Endereço: Av. Borges de Medeiros, 2659, Gramado/RS
Fone: (54) 3286-1187
Horário de funcionamento: 7h30min às 21h, diariamente. No período do “Natal Luz” a igreja permanece aberta para visitação até a meia-noite.
Horários de missa: De segunda-feira a sábado, às 18h30min. Domingos: 7h30min, 10h30min, 17h e 19h. Primeira sexta-feira de cada mês: 15h e 18h30min.
Acesso: Livre

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Palácio dos Festivais
Endereço: Av. Borges de Medeiros, 2697, Centro - Gramado/RS
Fone: (54) 3286-1058
Horário de funcionamento: Sessões as sextas, sábados, domingos e segundas às 20h30min. Durante Julho, todos os dias da semana.
Acesso: Ingresso adulto: R$ 8,00 Estudantes: R$ 4,00 Idosos (acima de 60 anos): R$ 4,00.(informações Dezembro 2007)

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Rua Coberta
Endereço: Rua Madre Verônica, Centro - Gramado/RS
Horário de funcionamento: Livre. As lojas costumam ficar abertas até as 19h, algumas até as 21h. Os cafés geralmente funcionam até a meia-noite.
Acesso: Livre

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Restaurante Colosseo
Endereço: Av. Das Hortênsias, 1560, Centro - Gramado/RS
Fone: (54) 3286-7259 / 3286-9782
Estacionamento: sim, livre
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Fontes e Outras Informações:



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CANELA
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Parque do Caracol
Endereço: RS 466
email: parquedocaracol@canela.com.br
telefone: (54) 3278 - 3035
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Parque da Ferradura
Endereço: RS 466 - Km 6
Telefone: (54) 9969-6785

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Catedral de Pedra
Endereço: Praça da Matriz, 53
Telefone: (54) 3282-1132
Site: www.catedraldepedra.com.br
Email: parcanela@mitranh.org.br

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Fontes e Outras Informações:

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

GENTLE LEADER

Enforcador = cabo de guerra
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Estou crescendo e me tornando uma bela Golden Retriever adolescente. Mas também ficando bastante forte e um pouco impulsiva. Geralmente sou bem comportada, atendo aos meus donos e costumo ser obediente. Claro que, como todo filhote (sim, sou grandona mas ainda um filhote) às vezes me empolgo, deixo a alegria e a energia tomar conta de mim e acabo passando um pouco dos limites. E sou logo repreendida, com razão. Mas, nesta fase de amadurecimento, de indefinição entre a infância e a adolescência, é comum os cães – por mais disciplinados que sejam – testarem até aonde vai o poder liderança dos seus donos. Isso acontece mesmo na natureza onde, dentro das matilhas, o líder é desafiado a todo o tempo e, se bobear, perde o “trono”. Mas os meus donos não dão bobeira. Qualquer sinal de que eu esteja “botando as patinhas de fora”, logo sou recolocada em meu lugar. E eu concordo pois, um líder além de controlar, também serve para nos guiar, ensinar e proteger. Nos passa mais segurança. Liderança não é sinônimo de violência e crueldade. E sim de respeito, cuidado e amor. Pelo menos é assim na minha matilha, com os meus donos, e é assim que deveria ser em todas as outras matilhas.

Pausa para a explicação científica (o meu Blog também é ciência!!!)

A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA

No Período da Adolescência até a Maturidade (de 1 a 4 anos) os cães começam a testar os outros membros da matilha para saber quem é o líder. Quando a matilha é formada pelo cão e seu donos, ele irá testar, na maioria das vezes, por meio de brincadeiras. Por isso é importante mostrá-lo, carinhosamente, quem é que manda.

Qualquer tipo de atividade violenta, mesmo que lúdica (como, por exemplo, brincar de cabo-de-guerra ou deixar que o filhote lhe dê mordidelas), é desaconselhável. Ensine os comandos básicos de obediência (Senta, Deita, Fica e Vem) e exija-os em troca de comida, atenção ou qualquer outra recompensa. Esse processo ajuda a estabelecer uma hierarquia correta.

