quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

MEU 1º ANINHO

Foi assim que tudo começou a um ano atrás.

Hoje, dia 02 de Janeiro de 2008, completo meu primeiro aninho de vida. A data é de muita felicidade e ocasião na qual os meus donos e eu refletimos sobre os diversos momentos vividos durante esse período. O momento de decisão quando nos vimos pela primeira vez, eu era uma bolinha de pêlo com apenas 25 dias de vida, e nos escolhemos mútuamente para sermos companheiros por pelo menos as próximas duas décadas (meus donos esperam que eu viva muito!); O momento de ansiedade pela minha chegada à casa; Os preparativos para a minha recepção; A adaptação à nova morada, às regras da casa, à nova caminha, aos novos brinquedos, aos novos cheiros e às novas e muitas descobertas; O momento do nosso primeiro passeio, quando fui apresentada a um novo mundo com um sol brilhante, um céu azul, muito verde e novos amiguinhos; O aprendizado social (mais afinidade com uns, menos afinidade com outros), as diferenças entre machos e fêmeas, as diferenças entre as raças, as brincadeiras; O susto do primeiro mal-estar sério; O grande passo da castração; A iniciação ao Agility; A iniciação às aventuras turísticas com a nossa primeira viagem à praia de Maresias seguida de muitas outras; A nossa mudança temporária para Porto Alegre e todo o processo de readaptação; A descoberta de que a temporada num hotelzinho para pets pode ser muito divertida; A criação do Portal “Turismo 4 Patas” e a minha transformação em Consultora de Viagens Caninas; e, agora, a expectativa do retorno à São Paulo e das surpresas que virão pela frente.

Todos estes fatos fazem parte da minha pequena história e têm sido acompanhados por vocês, aqui no meu Blog. Mas a data é também de muita tristeza porque uma história é feita de altos e baixos, momentos bons e momentos ruins. Recebi a notícia de que a minha amiguinha Ginger já não está entre nós. A Beagle sapeca e fujona sobre a qual falei na postagem da “Galera do Ibirapuera”. A noiva do Chopp, lembram? Pois bem, soube que numa de suas escapadas a minha amiguinha foi atropelada e não resistiu. Fiquei muito triste quando a minha dona me contou. E ela também está muito triste. Todos estamos muito tristes. Imaginamos a dor e o sofrimento dos seus donos com a sua perda. E sentimos porque não podemos fazer nada além de lhe transmitir os nossos profundos sentimentos, oferecer o nosso carinho, nossa amizade e solidarizarmos com a sua tristeza.

Para os papais da Ginger, quero dizer que, apesar da tristeza, tentem lembrar do momentos felizes que viveram juntos, do quanto ela foi importante em suas vidas, do quanto aprenderam juntos e do quão grande foi e ainda é o amor que os unem aonde quer que ela esteja. E, quando se sentirem prontos, tenham um outro companheiro (ou companheira). Quer seja comprado ou adotado, não importa. Nenhum outro animal jamais substituirá a Ginger mas poderá fazer dos seus dias menos solitários e minimizar a dor e a saudade. Esse amor infinito que vocês deram à Ginger não deve ser desperdiçado e sim transmitido a um novo ser merecedor. Ainda ontem a minha dona estava lendo um livro e um trecho falava sobre um menino de quatro anos que havia perdido o seu cão, que teve câncer, e seus pais se perguntaram porque a vida dos cachorros é mais curta do que a dos seres humanos. O menino respondeu: “As pessoas nascem para aprender a ter uma boa vida, a amar todo mundo, o tempo todo, e a serem boas. Os cães já nascem sabendo como fazer isso, portanto não precisam viver tanto tempo”.




Minha grande parceira de brincadeiras

A Ginger foi a primeira amiguinha que fiz no parque. A forma como nos conhecemos foi engraçada: o meu dono levava alguns petiscos no bolso para para tê-los sempre à mão e me recompensar quando eu obedecia e me comportava bem. A Ginger farejou os petiscos de longe e veio correndo em nossa direção. Daí para frente, sempre que via o meu dono, ela dava um jeito de enfiar o focinho no bolso dele…ahahaha. Não nos desgrudamos mais. Todos os dias nos encontrávamos no Ibirapuera e, enquanto nossos donos botavam o papo em dia, nós passávamos horas brincando de “lutadoras de sumo”. Muito simpática, brincalhona, alegre, vivaz, estava sempre alerta. Era também muito bonita, lembro que seus olhinhos tinham um contorno tão negro e perfeito que pareciam pintados a lápis de olhos. Dizíamos que ela tinha cara de estrela de comercial de ração. E, quem sabe, os olhos não eram mesmo pintados? Vai que pintava um “olheiro” lá no parque a fim de selecionar algum cão. Ela queria estar sempre pronta, devidamente maquiada, e aumentar as chances de ser a escolhida. Nem precisava, o seu talento, seu carisma e a sua beleza eram naturais.



Nossa estrelinha lá no céu.

Nem sei como será quando eu voltar à São Paulo e reencontrar a galera do parque. Vamos todos sentir muito a sua falta e a galera nunca mais será completa. Mas sei que a nossa aspirante a estrela de comerciais, agora brilha lá no céu como uma estrela verdadeira.

E assim, foi o meu primeiro aniversário. Ah, ganhei um panetone para cães com direito a velinha e tudo!!!


Apaguei a velinha e sumi com o panetone