quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

GRAMADO E CANELA

Chegamos em Gramado
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Acordamos bem cedinho, carregamos o carro, bagagem pra lá, bagagem pra cá….hummmm, isso me cheira algo: nova a ventura à vista!!!

Saímos de Porto Alegre rumo à Serra Gaúcha. Mais precisamente as cidades de Gramado e, como não pode deixar de ser, Canela. Pode-se dizer que, ir à Gramado e não conhecer a sua vizinha, Canela, seria como ir ao Rio de Janeiro e não ver o Cristo Redentor…afinal, as duas cidades são igualmente charmosas e estão a aproximadamente 8 kilômetros de distância uma da outra.

O verão já se apresenta e, com ele, as temperaturas começam a aumentar. Em Porto Alegre já faz um calor infernal. Ouvi dizer que o melhor da Serra Gaúcha é curtir o típico friozinho de montanha. Então, pensei, esta não é a melhor altura para visitarmos a região, correto? Não!!!

À medida que subíamos a Serra o clima ia se transformando bem diante dos nossos olhos. A temperatura era bem mais baixa lá em cima, havia bastante neblina em alguns pontos da estrada e das cidades e até choveu. Mas, nada que atrapalhasse o fim-de-semana de aventuras que os meus donos programaram para a gente.

A Serra Gaúcha é considerada um dos lugares turísticos mais charmosos do Brasil e é composta por várias cidades de beleza inigualável, com baixas temperaturas, vales, vinhedos, cânions, montanhas, cachoeiras e paisagens indiscutivelmente exuberantes. A colonização foi feita na grande maioria por italianos e alemães, por isso os destinos ainda guardam a cultura e as tradições destes povos, facilmente reconhecidos na arquitetura, na fisionomia do povo (super hospitaleiro), na culinária e em muitos outros aspectos. Até parece um pedaço da Europa dentro do Brasil.

Lá é possível desde degustar uma taça de vinho numa vinícola, se deliciar comendo uma fondue, até caminhar sobre as folhas caídas no chão e conversar com os moradores dessas pequenas e charmosas cidades.

Apenas um fim-de-semana não é suficiente para se deliciar com todas as ofertas que a Serra Gaúcha nos apresenta. Por isso tivemos que escolher e as nossas selecionadas foram Gramado e Canela. E não nos arrependemos.

Já na entrada da cidade de Gramado os pórticos dão as boas vindas. Quem chega pelo município de Taquara, passa pelo Pórtico Taquara, em estilo normando, datado de 1991. Mas esse não foi o nosso caso. Como chegamos pela RS235 (Nova Petrópolis) passamos pelo Pórtico Estilo Bávaro. Inaugurado em 1973, a bela construção representa o “boas vindas” aos visitantes. Todo em madeira e pedra, o pórtico tem uma arquitetura que é a “cara de Gramado”, repleta de detalhes, recortes e cores. Canteiros bem cuidados e floridos completam o visual perfeito para a nossa foto. Mas cuidado: diga para os seus donos estacionarem num local adequado e fiquem atentos ao fluxo constante de veículos, principalmente na hora das fotos.
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Hotel Pousada Colina de Pedra: com direito a trilhas

Chegamos no finalzinho da manhã e fomos direto ao Hotel Pousada Colina de Pedra, onde ficaríamos hospedados. O Colina de Pedra é um hotel muito charmoso, localizado em zona rural a 8km de distância do centro de Gramado. É justamente a sua localização que permite com que ele seja tão especial. Alguns podem pensar que talvez seja um incômodo ter que dirigir 8 km (16 km se contarmos ida e volta) toda vez que quisermos ir ao centro da cidade. Mas, sinceramente, não nos custou nada. Fazíamos o trajeto super rápido, a estrada era boa (apesar dos seus 3,5 km serem de estrada de pedra), segura e sinalizada. Além disso, estarmos afastados do centro urbano nos permitia fugir da agitação e relaxar em contato com a natureza. E que natureza!!! Eu fiquei louquinha com tanto verde, tantas flores, tantas árvores, tantos pássaros….tanta vida que havia ali.