Na tentativa de tomar a liderança, alguns cães podem mostrar sinais de agressividade. Mas não se assuste, pois é um comportamento normal, embora deva ser cuidadosamente inibido. Se sentir que o seu cão o está dominando e que você não consegue reverter a situação, procure imediatamente um profissional competente e peça-lhe ajuda.

Ser líder não envolve apenas dominância, mas também responsabilidade. No nosso mundo (o dos cães), o líder da matilha é responsável pela sobrevivência dos membros do grupo. Graças às suas habilidades, o líder conduz os seguidores até a comida e a água. Ele decide quando caçar; decide quem come, quanto e quando; decide quando descansar, quando dormir e quando brincar. O líder impõe respeito através de sinais e atitudes e estabelece inúmeras regras e disciplinas que são impostas por ele ao grupo. Por milênios agimos assim e essa estratégia só tem obtido sucesso. A vida fica mais fácil e menos estressante para nós quando seguimos as regras, os limites e as restrições que o líder da matilha nos impõe.

Para nós (os cães), a hierarquia é obrigatória e, portanto, só existem dois papéis num relacionamento: o de líder e o de seguidor. Dominante e submisso. Ou é branco ou é preto – não existe meio termo no mundo canino. Quando um cão vive com um ser humano, para que este seja capaz de controlar o comportamento do animal, deve se comprometer a assumir o papel de líder 100% do tempo.

A palavra dominância faz as pessoas pensarem em crueldade, mas é importante lembrar que, no reino animal, a palavra crueldade não existe. E a dominância não é um julgamento moral nem uma experiência emocional. É simplesmente um estado de ser, um comportamento tão natural quanto acasalar, se alimentar e brincar.

Submisso, também no nosso mundo canino, não é um julgamento ético. Não designa um ser humano ou animal fraco. Submisso não quer dizer vulnerável ou ineficiente. É simplesmente o estado de espírito de um seguidor.

Entre todas as espécies que vivem em grupo, deve haver certo grau de dominância e submissão para que a hierarquia dê certo.

Ao contrário do que muita gente pensa, o líder da matilha costuma ser o membro mais querido do grupo, recebido com carinho e alegria pelos outros membros quando volta de uma caçada ou de um passeio. Se você conseguir ser o líder do seu cão ele o respeitará mais e gostará mais de você.

Nós (cães) não levamos para o lado pessoal o fato de vocês (humanos) nos tirarem o papel de líder. Pelo contrário, a maioria de nós até se sente aliviada por saber que seu dono é o líder. Já que nos integraram ao mundo de vocês, existem muitas decisões diárias complicadas que precisam ser tomadas e para as quais a natureza não nos preparou.

Mas lembre-se: quando um cão percebe que o seu dono não está pronto para o desafio de liderar a matilha, ele entra em cena para tentar ocupar esse espaço. Faz parte da nossa natureza agir assim, para tentar manter a matilha funcional. Alguém tem que comandar o espetáculo!!

E não pode ser apenas 80% do tempo. Tem que ser 100%. Se você exerce apenas 80% da liderança, seu cão o seguirá em apenas 80% do tempo. E nos outros 20% ele comandará o espetáculo. Se você der ao seu cão a chance de ser líder, ele não vai desperdiçá-la.

A questão da liderança é importantíssima. Quanto mais respeito e mais carinho o seu cão sentir por você, mais fácil e prazeroso será o convívio.


Pois bem, num desses arroubos da adolescência, passei a exercer alguma força excessiva durante os passeios. Especialmente com a minha dona, que era um pouco mais fraca. Mesmo com o enforcador, eu praticamente a arrastava desde casa até a pracinha, onde sabia que seria solta. Já ouvia suas queixas de dores nos braços e até mesmo calos nas mãos. Era quase um verdadeiro “cabo de guerra”.


Pausa para a explicação educativa (o meu Blog também é educação!!!)

