quinta-feira, 5 de junho de 2008

ESCADAPA URBANA

Sabadão com mini trilha....e banho de rio!!!
.
Cansado do mesmo passeio? O mesmo parquinho ou pracinha? Os mesmos focinhos, já tão conhecidos? Hummmm, sei exatamente o que você está sentindo….algo que os humanos chamam de “tédio”….”mal da rotina”…ou algo assim.

Então anota aí essa minha dica de passeio e mostra para os seus donos. É uma escapadinha, uma fugidinha da cidade grande, que pode ser feita num sábado, domingo ou algum dia da semana. Depende da agenda dos seus donos…Coisa rápida, “bate e volta”, mas extremamente revigorante…eu que o diga!!

Sabadão, eu e minha mamys, acordamos e pensamos: “E aí, Ibira como sempre?”. Que tal um programa diferente? Pegamos o carro e fomos rumo a Itapecerica da Serra. Cerca de 40 minutos de São Paulo, dependendo do trânsito, claro!

Chegamos ao Cãopestre Park & Hotel. O Cãopestre é um hotel para cães que oferece, além da hospedagem padrão, serviços de Spa, day care, adestramento e outros. Também serve de residência para alguns cães. É verdade, tem cães que vivem lá!! Por alguns meses ou por tempo indeterminado….Normalmente, são animais que os donos precisaram se mudar temporariamente e não os puderam levar. Outros estão ali porque suas casas estão em obras. Ou ainda, cães que foram recolhidos das ruas e alguém arca com os custos para que eles tenham comida e abrigo. Você deve estar pensando: “Que triste viver num hotel!”. Foi isso o que a minha mamys pensou também….mas sabe que talvez não?!! Lá é muito legal, tem campo de recreação, pista de agility e até uma Trilha Ecológica!! Bom, na verdade, uma mini-trilha porque não leva mais do que 10 minutos para percorrê-la. Mas o que importa é que é um espaço em plena mata fechada, em contato direto com a natureza e lá os hóspedes passam momentos super prazerosos…além de refrescantes pois a trilha nos leva a um pequeno riacho onde, claro, me esbaldei!!!

.
Um riachinho só pra mim: êbaaaa!!!
.
Imagine você que aquilo tudo estava ali, só pra mim. Não havia mais ninguém quando chegamos….nenhuma patinha sequer. E aquele riachinho, limpinho só me esperando….tava um pouquinho frio, tenho que admitir. Fui colocando, aos pouquinhos, as patinhas de fora. Ou melhor, dentro….dentro da água. E, ao primeiro pauzinho atirado dentro do riacho…tchhhhiiibummmmm!!! Lá estava eu, toda molhada…ahahahahahah. Ninguém mais teve coragem para me acompanhar…e eu nem reclamei. Desde que continuassem atirando os pauzinhos para que eu fosse buscar….foi um mergulho atrás do outro. “Dilíciaaaa”!!!
.
Brrrrrr....que água frrrriiiiaaaa!!!
.

Quando já estava satisfeita (se é que isso é possível!), uma "Tia" me levou para secar meus pelinhos enquanto os minha mamys conhecia o resto da área, acompanhados pelo simpático Dr. Crespo (o proprietário do local, que vive lá).

Ah, pode-se afirmar que foi um sábado diferente….bem legal!! E não é só privilégio dos hóspedes do hotel, não. Tal como eu fiz com a minha mamys, você também pode levar o seu “amigão” e proporcionar um passeio diferente a ele….e aproveitar para conhecer a estrutura e os serviços do Cãopestre Park & Hotel. É só ligar para lá e agendar uma visita e dizer que vai levar o seu cãozinho para se divertir na trilha e no riacho. Serão muito bem recebidos.
.
Vem comigo ...a água tá uma dilíiiiiciaaaa!!!
.
Eu pego, eu mordo, eu boto esse mosquito pra correr....ops, voar pra bem longe!!
.
Mas, ATENÇÃO, o Cãopestre Park está localizado numa área endêmica da Leishmaniose. Por isso, não deixe de ler as informações abaixo. Tomando os cuidados necessários (3 a 5 dias antes do passeio), o seu animalzinho estará protegido e tudo será só diversão!!
.
Protegida, saudável e feliz!!
.Obs: Não é permitida a entrada e a permanência de cães no Cãopestre Park sem a devida proteção contra a doença..
Leishmaniose ou Calazar: a culpa não é dos cães