A recepção, o nosso chalé e o vinhedo: não consegui colher as uvas
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Muito verde e espaço: como todo pet gosta
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Na verdade, o estabelecimento funciona nas propriedades de um sítio, porém adaptado com a infra-estrutura de um hotel. Não deixa a desejar em nenhum aspecto, oferecendo desde quadra de tênis, sala de jogos, piscina, playground até restaurante. Ali funciona uma mini-vinícola onde são fabricados vinhos locais. Os proprietários, Anita e Craig, cuidam pessoalmente de cada detalhe. Eles vivem lá e são eles que preparam carinhosamente as refeições (o Craig faz uns bolos e docinhos para o café-da-manhã que deixaram a minha dona louca!!) e recepcionam os hóspedes. A recepção canina fica por conta da Caramel e do Toffee, um casal de Pastores Australianos muito simpáticos. O hotel não somente é apropriado para receber “hóspedes de 4 patas” como os recebe com prazer. Ali, nós, os pets, podemos ficar livres, correr à vontade, fazer trilhas (sim, o hotel tem trilhas!!) e dividir o chalé (muito bonitinho e confortável) com nossos donos. E, se os donos resolvem dar um passeio sem nós, podemos ficar no chalé sozinhos (se comportados) ou então no canil que eles disponibilizam.

Nossa, estava tudo perfeito e o fim-de-semana na Serra prometia!!!

Depois de nos instalarmos e descarregarmos nossas bagagens (bom, descarregarmos, no sentido figurado por que dessa parte do trabalho pesado eu tô fora!!rsss), fomos explorar as atracões de Gramado.


Lago Negro
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Pedalinos e azaléias, mas nada de pular no lago!!
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Nossa primeira expedição: Lago Negro. Parada “obrigatória”, o Lago Negro é assim chamado devido aos pinheiros importados da Floresta Negra da Alemanha que foram plantados às suas margens. Suas águas são profundas (cerca de 6 metros de profundidade) e, na verdade, de um verde-escuro carregado, refletindo o alto dos pinheiros que se alternam com o colorido das azaléias no Inverno e o azul das hortênsias no verão. A entrada é liberada para cães desde que conduzidos na guia. Fizemos uma caminhada revigorante pela trilha à sua volta, em meio às azaléias. Também se pode fazer um passeio de pedalinho. O local tem infra-estrutura com banheiros, estacionamento e o Paradouro do Lago Negro, que é uma espécie de praça de alimentação, onde a Caracol Chocolates oferece um monte de delícias.

Essa é a nossa próxima parada: os chocolates!!!!! Gramado é famosa também por deixar até quem não é chocólatra maravilhado. São dezenas de lojas de fábrica que oferecem os mais variados e deliciosos chocolates caseiros. E a minha dona é uma chocólatra assumida!! Nós fomos dar um passeio pelas ruas do centro e, cada vez que ela entrava em uma loja de chocolate (e foram muitas!!!), parecia que ia ter um “piripaque”. Na verdade, eu queria mesmo era acompanhar, quem sabe fazer algumas “degustações” mas, por motivos que já expliquei aqui mesmo nesse Blog, CHOCOLATE É TERMINANTEMENTE PROIBIDO PARA PETS.


Eu ia chamando a atenção dos que passavam. Sim, todos ficavam encantados com a minha beleza (convencida!!!), me faziam afagos, cumprimentavam…..Sabe, achamos que na cidade não há muitos cães. Pelo menos não se vê nas ruas, nem cães abandonados e nem pessoas passeando seus pets. Alias, durante todo o tempo em que estivemos no centro da cidade, não vimos um cão sequer. Além de mim, claro. (as vezes me esqueço desse detalhe)

Depois que a minha mamys concretizou o seu desejo de consumo na “Caracol Chocolates” (segundo ela, a melhor), seguimos nosso passeio.