O ENFORCADOR

Enforcadores são “coleiras” que, sob pressão, enforcam o cão. São úteis, pois fica mais fácil e seguro controlar o seu cão, diminuindo a força com que ele será capaz de puxá-lo durante o treinamento ou nos passeios. Mas são acessórios que não devem ser usados como símbolo de autoridade ou para punir o cão.

O enforcador deve ser utilizado apenas quando o cão estiver sendo treinado, passeando ou sob supervisão humana, já que existe a possibilidade dele se enforcar acidentalmente. Traumatismos na traquéia e hematomas sublinguais são alguns dos problemas que o uso indevido do enforcador pode causar.

O enforcador deve passar pela cabeça do cão o mais justo possível. Quanto mais justo estiver no pescoço do cachorro, menor será a chance dele conseguir tirá-lo ou de enroscá-lo em algo.

O enforcador tem o intúito de chamar a atenção do cão através de uma sensação desagradável (de enforcamento) todas as vezes que ele tracionar excessivamente a guia. Sozinho, não soluciona o problema de cães que puxam a guia durante passeios, mas, sem dúvida, auxilia na correção desse comportamento.

É importante que o enforcador seja discreto para o cão: quanto menos óbvio ele for para o animal, melhor será o resultado. Nós cães relacionamos tudo o que sentimos e percebemos ao aprender e, se formos sempre treinados com um equipamento muito óbvio, responderemos melhor apenas quando estiverermos utilizando aquele equipamento. Você não quer que o seu cão obedeça somente quando estiver usando o enforcador, não é mesmo? Portanto torne esse acessório o mais discreto e imperceptível possível.

Enforcadores de náilon são melhores que os de metal porque são mais silenciosos e, por isso, menos perceptíveis para o cão.

O enforcador deve afrouxar assim que você aliviar a tensão em que a guia estava sendo mantida; para isso deverá deslizar facilmente, o que só vai ocorrer se tiver sido colocado da maneira certa.

Como colocar o enforcador:
1. O enforcador possui duas argolas do mesmo tamanho em suas extremidades
2. Passe o cordão por dentro de uma das argolas
3. Puxe o cordão por dentro da argola até as extremidades se tocarem
4. Olhando o cão de frente, forme a letra “P” com o enforcador e coloque-o no pescoço do cão.

Atenção: Esta maneira de colocar o enforcador é para conduzir o cão do lado esquerdo. Para quem, por algum motivo, prefere conduzir o cão do lado direto, deve-se “fazer um P” invertido com o enforcador antes de passá-lo pela cabeça do cachorro.

Alguns cães engasgam, enforcam-se e não param de puxar a guia, mesmo com o enforcador (como era o meu caso!!). Como alternativa existem alguns equipamentos considerados mais eficientes que o enforcador porque facilitam o controle da força de tração, ensinando os cães a não puxarem a guia, sem a necessidade de enforcá-los. São eles:

- Loop: Peitoral modificado para causar desconforto quando o animal traciona a guia. Peitorais normais estimulam o cão a puxar cada vez mais a guia.
- Halti: Coleira de cabeça, toda vez que o cão puxa a guia a cabeça dele vira automaticamente, o que o faz aprender a parar de puxar. Não é uma focinheira e não machuca o cão. Quando tracionado também fecha a boca do cão.
- Gentle Leader: Semelhante ao Halti, porém mais simples. Ambos funcionam bem.

Todos estes equipamentos permitem que o cão transpire, beba água e morda, mas, mesmo assim, devem ser utilizados sob supervisão humana.

A desvantagem destes equipamentos é que o seu uso deve ser introduzido aos poucos ao cão, pois, no começo é natural o cão se sentir incomodado com o equipamento e tentar tirá-lo.