A leishmaniose ou calazar é uma doença grave causada por um protozoário (microorganismo) denominado Leishmania. Ela também pode receber o nome de “calazar”, “doença de Bauru” ou “úlcera de Bauru”. É transmitida através da picada de um mosquito (Lutzomyia longipalpis), conhecido no Brasil como mosquito-palha, birigui e outros nomes. Geralmente a doença acomete cães sadios, canídeos (lobos), roedores silvestres e humanos (especialmente pessoas com imunidade diminuída como crianças, idosos e doentes). Raramente os gatos são afetados. Ocorre em 2 tipos: cutânea e visceral.

De uma forma bastante simplificada, o ciclo se dá da seguinte maneira: o inseto pica o hospedeiro e ingere uma forma de protozoário. No interior do inseto, esta forma se desenvolve, migrando para a proboscida (boca) do inseto que inocula em um novo hospedeiro, havendo um desenvolvimento de outro tipo de forma no interior dos macrófagos. (célula do sistema imunológico do organismo).

.


Sinais comuns da doença: atenção, pode não ser leishmaniose!!

Os sinais mais comuns da doença são problemas de pele e pêlo (dermatite seborréica, falta de pêlo ao redor dos olhos, feridas nas pontas das orelhas e na ponta do focinho que nunca cicatrizam), crescimento exagerado das unhas, emagrecimento progressivo, apatia, febre, sangramento nasal ou oral, problemas nos olhos e pode haver inchaço do abdômen por causa do aumento de órgãos (baço e fígado). É habitual o desenvolvimento de uma dermatite ulcerativa que se pode disseminar por toda a superfície corporal do cão. São também habituais feridas da pele, na cabeça e membros, principalmente nas áreas que contactam com o chão quando o cão está sentado ou deitado. Numa fase mais avançada, começam a observar-se sinais relacionados com a insuficiência renal crônica. No entanto mais da metade dos cães portadores não apresentam sinal algum.

É importante ressaltar que nem todo cão com o pêlo caindo, com a unha muito grande ou que apresente fraqueza está com leishmaniose, porque os sintomas são semelhantes aos de outras doenças, como uma infecção por fungos ou a doença do carrapato (erlichiose), por exemplo. Algumas doenças de pele, como a sarna negra, também podem ser confundidas com a forma cutânea da leishmaniose. Por isso, somente exames clínicos e laboratoriais podem diagnosticar a doença e evitar afirmações precipitadas. E qualquer precipitação neste caso, pode ser fatal para o seu cão.

O diagnóstico é realizado através de exame de sangue do cão e também através de esfregaços ou raspado de pele e biópsia de linfonodos ou de medula.

Nos humanos, a leishmaniose apresenta diversas manifestações (na pele ou órgãos) e, se diagnosticada a tempo, pode ser tratada com grandes chances de recuperação do paciente.

Infelizmente, os tratamentos realizados no homem não são efetivos em cães. Entretanto, o tratamento para cães existe e é utilizado há décadas em países europeus (viva ao primeiro mundo!) como Espanha, França e Portugal. Na Espanha, por exemplo, onde a doença também é endêmica na variação canina, existem medicamentos e até ração desenvolvidos especificamente para os cães doentes, e o dono tem o direito de decidir se trata ou não o animal. O Brasil é o único país em que o sacrifício dos animais é obrigatório.

No entanto, é necessário ter claro em mente que o tratamento não cura o cão, mas aumenta o tempo de vida do animal assim como ameniza os sinais da doença fazendo com que ele tenha uma qualidade de vida melhor. É um tratamento caro, prolongado e exige comprometimento total do proprietário quanto aos cuidados especiais com o animal infectado e também com o ambiente onde vivem.