As ruas estavam especialmente mais bonitas devido à decoração Natalina. Aliás, Gramado fica “espiritualmente mágica” nesta época do ano, quando acontece o “Natal Luz”.

Pausa para explicação cultural (o meu Blog também é cultura!!)

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O NATAL LUZ

No início, a comissão organizadora do evento motivou os comerciantes da avenida principal a decorar e iluminar as suas fachadas. Aos poucos, a comunidade começou a aderir. E assim nasceu o Tannembaumfest, que até hoje decora a principal avenida da cidade, a Borges Medeiros, a cada edição do “Natal Luz”.

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A Fantástica Fábrica de Natal
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O Grande Desfile de Natal
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Espetáculo lindo
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Ao longo de 20 anos, além da decoração e do envolvimento comunitário, o evento tem apresentado diversos espetáculos que compõem a programação. A orquestra Sinfônica de Porto Alegre realiza o “Grande Concerto”. Na Rua Coberta, um palco é montado em forma de árvore de Natal onde músicas e temas natalinos são cantados por corais da federação de Coros do Rio Grande do Sul; é a “Árvore Cantante”. Uma Vila de Natal, onde o Papai Noel marca presença diariamente, é construída na Praça das Comunicações, durante o período do evento, destacando produtos natalinos feitos pelos artesãos gramadenses.

Mas, hoje, os principais espetáculos são: A “Fantástica Fábrica de Natal”, um espetáculo musical que utiliza-se de elementos de palco, dança, acrobacias e muitos efeitos especiais para contar a história de uma criança que realiza o sonho de conhecer a Fábrica do Papai Noel; e o “Grande Desfile de Natal”, que transforma a Avenida das Hortênsias em passarela para bonecos gigantes, borboletas, gnomos, patinadores e ajudantes de Papai Noel (além do próprio!!) que passam interagindo com o público que assiste acomodado em arquibancadas e cadeiras disponibilizadas ao longo da avenida repleta de luzes.

Outros eventos paralelos como as “Janelas do Advento”, o “Encontro de Papais Noéis” e o “Natal Gaúcho” se somam à programação do “Natal Luz” que ainda mantém uma dês suas características iniciais: o envolvimento da comunidade, quer seja nos preparativos ou na protagonização dos espetáculos. Em Gramado o Natal tem 60 dias de duração!!!
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 A cidade fica ainda mais bonita
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Voltando ao nosso passeio no centro da cidade….

Demos uma paradinha ali mesmo, na Avenida Borges Medeiros, para conhecer a Igreja de São Pedro. Construída originalmente em madeira, como capela, em 1917 e depois em pedras, em 1943, é uma das maiores demonstrações de religiosidade dos gramadenses. Com uma torre de 46 metros, a estrutura montada em pedra basáltica abriga vitrais sacros que causam belos efeitos luminosos e reproduzem a vida de São Pedro (Padroeiro da cidade).
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 Igreja de São Pedro: de dia e de noite
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Ali mesmo, à frente da igreja, encontramos a “Rua Coberta”, um dos pontos mais charmosos de Gramado. Com um ar bem cosmopolita é cenário de eventos e apresentações o ano inteiro. A Rua Madre Verônica – este é seu nome original - liga a Avenida Borges de Medeiros à Rua Garibaldi. O lugar está sempre movimentado com turistas e muita gente bonita circulando. Tem lojas de chocolates, couro, confecções, malhas, artigos esportivos e uma livraria. Um bistrô e vários cafés completam o espaço. É ali que se encontra a “Arvore Cantante” nessa época natalina.