É aí que começa a minha história. Os meus donos conheceram o “Gentle Leader”. Traduzindo ao pé da letra: “líder gentil”. Exatamente como diz o próprio nome, o equipamento permitiu que a minha dona recuperasse o controle total dos nossos passeios como num passe de mágica. No começo confesso que me senti meio ridícula, todo mundo (humanos e cães) me olhava como se eu fosse um E.T. Tentei me revoltar, arrancar aquilo do meu focinho. Disfarçava, mas ela é esperta e logo percebia. E, na mínima tentativa de passar à frente e arrastá-la, lá ia a minha cabeça para trás e, consequentemente o meu corpo acompanhava. Afinal, aquilo nem era tão ruim assim. Só uma questão de costume e nossos passeios ficaram muito mais agradáveis. Até dá para eu brincar com o meu dadinho!!!

Bom, como diz a regra da matilha, tem que existir um líder. E, por mais que eu me esforçasse e que ela às vezes fraqueje e sucumba ao meu jeito doce e maroto de ser…ela venceu!!! Eles (os meus donos) são os líderes e ponto final. E eu não os amo menos por isso. Ao contrário, me sinto segura por saber que os tenho para me guiar, cuidar, proteger e alimentar. No fundo, se eu conseguisse assumir a liderança, como iria dar conta deles???? Melhor deixar como está. Assim sou mais feliz!!


Dá até para brincar com o meu dadinho!!!

Várias explicações educativas (o meu Blog também é educação!!!)

O GENTLE LEADER

O Sistema de Controle Comportamental Gentle Leader foi desenvolvido pelo Dr. R. K. Anderson, médico veterinário, e por Ruth E. Foster, antiga Presidente da Associação Nacional de Instrutores de Obediência Canina dos Estados Unidos, com o objetivo de dar às pessoas um rápido, humano, e eficaz controle sob os seus cães.

E, de fato tornou-se um instrumento revolucionário no relacionamento “Cães-Humanos” oferecendo às pessoas que amam os seus cães uma nova maneira de promover o comportamento desejado e abrir um canal de comunicação com seus animais. Além disso, se utiliza dos instintos naturais do cão para estabelecer a liderança de cada membro da família humana sobre o animal - desde uma criança de três anos de idade até a pessoa mais idosa.

O Gentle Leader age de três formas:

1. Uma pressão branda é transferida para o dorso do animal, estimulando naturalmente o seu relaxamento (da mesma forma que a cadela quando carrega seus filhotes agarrando-os pela nuca);
2. Pressiona gentilmente o focinho não interferindo em sua respiração;
3. Atua como o cabresto de um
cavalo – aonde a cabeça vai o corpo segue.

É justamente esta última ação que garante o sucesso do Gentle Leader. Você já viu algum cavalo com uma coleira enforcadora ou colar de pinos? O cabresto é o instrumento óbvio para facilmente se controlar o mais forte ou chucro dos cavalos. Nenhum dono de cavalo jamais pensaria em tentar controlar o animal com uma corda ou corrente em volta do seu pescoço. Os inventores do Gentle Leader usaram justamente o seu conhecimento do controle dos cavalos, gado, e ovelhas com cabrestos e adaptaram este bem sucedido instrumento para os cães. O resultado foi uma coleira com um ajuste perfeito e que guia a cabeça e o corpo do cachorro, enquanto, ao mesmo tempo tem a vantagem de se utilizar dos instintos naturais do animal em responder a pressões em pontos específicos no seu focinho e pescoço.


Gentle Leader: para todas as raças.

O Gentle Leader possui duas tiras de náilon macias, cada uma destas tiras tem uma função distinta e importante. A tira do pescoço, que fica posicionada no alto do pescoço, bem atrás das orelhas, aplica uma pressão na parte traseira do pescoço, ao invés de na garganta, utilizando seu instinto natural de relaxamento com um surpreendente efeito calmante; e a tira do focinho, que fica frouxa e confortável em volta do focinho do cachorro, e atua dizendo para ele na sua própria linguagem que você é o líder (nas matilhas de cães, o líder da matilha demonstra sua posição social mordendo de maneira firme, porém gentil, o focinho de um subordinado com a sua boca).