Existe uma série de protocolos que podem ser seguidos, mas como regra geral, além das drogas utilizadas no tratamento propriamente dito, que são de alto custo, o animal deve ser clinicamente avaliado a cada dois meses e controlado através de exames laboratoriais de três em três meses. As drogas utilizadas são fortes e podem até ser tóxicas para alguns órgãos. Primeiro deve-se avaliar o estado geral do animal para ver se ele tem condições de suportar o tratamento; depois o perfil do responsável que deve se mostrar colaborador e atender a todos os passos do tratamento, inclusive assinando um termo de responsabilidade; por último, geralmente só são tratados animais mais jovens com menos de 10 anos. O cão, após ser contaminado por um mosquito infectado, apresenta um período de incubação que varia de 2 meses a 6 anos.

Também há divergências quanto aos resultados pois, mesmo aliando o tratamento aos cuidados para repelir mosquitos, há a possibilidade de transmissão. Já que o tratamento elimina os sintomas mas o animal continua portador.

Tudo isso, impõe uma barreira tão grande que são pouquíssimos os profissionais que se dispõem a trabalhar com o tratamento até o momento. Mas ainda há esperança e, apesar da recomendação dos órgãos de saúde pública para que se extermine indiscriminadamente os animais positivos, há quem esteja procurando alternativas. Os clínicos veterinários de Belo Horizonte, por exemplo, decidiram lutar contra o sacrifício de animais com leishmaniose e, em vez da eutanásia, propõem o tratamento baseados em pesquisas que comprovam bons resultados dos protocolos de tratamento. Profissionais que amam, respeitam e querem preservar a vida de seus pacientes. E, acima de tudo, sabem que o sacrifício sumário de um animal de estimação traz grande dor para aqueles que o amam.

Por todos estes fatos, a Leishmania é a doença que causa mais polêmica e controvérsia principalmente entre os veterinários. Poucos são os cães elegíveis para tratamento. No Brasil, apenas alguns cães são tratados, e há resistência de órgãos públicos quanto a isso. Do ponto de vista da saúde pública, os cães infectados devem ser sacrificados, principalmente aqueles que possuem a visceral, sob a alegação de que mesmo recebendo tratamento os animais podem continuar servindo de reservatórios da doença após curados. Por este motivo, o sacrifício dos doentes e portadores é indicado por lei.
Em algumas regiões mais afetadas, os Centros de Controle de Zoonoses (CCZs) chegam a recolher e sacrificar centenas de animais de rua para tentar controlar a doença. Estes pobres coitados sequer têm direito ao julgamento, recebem de imediato o veredicto: culpado! Mas para os cães domiciliados, a coisa pode ser diferente….

Para acatar esta difícil medida legal, a eutanásia, o dono tem o direito de requerer a confirmação do exame positivo para leishmaniose, através de novos testes. O cão só pode ser sacrificado após os exames confirmarem a doença. E ainda que o resultado seja positivo para o calazar, o Centro de Zoonoses não poderá obrigar o dono a entregar o animal. Isto só acontecerá mediante uma ordem judicial. O proprietário também tem reservado o direito de entregar o seu cão a um veterinário de confiança que proceda à eutanásia, caso ele decida por isso.

Parece que eliminar os pobres e inocentes animais tem sido a solução mais fácil. Na verdade, pouco ou nada se faz para a prevenção da doença, já que ela é transmitida por um mosquito. Este sim, o vilão de verdade!!

É impossível acabar com o mosquito transmissor, mas é preciso combatê-lo. Diferente do “mosquito da Dengue”, o flebótomo (inseto que transmite a leishmaniose) não se reproduz exclusivamente na água, o que facilitaria o seu combate. As matas úmidas, margens de rios e locais com matéria orgânica (terrenos baldios com depósito de lixo), são os locais onde o inseto coloca seus ovos. De tamanho pequeno e hábitos noturnos, o “mosquito” transmissor da leishmaniose deve ser combatido de todas as formas: limpeza do terreno, evitar acúmulo de lixo, uso de inseticidas no ambiente e repelentes nos animais domésticos.

Mesmo que se exterminasse todos os cães do País o problema não acabaria. Há referências de que roedores podem, assim como o cão, servir de hospedeiros. Porque não é o cão que transmite a doença para outros cães e o homem. É O MOSQUITO! Sem o mosquito não haveria o ciclo. Sem picada, não há transmissão.