 
Rua Coberta

 Desfilando no tapete vermelho
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E, do outro lado da Rua Coberta está o “Palácio dos Festivais”. Com o próprio nome diz, é a sede de exibição dos filmes participantes do “Festival de Cinema de Gramado” – Cinema Brasileiro e Latino. Em agosto, período em que acontece o evento, um tapete vermelho é estendido ao longo de toda a Rua Coberta e leva os cineastas, atores, atrizes, produtores e imprensa até a porta de entrada do palácio. Quando não acolhe o Festival, o Palácio funciona normalmente como cinema da cidade.
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Pausa para explicação cultural (o meu Blog também é cultura!!)
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O FESTIVAL DE CINEMA DE GRAMADO
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Oficializado pelo Instituto Nacional de Cinema/Inacen em janeiro de 1973, o “Festival do Cinema Brasileiro de Gramado” teve seu ponto inicial nas mostras promovidas durante a “Festa das Hortênsias”, entre 1969 e 1971. O entusiasmo da comunidade artística nacional, da imprensa, dos turistas e dos gramadenses fez com que todos se engajassem num movimento com o objetivo de transformar a iniciativa num evento de caráter oficial. Foi assim que a Prefeitura Municipal de Gramado, a Companhia Jornalística Caldas Júnior, a Embrafilme, a Fundação Nacional de Arte e as secretarias de Turismo e de Educação e Cultura do Estado saíram em defesa da idéia e a tornaram realidade.
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Desde então Gramado transformou-se num palco que traduz as glórias e crises do cinema nacional. O evento foi conquistando naturalmente o título de um dos maiores do gênero no país e reunindo um grande número de filmes e de pessoas que querem falar de cinema, criação, sonhos e possibilidades de fazer sempre mais e com qualidade.
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Palácio dos Festivais 
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O festival recebe artistas consagrados dos mais distintos lugares do mundo e lança no mercado filmes de curta, média e longa metragem, que concorrem ao “Kikito”. Criado por Elisabeth Rosenfeld, também a mãe do artesanato gramadense, o “Kikito” é uma figura risonha e representa o “Deus do bom humor”. Esta estatueta, devido ao seu êxito imediato, passou a ser o símbolo da cidade de Gramado, e depois, o símbolo e prêmio máximo dos Festivais de Cinema Brasileiro. Como troféu do Festival, mede 33 cm de altura, foi confeccionado em madeira de imbuia até o ano de 1989. A partir de 1990 passou a ser feito de bronze.
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O Festival de Cinema de Gramado é hoje um espaço indispensável para a divulgação, discussão, crítica e incentivo à criação cinematográfica nacional.
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Depois do nosso passeio pelas ruas da cidade, retornamos ao hotel onde minha mamys me deixou devidamente instalada no chalé (após eu prometer que iria me comportar bem, e assim o foi) – aquecida e alimentada- e retornou à cidade para um programa culinário de humanos. É claro que eu gostaria de ter ido junto mas... Ela disse que ia à procura de “um tal de fondue” (fundí, segundo a pronuncia da minha dona…ahahahaha) e voltou bem satisfeita com o encontro. ehehehe
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Pausa para explicação gastronómica (o meu Blog também é gostoso!!)