Seus benefícios não se restringem somente ao controle dos puxões e empacadas. A coleira Gentle Leader também facilita o ensinamento do comando “senta” (levante o focinho do seu cachorro para o alto que ele irá abaixar instantaneamente os seus quadris); previne os pulos (ajuda você a controlar seu cachorro nas posições "em pé", "senta", ou "deita"); controla latidos excessivos (com um simples puxão na guia para fechar a boca – não sendo necessário gritar ou repreender seu cachorro); controla a agressividade (com a supervisão de um profissional, pode ser bastante eficaz para controlar e resolver problemas de agressividade); e não enforca (dá o controle de uma forma humana e gentil - a pressão é aplicada na parte traseira do pescoço, ao invés da garganta).

Muitas autoridades reconhecidamente famosas em comportamento animal, medicina veterinária, e treinamento de obediência usam e recomendam a coleira Gentle Leader como alternativa mais eficaz e fácil de usar do que os enforcadores ou colares de pinos. Os resultados surpreendentes podem ser vistos em minutos. E o mais importante: tudo isso sem enforcar, machucar, dar choques ou coisa semelhante!


GENTLE LEADER X FOCINHEIRA

O que mais me irritou e me irrita até hoje é a reação das pessoas quando saio às ruas desfilando com a minha Gentle Leader. Eu sei que muitas pessoas não conhecem, mas perguntem antes de tirar qualquer conclusão precipitada ou julgar os meus donos com comentários do tipo: “Nossa, que maldade!!”, “Coitadinha da cachorrinha”, “Oh, meu Deus, o que estão fazendo com você?”, ou ainda, “Mas porque cargas d’água vocês colocaram uma focinheira numa Golden??!!”. Ou pior, há pessoas que simplesmente atravessam para o outro lado da rua em desespero quando nos vêem nos aproximando!!!

Então, que fique bem claro que a coleira Gentle Leader NÃO É UMA FOCINHEIRA.

Quando ajustada propriamente, a Gentle Leader permite que o cachorro abra a boca para comer, beber, latir, pegar coisas, e até morder - menos quando você fecha sua boca puxando a guia.

Já a focinheira, é um acessório necessário para lidar com os cães em algumas situações nas quais os animais, mesmo os de temperamento manso, podem morder (por exemplo, quando estressados, com medo ou dor). Por lei, a focinheira é obrigatória durante os passeios para determinadas raças e cães bravios.

Mas nem todas as pessoas conhecem os diferentes tipos de focinheiras e como usá-las corretamente. Existem focinheiras de contenção, usadas para procedimentos rápidos como exame veterinário, vacinação e curativos, e focinheiras de passeio, para situações nas quais o cão deverá permanecer contido por mais tempo.


Modelos de focinheiras para curtos períodos de contenção.Mantém a boca do cão fechada.


Modelos de focinheiras para passeio ou longos períodos de contenção.

A diferença importante entre os tipos de focinheiras e, principalmente, entre a focinheira e a Gentle Leader, está na possibilidade do cão permanecer com a boca aberta no interior do acessório.

Cães e gatos não possuem glândulas sudoríparas (as glândulas de suor) como as pessoas. São essas glândulas as responsáveis por diminuir a temperatura do organismo em situações de extremo aquecimento, como dias quentes, exercícios intensos, etc… Na falta delas, o animal transpira apenas pela língua e utiliza o mecanismo da ofegação para “refrescar” o corpo. O cão ofegante não necessariamente está cansado, ele pode estar com muito calor e diminuindo a temperatura de seu organismo. O animal inspira ar frio e expira o ar quente. Fazer isso apenas com o focinho não seria suficiente, então, o cão realiza todo esse processo rapidamente pela boca. Se não conseguirem manter a boca aberta e fazer esta “troca de ar” podem sofrer hipertermia (superaquecimento do organismo).

O problema é ainda pior quando o animal faz exercícios físicos, principalmente durante altas temperaturas no verão. Quando o cachorro caminha, aumenta a troca de oxigênio por gás carbônico. Se ele estiver com a boca fechada por focinheira, entra em processo de acidose, ou seja, falta oxigênio durante a respiração e aumenta a quantidade de ácidos, podendo chegar à morte.
Daí, podemos entender porque o animal não pode permanecer de boca fechada por longos períodos.