Dessa forma parece bastante lógico que o combate ao mosquito é, ou poderia ser, muito mais eficaz. No entanto, a questão do combate é complexa, principalmente pela falta de informação consistente à população. Em algumas regiões afetadas pela doença, após as primeiras reportagens serem veiculadas houve o início de um histeria coletiva comparável a histeria causada pelo assunto Pit Bull. Pessoas que perguntavam sobre "a doença de cães que mata gente", pessoas que levavam seus cães para sacrifício porque os animais apresentavam algum comportamento estranho e elas achavam que era sintoma da doença que viram na TV…..

Não há dúvidas de que a prevenção é a forma mais eficiente e humana de controle da doença.



O que você pode fazer para proteger o seu “amigão”?

Pelo amor que você tem ao seu animal, a prevenção é extremamente importante. Lembre-se de que você é o único responsável pela saúde dele e o que mais irá sofrer caso a vida dele fique em risco por causa dessa doença. Para o governo, ele será apenas mais um nas estatísticas.

Por isso, fique atento as seguintes medidas preventivas:

Se você vive numa das áreas endêmicas (onde a doença está sempre presente entre a população), pode vacinar o seu cão!! A vacina “Leishmune” foi desenvolvida no Brasil por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e é produzida pelo laboratório Fort Dodge Saúde Animal. Oferece proteção comprovada em mais de 90% e eficácia em 80% dos casos.

O seu uso iniciou-se em 2005 mas, por decisão do Ministério da Saúde, só pode ser aplicada em regiões consideradas endêmicas ou periendêmicas. A alegação do órgão público é de que cães vacinados são diagnosticados em testes como se estivessem infectados. Explico: após o cão sadio ser vacinado, o exame sorológico, antes negativo, passará a apresentar resultado positivo, pois a aplicação da vacina estimulará o organismo a produzir anticorpos. Apenas testes muito específicos podem diferenciar o animal contaminado pela doença daquele que recebeu a vacinação, já que ambos terão resultado sorológico positivo para a doença. (
a vacina Leishmune saiu do mercado. Agora, no Brasil, há somente a Leish Tech )

Além disso, a aplicação da vacina é feita apenas em clínicas particulares, sempre precedida por um exame sorológico (dosagem de anticorpos) para determinar se o cão possui a doença. Se o animal estiver infectado, a vacina não terá valor pois é preventiva, ela não irá curar o cão.

Devem ser feitas três aplicações,  respeitando o intervalo de 21 dias entre cada dose (aplicação). A imunização se dá 3 semanas após última dose.
A revacinação é anual, contada a partir da 1ª. Dose.


Além da vacina, existem alguns cuidados a serem tomados.

Faça uso de repelentes nos cães (a exemplo do Pulvex, da Scalibor ou outro repelente que seja indicado por um médico veterinário); Coloque telas nos canis e mantenha seco e limpo; Evite que o cão fique solto a partir do final da tarde (aproximadamente uma hora antes do sol se pôr – lembra que o mosquito tem hábitos noturnos?); Evite que o animal tenha acesso a áreas como matagais, depósitos de lixo e terrenos baldios; Denuncie o desmatamento de áreas verdes, um dos fatores que contribuem para a proliferação dos mosquitos nas áreas urbanas; Fiscalize e exija que sua prefeitura execute o programa de controle do mosquito transmissor - isso inclui a poda de árvores e arbustos, recolhimento das folhas e controlar a exposição de matéria orgânica; Não acumule lixo em casa para não atrair os mosquitos; Faça uma aplicação mensal de um inseticida no ambiente (sob rigorosa orientação de um profissional para evitar riscos de envenenamento).



Quanto ao uso de repelentes nos cães, a dica serve também para quem não vive numa área considerada de risco. Afinal, somos aventureiros, “viajantes de 4 patas”, estamos sempre de lá pra cá…..e não sabemos exatamente onde esse tal de mosquito resolve voar, não é mesmo? Ah, juntar lixo, quer seja em casa ou em qualquer outro local desapropriado, também não é uma boa…..mas vamos voltar aos repelentes….