  
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A FONDUE

Antes de começar, é preciso deixar claro que o correto é a fondue e não o fondue. A palavra é de origem francesa e significa “derreter”. Já a origem do prato é suíça. Os camponeses não tinham como buscar mantimentos na cidade, pois as montanhas e os vales alpinos ficavam cobertos de neve. Abastecidos com pão e vinho, derretiam os restos do queijo que produziam e mergulhavam o pão na mistura fervente. Uma comida simples, saborosa e nutritiva para agüentar o frio.
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Alguns afirmam que a fondue foi criada por volta do século XVI-XVII, pois a receita teria chegado à França no século XVII. Outros atribuem sua criação ao período da Segunda Guerra Mundial. Na década de 1950, a iguaria teria começado a ganhar fama em Nova York, quando o chef Conrad Egli, do restaurante Chalet Suísse, incluiu o prato no cardápio e criou a fondue de chocolate para servir como sobremesa.
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A fondue acabou se transformando quase que num ritual sagrado no inverno de Gramado e, além da receita tradicional da fondue de queijo e da criação nova-iorquina de chocolate, é também servida a fondue de carne.
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A fondue é uma comida para ser saboreada. Tem todo um ritual: mergulhar o pão no queijo, fritar a carne, escolher o molho, cobrir as frutas com chocolate... não dá para ir a uma casa de fondue com pressa, é preciso pelo menos uma hora e meia para “sentir” a refeição. Também não convém ir sozinho. Até pelo ritual que envolve, ir a uma casa de fondue é ideal para uma boa conversa entre amigos e familiares ou um jantar romântico para os apaixonados. Também por todas essas características, a iguaria é mais convidativa à noite, quando o passeio dá uma acalmada.
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Pode-se optar pela seqüência ou escolher a la carte. A seqüência começa com a precursora: a fondue de queijo. Preparada com queijos genuinamente suíços, como emmental e gruyère, acrescida do holandês maasdan, a mistura ainda recebe vinho branco seco e kirsch, licor de cereja, que dá o toque final no sabor. A fondue de carne vem acompanhada de vários tipos de molho. E a sobremesa, fondue de chocolate, conta com diversas variedades de frutas, mais wafer e suspiros. É de comer suspirando mesmo...e não contar as calorias.
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A personalização é uma constante em Gramado, até mesmo na fondue. Nas opções a la carte, pode-se encontrar a fondue au vin (preparada com o vinho da preferência do cliente) e opções de fondue com filé de frango, peixe, lombo e camarão. Entre os molhos para salpicar nas lâminas de filé, estão combinações que vão desde ervas aromáticas, como no petit poa, até maçã com nozes e abacaxi. Também no molde a la carte, há De sobremesa, fondue de chocolate branco ou preto, ou ainda de bombom.
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Mas, a sensação mesmo é a fondue na pedra: la pierrade. Inicialmente feito com a utilização de uma pedra vulcânica importada, era difícil encontrar, poucas casas ofereciam. Com o tempo, descobriu-se uma pedra brasileira, a pedra-sabão, que serve perfeitamente para o preparo. No Restaurante Colosseo, onde os meus donos estiveram se deliciando, 90% da fondue é servida na pedra. Cada vez mais a opção tem sido procurada pelos clientes, por não envolver óleo na fritura da carne, assim o odor não perturba e o alimento se torna mais saudável.

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No dia seguinte, fomos descobrir os encantos de Canela. Localizada a 7km de distância de sua vizinha Gramado e situada a 830 metros acima do nível do mar, Canela é um oásis de lindas paisagens e clima agradável. Seu nome vem da Caneleira, árvore sob a qual os tropeiros descansavam.
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Canela vem exercendo grande fascínio sobre seus visitantes, tornando-se um dos mais importantes municípios no contexto turístico e cultural da Região das Hortênsias. Só no ano de 1999, o turismo na região cresceu 60%, enquanto que no Brasil como um todo, o incremento foi de apenas 10%.
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O fato de a cidade estar localizada em uma área de serra lindíssima, rodeada de pinheiros, matas e parques, que sobreviveram ao desmatamento, tornou o turismo a tendência natural de Canela. Somava-se, ainda, a esse cenário o espetáculo da neve, que atraia pessoas dos mais diversos lugares desse Brasil tropical durante os meses de inverno.
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A cidade conseguiu desconcentrar esse fluxo anteriormente centrado no inverno e hoje já tem um grande percentual de visitantes durante o mês de dezembro, em função do evento “Sonho de Natal” e da ”Temporada de Verão”. E também, por tabela, pegando carona nos visitantes que são atraído pela sua vizinha, Gramado, e acabam por aproveitar e esticar a visita.
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Canela é uma cidade em que a qualidade de vida é valorizada em seus mínimos detalhes. O Canelense é uma soma da cultura imigrante alemã e italiana com o índio e o gaúcho serrano. O resultado é uma gente que trabalha pelo progresso sem esquecer-se de estar de bem com a vida. Em cenários naturais perfeitos, há um toque refinado do empreendimento humano, harmonizando a atualidade com a preservação constante da natureza.
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Cascata do Caracol
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Os Parques naturais, a tranqüilidade e o espírito aventureiro fazem da cidade um diferencial que merece ser visitado. E foi exatamente isso que fizemos. Avançamos rumo a dois dos principais parques naturais de Canela: o “Parque do Caracol” e o “Parque da Ferradura”.
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O “Parque do Caracol” este situado a 7 km do centro de Canela pela RS 466 (Estrada Canela - Caracol). Com moderna infra-estrutura, contando com um mirante, restaurante, área de lazer, feira de artesanato e trilhas ecológicas auto-interpretativas, é o parque de maior visitação no Rio Grande do Sul.
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Parque do Caracol
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Em apenas uma hora você pode-se percorrer os atrativos centrais do parque. Mas se você curte a natureza, você pode passar todo o seu dia alí.

