quinta-feira, 27 de setembro de 2007

CASTRAR OU NÃO CASTRAR ?

Muito carinho para ajudar na recuperação
 
Hoje a minha dona me levou ao veterinário. Mas, dessa vez, foi diferente. Eu senti que ela estava um pouco tensa. Para ela foi uma decisão difícil, mas o passo era necessário. Foi tudo muito bem pensado, questionado, estudado, conversado e muitos outros “ados” até a exaustão. Até não haver mais nenhuma dúvida de que era a melhor decisão, a mais consciente.
 
A minha dona gostaria muito de, um dia, quando eu tivesse uma ninhada, poder ficar com um filhotinho e dar continuidade à minha descendência. Mas o fato é que nós vivemos num apartamento e não temos nenhuma previsão de quando mudaremos para uma casa ou apartamento maior. Vejam vocês que, um Golden num apartamento já é chocante para algumas pessoas (mas nós vivemos muito bem), imagine então uma ninhada??? Até os 45 dias de vida, enquanto não pudessem ser entregues aos novos donos, teríamos sei lá quantos Goldenzinhos crescendo num apartamento!!!! E quando eu tivesse o cio…não poderia dar os meus passeios diários e brincar com os meus amiguinhos. Tampouco poderia acompanhar a minha dona nas aventuras turísticas. Sem falar nas doenças das quais, provavelmente, agora estarei livre.
Pausa para a explicação científica (o meu Blog também é cultura!!!):
Ao contrário do que muitos pensam, o ato de esterilizar (castrar) um animal é um gesto de amor e responsabilidade.
Quando nasce uma ninhada e os filhotes não são desejados pelo dono, podem acabar nas ruas passando frio e fome, ou na mão de algum dono que não irá tratá-los adequadamente.
Segundo a Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA), uma única cadela, com vida reprodutiva de 6 anos, pode gerar 100 descendentes, enquanto uma gata em apenas 2 anos pode deixar 200. Definitivamente, não existem lares e nem donos responsáveis para todos.
Mas a castração não serve só para evitar filhotes. Ao serem esterilizados, os animais ficam mais calmos, deixam de brigar e correm menos risco de serem infectados por doenças transmitidas através de mordidas e até pelo ato sexual. Outros problemas de comportamento como, por exemplo, a necessidade de urinar para demarcar território, são reduzidos ou eliminados.
A recomendação é de se castrar o animal antes da puberdade. Para as cadelas, antes do primeiro cio. Isso reduz em cerca de 90% as chances do animal desenvolver o câncer de mama e, além disso, garante uma maior facilidade de recuperação pós-cirúrgica. A fêmea castrada também se vê livre da piometra, infecção do útero que atinge cerca de 60% das cadelas não castradas.
Além disso, os animais vivem mais contentes por viverem sem a frustração que é não poder realizar seu desejo sexual de imediato.
A cirurgia é feita com o animal anestesiado, é simples e dura em média uma hora. O animal não precisa ficar internado e leva em torno de uma semana para se recuperar totalmente.
Em fêmeas, retira-se útero, trompas e ovários. Nos machos retiram-se os testículos. Os animais a serem castrados deverão estar em boas condições de saúde e ficar em jejum (água e comida) por cerca de 12 horas antes da cirurgia.
Muita gente alega que castrar um animal sai caro. Mas existem clínicas ótimas que realizam cirurgias a preço de custo. Informe-se melhor a respeito através das Organizações não Governamentais (ONG) ou Entidades protetoras dos animais. E a preocupação é se o seu pet vai ficar gordo??? Vai sim, mas só se ele não se exercitar e tiver uma alimentação inadequada.
Voltando à minha cirurgia….

O Dr. Gustavo Sato, da Clínica HipoPet, e a sua equipe fazem parte da turma de veterinários do bem que castram a preços reduzidos, tanto em sua clínica quanto nas campanhas realizadas nas comunidades carentes. Eles foram maravilhosos comigo. Ao me aplicarem o anestésico eu apaguei quase que de imediato. Sabia que a minha dona estaria (e esteve) ali, ao meu lado, durante todo o tempo. Isso me tranquilizou e a cirurgia correu bem e rapidamente. Quando acordei ela (a minha dona) estava lá, incansável, ao meu lado. Fiquei um pouco mal, vomitei, senti dores e frio. Mas eram sintomas normais do pós-operatório. Nada como a minha casinha, a minha caminha e muito carinho para me ajudar a ter uma recuperação rápida. E assim o foi. Dois dias depois eu já estava toda serelepe, querendo correr para todos os lados sem nem me dar conta de que ainda tinha os pontos da cirurgia.
Na verdade, eu ainda não compreendia muito bem porque fizeram isso comigo, mas se a minha dona decidiu é porque era o melhor para mim e eu confio no amor dela.
Eu confio no amor dela!!!

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