Além de impedir a transpiração, o uso de focinheira ainda pode estressar o animal. Esse problema é maior em raças como a Rottweiller, que já têm pré-disposição ao estresse. O estresse também é um risco para o animal. Em graus elevados pode causar a morte.

O uso de focinheiras inadequadas pode causar danos para a saúde do animal e levá-los, inclusive, à morte. E não adianta evitar que o animal morda as pessoas na rua, se a focinheira colocar em risco a saúde dele. Por isso, os veterinários orientam os proprietários de animais para escolherem aquelas que tenham espaço para o animal colocar a língua para fora e transpirar. Os demais tipos de focinheiras, que deixam a boca do animal fechada, devem ser usados somente em ocasiões especiais, como aplicação de vacinas ou injeções.

Outro problema observado, na obrigatoriedade do uso de focinheira, é a falta de condicionamento do animal. O animal tem que ser condicionado para algumas atitudes. Não se pode, de uma hora para outra, colocar focinheira em um cachorro que nunca a usou, para ele caminhar por um período prolongado. Ele tem que se acostumar aos poucos.

A focinheira quando usada corretamente não causa qualquer dano. Porém, é preciso usar sempre o modelo adequado à situação. As focinheiras de passeio oferecem conforto ao animal e impedem acidentes no caso dele avançar ou atacar as pessoas. Os modelos de metal são bastante arejados e é possível, inclusive, que o cão beba água quando a estiver usando. Devem ter espaço para que ele possa manter a boca aberta o suficiente para poder ofegar.

A maioria dos proprietários de cães é preconceituosa em relação ao uso da focinheira. Quando abordados sobre este assunto é comum perceber neles barreiras culturais e psicologias que os impedem de aceitar o uso do equipamento. Dizem que é uma agressão ao cão, que o sufoca, o deixa feio, com aparência agressiva, que seu cão detesta usar sem nunca ter experimentado e se já experimentaram não fizeram a correta adaptação ao animal para aceitar e associar a focinheira como algo agradável ou usaram uma inadequada, de má qualidade e desconfortável.

O importante é tentar desmitificar e reverter esse preconceito, até mesmo porque, em algumas situações, não há outra opção. Para o bem do animal e da comunidade, é importante esclarecer que a focinheira não é a mesma coisa que mordaça. Esta sim, é uma agressão ao animal e deveria até ser proibida porque mantém a boca do cão fechada, dificultando a transpiração, a respiração, o impede de latir, beber água, etc.

No Brasil já se fabricam focinheiras de alta qualidade e segurança que não devem nada às importadas. São confortáveis, bem ventiladas e oferecem segurança às pessoas e ao cão. Desta forma você se torna um dono responsável, propicia mais qualidade de vida ao seu animal, segurança à população e cumpre a lei.

COMO ACOSTUMAR O CÃO AO USO DA FOCINHEIRA OU DO GENTLE LEADER

Para que se acostume com naturalidade ao acessório, seja ele uma focinheira ou Gentle Leader, é necessário um período de adaptação e deve ser feito aos poucos, associando sempre às coisas que lhe dê prazer, para evitar uma possível rejeição.

Coloca-se o acessório no cão por poucos minutos, inicialmente, no local onde ele vive, recompensando-o com petisco, brinquedo, carinho ou afagos assim que retirá-lo. Comece com pouco tempo e vá aumentando a permanência aos poucos. Procure motivá-lo e distraí-lo com brincadeiras para desviar a sua atenção do acessório que está usando e para que sinta que está lhe agradando.

Se ele gosta de passear na rua ou andar de carro, antes de sair ponha o acessório ao menos durante parte do passeio.

Nas primeiras vezes é normal o cão tentar tirá-lo. Nesse caso, não deixe que tire, acalme-o com a voz e com afagos. Assim que ele se acalmar, retire o acessório e dê as recompensas. Mas espere que se acalme ou ele vai aprender que ao fazer “birra” consegue se livrar do acessório.