Dentro do Parque do Caracol você ainda encontra um divertido passeio de Maria Fumaça, um vilarejo estilo velho oeste, labirinto, trilhas ecológicas, represas, etc.


Mas a principal atração é a Cascata do Caracol. Formada pelo arroio de mesmo nome, despenca em queda livre de 131 metros, por rochas de formação basáltica, formando um conjunto paisagístico de rara beleza. Para os que quiserem se exercitar, uma escada de 927 degraus conduz à base da cascata. Nós, eu e minha mamys, preferimos contemplá-la desde o mirante e depois fizemos uma pequena trilha onde corri livremente por entre a floresta, sem problema algum relativamente à minha presença.
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Deslumbrada com a cachoeira
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Eu e minha dona, na trilha e na represa
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Foi a primeira vez que fizemos trilha juntas. Assim, a sério. Eu gostei muito, me senti parte daquela natureza e importante por “guiar” a minha mamys. Ia um pouco mais adiante, farejando caminhos e certificando-me de que não haviam perigos. Se houvessem, estaria ali, a postos, para defendê-la (acho que andei assistindo filmes a mais!!). Mas, brincadeiras à parte, foi mesmo muito gostoso e eu me senti muito feliz. Segundo ela, minha mamys, até parecia que euestava sorrindo….
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Trilhaaaaa!
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Oba, liberdade!!!
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No embalo, seguimos para o “Parque da ferradura”, que fica a 6 km do “Parque do Caracol” e 13 km do centro de Canela. O parque leva este nome em virtude da curvatura que o rio Caí faz neste local. Sua paisagem serviu de cenário para a gravação de cenas da novela Chocolate com Pimenta. Sua infra-estrutura conta com lanchonete, playground, churrasqueiras e sanitários. Na entrada do Parque apenas reforçaram que eu fosse conduzida na guia. Haviam razões consideráveis. Primeiro por conta da possibilidade de nos depararmos com pequenos animais selvagens que ali vivem (mas nós não vimos nenhum!!!). E depois, o mais relevante, porque as trilhas são feitas à beira das paredes do canyon e não parecia recomendável arriscar um acidente que com certeza seria fatal.
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O Parque da Ferradura é o lugar certo para quem vem para Canela em busca de integração com a natureza. A preservação da mata proporciona momentos de harmonia com a flora, a fauna e os elementos naturais. Nele, pode-se escalar as paredes do Canyon com 420 metros de profundidade ou visitar a cascata do Arroio Caçador pelas trilhas do parque. O Vale da Ferradura, onde se encontra o parque, é cortado por três trilhas de variados níveis de dificuldade: a Trilha das Cutias (8 minutos), a Trilha das Pinguelas (35 minutos) e a Trilha do Rio Caí (60 minutos de descida que leva até a base da Cascata do Arroio Caçador).
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Durante a nossa visita, fomos até ao mirante principal (que oferece uma bela paisagem de Canela) e depois fizemos uma caminhada por entre a mata passando por mais dois mirantes. As vistas das paredes do canyon são de cortar a respiração.
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  Catedral de Pedra
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De volta à cidade, passamos pelo centro de Canela e aproveitamos para visitar a Catedral de Nossa Sem hora de Lourdes, mais conhecida como a “Catedral de Pedra”. Situada na praça da Matriz, no centro da cidade de Canela, é o segundo ponto turístico mais fotografado da Região Sul do país. Construída em estilo gótico inglês, sua torre de 65 metros de altura é imponente e abriga um carrilhão de 12 sinos de bronze, fabricados pela fundição Giácomo Crespi, na Itália, e instalados em 1972. Em seu interior destacam-se três painéis que são telas pintadas pelo artista gaúcho Marciano Schmitz, retratando a Aparição de Nossa Senhora, a Alegoria dos Anjos e a Anunciação. Seus lindos vitrais representam a ladainha de Nossa Senhora.
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Parque da Ferradura
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Trilha
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Sua beleza é grandiosa e imponente, visitá-la é envolver-se pela mística de sua construção, pela paz e pela oração. Pena que havia tanta neblina que nem ao menos conseguimos vê-la direito, do seu exterior. E, não, eu também não entrei nessa catedral.
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De volta a Porto Alegre, a gora é recuperar os kilinhos ganhos com chocolates e fondue (essa parte é para minha mamys, porque eu só fiquei na ração mesmo) e preparar a próxima aventura!!!