Decidi, em caráter extraordinário, divulgar os nomes dos seguintes medicamentos que vos falarei abaixo. Mas ressalto que o uso de qualquer medicamento só deve ser feito sob orientação do Vet, ok? Não tenho dados e nem garantias sobre a eficácia de nenhum deles e, até o momento são os únicos que conheço no mercado. Então, pegue as dicas e vá correndo consultar a opinião do seu veterinário antes de sair comprando.
  • A coleira Scalibor é a única recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para evitar a transmissão da doença. Ela é à base de deltametrina 4%, deve ser usada em tempo integral e trocada a cada 4 meses. Disponível em dois tamanhos (48cm e 65 cm), é fabricada pela Intervet e resistente a água. Por via das dúvidas, já que viajamos bastante, fazemos trilhas e afins, meus donos decidiram me proteger e eu já tenho a minha coleira Scalibor….sempre no meu pescocinho.
  • O Advantage Max3, da Bayer, promete tripla ação: proteção contra carrapatose pulgas e ação repelente contra mosquitos. A aplicação deve ser refeita a cada mês.
  • O Pulvex Pour-On, da Schering-Plough, é também um produto anti-pulgas e carrapatos que sugere a ação repelente contra o mosquito da leishmaniose. Mas ele deve ser usado exclusivamente em cães, pois é venenoso para gatos.
Produtos repelentes, na forma de talco, spray ou gotas, que afastam os mosquitos e, portanto, impedem que o cachorro seja picado, também são eficazes para o controle da leishmaniose. Mas possuem período de proteção menor.

Em todos os casos, o princípio ativo fica impregnado na pele e pelagem do cão repelindo os insetos. O produto escolhido deve ser usado continuamente para garantir a proteção ao animal.

Se, ainda com todos os cuidados, o seu cão tiver a infelicidade de ser infectado, legalmente, o Centro de Controle de Zoonoses deve ser informado. No entanto, ninguém pode lhe tirar o direito de fazer uma segunda avaliação.

O teste sorológico é realizado pela Saúde Pública atualmente, entretanto, não é o mais seguro e às vezes pode indicar um resultado "falso positivo". Por isso, você pode e
DEVE buscar o parecer do seu veterinário de confiança. Existem exames com tecnologia PCR que garantem resultados altamente específicos (quando comparado a outros métodos). O diagnóstico pela tecnologia PCR baseia-se na análise de traços do DNA onde é possível identificar agentes infecciosos de diversas doenças, como leptospirose, leishmaniose, entre outras. Além disso, o PCR oferece resultados em 48 horas, enquanto a sorologia só é concluída em, no mínimo, dez dias.

E,
se a eutanásia for inevitável, que seja feita de maneira humanitária, por injeção intra-venosa (precedida de um sedativo ou anestésico), e executada pelo Veterinário de sua confiança. Assim, você acompanha todo o processo e garante ao seu fiel amigo um final de vida mais digno e humanitário. E ele se despede cercado do seu amor. NÃO ENTREGUE SEU CÃO PARA O CENTRO DE ZOONOSES!!



O mapa do mosquito (Site Scalibor)
Fique de olho nas Áreas Endêmicas:

A leishmaniose canina ocorre principalmente na América Latina e nos países mediterrâneos incluindo Portugal, Espanha, França, Itália, Malta, Grécia, Turquia, Israel, Egipto, Líbia, Tunísia, Argélia e Marrocos.
(Atenção aos “pet viajantes”!!)

No Brasil, de 1980 a 2003 foram notificados e registrados 53.510 casos humanos distribuídos por 19 estados. De 1992 a 2003 foram 37.060 casos e 1.815 óbitos causados pela leishmaniose visceral. Estima-se que para cada caso humano existam em média 200 cães infectados.

As regiões Norte e Nordeste, principalmente Belém, São Luís, Teresina, Fortaleza, Recife, Bahia e cidades do interior, detêm a maioria das ocorrências de leishmaniose.

Observa-se uma propagação crescente para o Sudeste. Em Belo Horizonte, não há mais bairros sem casos de calazar, e em alguns municípios de Minas Gerais, como Montes Claros, 30% da população canina estão acometidos. No Rio de Janeiro, já foram detectados vários casos em Itaguaí, Santa Cruz, Pedra de Guaratiba e Mangaratiba.

O número de casos de leishmaniose no estado de
São Paulo cresce cada vez mais. A Secretaria da Saúde Pública, mesmo reconhecendo o problema, não altera o protocolo. A doença chegou ao estado somente em 98, quando a região de Araçatuba enfrentou uma epidemia. Desde então, o crescimento de casos na mesma região ultrapassa os 45% (2007 em relação a 2006). O interior paulista também tem assistido ao crescimento da ameaça. Birigui e Andradina registraram alto número de casos da doença. Em 2003, Bauru passou a registrar a doença de forma endêmica. Sem cura, o calazar avança seguindo as malhas rodoviária e ferroviária do Estado. Os municípios de Embu, Cotia e Suzano, todos na Grande São Paulo, já foram decretados áreas endêmicas da enfermidade. Segundo dados aproximados das vigilâncias em saúde e zoonoses de cada município, foram encontrados por volta de 30 casos em Embu e 26 em Cotia. Em ambas, ainda não há registros de contaminação humana.

Por enquanto, não existem casos de cães infectados na capital, mas já há animais que contraíram o parasita em outros locais e vivem em São Paulo. E especialistas prevêem que sua chegada ao município é uma questão de tempo. Pouco tempo.

Além das informações encontradas aqui, você pode procurar um médico veterinário em sua cidade e saber onde estão as áreas de perigo.
TEMOS QUE EXIGIR MEDIDAS PROFILÁTICAS E ATUAR PARA COMBATER O MOSQUITO!! É UM ABSURDO O QUE VEM ACONTECENDO!! SE A DOENÇA SE ALASTRAR O PRÓXIMO CÃO POSSO SER EU….OU PODE SER O SEU!

Fontes: Site APASFA ,
Site Vida de Cão , Site ProAnima (DF)


****************************************************************************

ATUALIZAÇÃO em 16/09/2016!!! Finalmente temos direito a opção de tratamento para nossos amados mascotes. O medicamento Milteforan acaba de ser aprovado e deve ser comercializado a partir de 2017.

O primeiro medicamento para tratamento de leishmaniose em cães no Brasil, chamado de Milteforan, foi aprovado na semana passada pelo Ministério da Agricultura. O órgão prevê que o remédio seja comercializado no país a partir do ano que vem.  A doença é considerada um dos maiores problemas de saúde pública enfrentados em Campo Grande, que, segundo o veterinário André Fonseca, tem um índice de infecção de um em cada cães da Capital.
O controle da doença ainda é cercada de polêmicas. Enquanto médicos veterinários defendem tratamento dos animais infectados, órgãos públicos defendem a eutanásia método mais eficaz para a diminuição na proliferação da doença. Em junho deste ano, após uma interpelação da ONG Abrigo dos Bichos, Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF 3)  a nulidade da Portaria interministerial dos ministérios da Saúde e Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Portaria n° 1.426/2008, que proíbe o tratamento de cães com Leishmaniose Visceral Canina por meio de produtos de uso humano. Pela falta de medicamentos veterinários disponíveis para o combate à doença, o tratamento acabava por se tornar ilegal. Na 3º Região, composta por São Paulo e Mato Grosso do Sul, agora o tratamento é permitido também com medicamentos de uso humano.
A partir de 2017, o tratamento será permitido em todo o país através do Milteforan, primeiro medicamento de uso veterinário para tratamento da doença aprovado no país. Ainda assim, em nota técnica emitida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o órgão ressalta que o tratamento de cães com leishmaniose não se configura como medida de saúde pública para controle da doença e que o tratamento "trata-se única e exclusivamente de uma escolha do proprietário do animal, de caráter individual". 

Fonte:  JD1 Noticias


A vida dele, literalmente, em suas mãos

Dicas da Cléo:

- Cãopestre Park & Hotel :.Itapecerica da Serra – SP
.Tels: (11) 4667-4445 / 4667-8128
. www.caopestre.com.br

- Informações sobre a coleira Scalibor: clique aqui

- Onde fazer o exame PCR:
. .Em Pernambuco, Target DNA: (81) 9967-5944 ou (83) 9926-0524
. .Em São Paulo, Genoa Veterinária: 0800-773-77-74

.Em Belo Horizonte, Instituto Hermes Pardini, Divisão Veterinária:
.(31) 3228-6200 e 2121-6200