No período de adaptação nunca devemos associar o acessório a situações estressantes, pois a chance de que rejeite é grande. Se tudo correr normalmente o acessório poderá ser usado por períodos mais longos e em qualquer situação sem que ele sinta qualquer incômodo.

A maioria dos cães, de qualquer idade, pode se acostumar ao uso tanto da focinheira quanto do Gentle Leader. Certamente, quanto mais cedo se inicia, mais rápido e tranquilo será o processo de adaptação.

Tentar fazer a adaptação em momentos de estresse, com uso de violência ou em ocasiões desconfortáveis como banho e tosa ou consulta com veterinário gera insucesso.


A OBRIGATORIEDADE DA FOCINHEIRA

Ágeis e ferozes, ao atacarem, alguns cães podem causar grandes estragos e em poucos minutos protagonizarem cenas assustadoras. Seus proprietários podem ser indiciados, dentre outras acusações, por lesão corporal culposa e omissão de cautela na guarda do cão. Além de ser multados.

No caso de São Paulo, a lei determina que os cães não podem circular em locais públicos sem coleira, guia de condução, enforcador e focinheira e vale para raças consideradas de características extremamente agressivas como Pit Bull, Rottweiler e Mastin Napolitano. A pena prevê multa.

Mas cada cidade pode estabelecer os seus critérios. Em Curitiba, por exemplo, a lei abrange um maior número de raças. Vale para Pastor Alemão, Fila, Rottweiler, Dobermann, Mastim Napolitano, American Staffordshire, Pit Bull e Bull Terrier – ou qualquer outro cão com mais de 20 quilos. Em Belo Horizonte, a obrigatoriedade das medidas de segurança limita-se ao Pit Bull.

Cabe ao Centro de Controle de Zoonoses e às prefeituras realizarem o trabalho de fiscalização e penalizarem os verdadeiros infratores: os donos. Está comprovado que o aumento dos acidentes que envolvem ataques de cães é resultado direto da irresponsabilidade dos donos e do treinamento que dão a seu animal.
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O MITO DA “RAÇA-PROBLEMA”

As pessoas cometem um grande erro ao relacionarem a raça de um cão com seus problemas comportamentais. O mesmo acontece quando fazem generalizações a respeito de raças humanas ou etnias (quando dizem, por exemplo, que todos os irlandeses são beberrões, que todos os italianos são brigões, que todas as mulheres brasileiras são “fáceis”, que todos os portugueses são burros, que todos os baianos são preguiçosos, etc).

Segundo Cesar Millan (o especialista em cães mais requisitado dos Estados Unidos), quando as pessoas interagem com seus cães, devem se relacionar com eles na seguinte ordem:

1. Um animal;
2. Uma espécie: Cão (Canis familiaris)
3. Uma raça (Golden Retriever, Bóxer, Pit Bull, Pastor Alemão, etc)
4. Um nome (personalidade)

No que se refere a tentar entender e corrigir a conduta de um cão, a raça vem sempre em terceiro lugar.

Não existe “raça-problema” e sim “donos-problema”!!!

A raça é algo que os seres humanos criaram. Os geneticistas e biólogos acreditam que os primeiros seres humanos que conviveram com os cães escolheram lobos desgarrados com corpo e dentes menores – talvez porque representassem menos riscos e por serem mais fáceis de controlar. Depois começaram a casalar cães para produzirem filhotes que fossem bons em determinadas tarefas. Por isso, hoje em dia, temos centenas e centenas de raças, com utilidades diferentes.

Quando se escolhe um cão é importante pensar na raça, mas é essencial lembrar que por trás de todas as raças existem, primeiro o animal e depois o cão. Todos os cães têm a mesma psicologia. A raça é apena uma roupa que nós usamos e, às vezes, um conjunto de necessidades especiais que podemos ter. Ninguém será capaz de entender ou controlar o comportamento de um cão vendo-o simplesmente como uma “vítima” da raça.

Todos os cães têm as mesmas habilidades inatas, mas algumas raças foram selecionadas de modo a acentuar certas características. As pessoas têm o costume de associar, erroneamente, essas habilidades condicionadas à personalidade do cão.

Isso não quer dizer que a raça não afeta a sensibilidade do cão a certas condições e ambientes. Na verdade, as necessidades especiais que determinado cão pode ter por causa da raça são uma das coisas mais importantes que um novo dono de cachorro deve levar em consideração ao escolher a raça de seu animal de estimação.

Mas, nervosismo, medo, agressividade, tensão e comportamento de defesa territorial – todos estes problemas e doenças surgem quando o animal e o cão dentro dele ficam frustrados. Não importa qual é a raça. É por isso que é um engano se preocupar com a raça quando se lida com problemas comportamentais.

AS PRINCIPAIS VÍTIMAS DA RAÇA

Pit Bull

Surgido por meio de diferentes cruzamentos para ser animal de briga nas rinhas de cachorro do século XVIII, o temido Pit Bull tem porte atlético, mede cerca de 40 centímetros de altura e pode alcançar os 35 quilos. Os movimentos são tão bem coordenados que o cão é capaz de subir em árvores.

Ele não adverte antes de morder nem pára o ataque quando a vítima se rende, como faria outro cão. Sua boca abre de uma orelha a outra, o que permite o encaixe perfeito dos dentes. Esse fator, chamado oclusão, põe abaixo o mito de que a mordida do Pit Bull pode ter a força de 10 toneladas. Na verdade, a mordida dele chega a ser 10 vezes mais fraca do que a de um Rottweiller (que são 2 toneladas). O APBT (American Pit Bull Terrier) foi criado para imobilização, portanto a sua oclusão (encaixe perfeito dos dentes) e a abertura lateral dos seus lábios lhes dão uma grande área para a respiração, mesmo com as mandíbulas mordendo algum objeto. Essa qualidade pode ser usada para o bem se caso o animal for bem treinado, sendo capaz de carregar coisas pesadas por longas cainhadas. Animais disciplinados nunca mordem a mão de seus treinadores, mesmo quando estão eufóricos e seus treinadores seguram o objeto a ser mordido (bola, pau ou qualquer outro brinquedo.

Muitos veterinários e criadores alegam que a agressividade de alguns exemplares da espécie tem a ver com a educação recebida por eles nos primeiros meses de vida. Mas, a imagem de que todo Pit Bull é um cachorro violento não é verdadeira. Se for bem ensinado, ele será um cão dócil e companheiro.

Mastim Napolitano

Parecido com o fila brasileiro, o mastim napolitano é outra raça considerada uam “fera perigosíssima”.

É um cão enorme e costuma ser confundido com o fila brasileiro. Os machos podem pesar 70 quilos e medir 75 centímetros.

Foi difundido em Roma. Tropas imperiais os colocavam à frente dos exércitos para atacar soldados e cavalos inimigos. Mas não é agressivo sem razão. Se a sua agressividade for controlada desde cedo pode conviver tranquilamente com pessoas e outros animais. Bom de guarda, está sempre vigilante.

Rottweiler

Criada na Alemanha, a primeira vista, a raça dificilmente mostra simpatia com estranhos.

Forte e musculoso, o Rottweiler tem o poder de arrancar um pedaço do corpo humano com uma única dentada. Alguns medem até 68 centímetros de altura.

No passado, eles foram usados para proteger rebanhos até servir como cães policiais no início do século XX. Trata-se de um animal vigoroso e seguro de si. Pode atacar o dono se não for bem treinado. O adestramento, porém, consegue torná-lo bastante obediente.


Pareço uma fera?

Fontes:
Site: http://www.gentleleader.co.uk/
Site: www.lordcao.com/gentleleader
Revista “Veja SP” de 12 de Janeiro de 2005
Livro: Adestramento Inteligente – Com Amor, Humor e Bom Senso
,,,,,,,,,Alexandre Rossi
Livro: O Encantador de Cães – Compreenda o melhor amigo do homem
,,,,,,,,,Cesar Millan