Cansaço gostoso
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DICAS DA CLÉO

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GRAMADO

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Lago Negro
Endereço: Rua A. J. Renner, bairro Planalto - Gramado/RS
Horário de funcionamento: aberto 24h - Pedalinhos: 8h30min às 19h
Acesso: Livre
Estacionamento: sim, livre
Duração do passeio: cerca de 20 minutos
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Igreja Matriz São Pedro
Endereço: Av. Borges de Medeiros, 2659, Gramado/RS
Fone: (54) 3286-1187
Horário de funcionamento: 7h30min às 21h, diariamente. No período do “Natal Luz” a igreja permanece aberta para visitação até a meia-noite.
Horários de missa: De segunda-feira a sábado, às 18h30min. Domingos: 7h30min, 10h30min, 17h e 19h. Primeira sexta-feira de cada mês: 15h e 18h30min.
Acesso: Livre

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Palácio dos Festivais
Endereço: Av. Borges de Medeiros, 2697, Centro - Gramado/RS
Fone: (54) 3286-1058
Horário de funcionamento: Sessões as sextas, sábados, domingos e segundas às 20h30min. Durante Julho, todos os dias da semana.
Acesso: Ingresso adulto: R$ 8,00 Estudantes: R$ 4,00 Idosos (acima de 60 anos): R$ 4,00.(informações Dezembro 2007)

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Rua Coberta
Endereço: Rua Madre Verônica, Centro - Gramado/RS
Horário de funcionamento: Livre. As lojas costumam ficar abertas até as 19h, algumas até as 21h. Os cafés geralmente funcionam até a meia-noite.
Acesso: Livre

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Restaurante Colosseo
Endereço: Av. Das Hortênsias, 1560, Centro - Gramado/RS
Fone: (54) 3286-7259 / 3286-9782
Estacionamento: sim, livre
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Fontes e Outras Informações:



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CANELA
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Parque do Caracol
Endereço: RS 466
email: parquedocaracol@canela.com.br
telefone: (54) 3278 - 3035
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Parque da Ferradura
Endereço: RS 466 - Km 6
Telefone: (54) 9969-6785

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Catedral de Pedra
Endereço: Praça da Matriz, 53
Telefone: (54) 3282-1132
Site: www.catedraldepedra.com.br
Email: parcanela@mitranh.org.br

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Fontes e Outras Informações: