domingo, 11 de maio de 2014

Sempre cabe mais um

 

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Olha aí a mamys com suas “crias”!!!

Não, a nossa matilha não cresceu mais, desde a chegada da minha maninha, Alegria. E, não, a mamys também não tem nenhuma novidade na barriguinha dela....mas, aproveitando o clima do Dia das Mães, que se aproxima, resolvi abordar um tema que está sempre em discussão: a chegada do bebê.

Infelizmente ainda é não é raro vermos casos de animais de estimação que são doados ou mesmo abandonados por seus tutores quando a família cresce. Mais comum ainda é o questionamento das pessoas quando se deparam com uma mulher grávida que tem pets.... “Mas o que você vai fazer com o cachorro?!”, “Já arranjou um lugar para o cãozinho?!”, “Você vai se desfazer desse animal, né?!”....se for um gato, MIAU, pior ainda!!!!

Os coitados dos bichanos ainda carregam nas costas a “Maldição da Toxoplasmose”. Quando, na verdade, apesar de serem os principais hospedeiros intermediários do parasita, apenas 1% dos gatinhos transmite a doença e, para isso, eles precisam estar na fase de eliminação dos oocistos (ovos) e isso ocorre através das fezes dos felinos. Mesmo assim, esses ovos só podem infectar uma pessoa se estiverem “esporulados”, processo que ocorre somente se essas fezes ficarem cerca de 2 dias expostas a uma temperatura acima de 36º. E mais!!! A toxoplasmose só é transmitida se esses oocistos forem ingeridos!! Ou seja, adquirir toxoplasmose de gatos é algo raro e, antes de o animalzinho ser acusado como a principal fonte de transmissão, é preciso rever os hábitos de higiene dos seus turores ou dos locais frequentados. Porque não é só o seu gato que pode contaminar você, mas sim (indiretamente) as fezes de qualquer gato. Existem muitas maneiras de se entrar em contato com o Toxoplasma gondii e adquirir a doença, dentre elas o consumo de carne crua ou mal cozida, ingestão de furtas, verduras e legumes mal cozidos, e ainda o contato direto com a terra, em procedimentos de jardinagem, por exemplo; o contato direto estrito com os gatos não aumenta determinantemente este risco. O uso de luvas e pazinha para a coleta diária das fezes dos gatos, a adequada lavagem das caixas de areia e das mãos são medidas simples, suficientemente eficazes para não se contaminar.

E os cães?! Latem demais e podem acordar o bebê; vão ficar com ciúmes da criança; fazem xixi e cocô e isso pode trazer bactérias que transmitam doenças ao novo serzinho.... Tudo issso é um grande absurdo!! E, claro, entra aqui também a preguiça e o comodismo humano....é mais fácil se livrar do animal, do que adaptá-lo à nova rotina e formação da família.

O fato é que pode dar um pouco de trabalho sim. Será preciso uma dose de paciência e dedicação para o processo de adaptação...como qualquer processo de adaptação a qualquer novidade... Quando a “pestinha”, digo, a Alegria, chegou aqui em casa, também tivemos que passar por um processo de adaptação (veja o post sobre esse tema aqui). Mas vejam só como, no final, tudo dá certo e o resultado é maravilhoso!!

Com um “filhote humano” não é diferente!! E os resultados podem ser inúmeros. Pesquisas já comprovaram que crianças que convivem com animais são mais saudáveis, aumentam a imunidade, desenvolvem melhor a criatividade, são mais sociáveis e, como o passar dos anos, até trabalham mais o senso de responsabilidade ao “cuidar” de um pet (sob supervisão, claro!)....ahhhh, sem falar que a criança tem, no animal, um grande protetor e companheiro.

Conheço vários casos de mães que nem cogitaram a possibilidade de se desfazerem de seus mascotes quando descobriram que um bebê estava a caminho. E hoje são famílias extremamente felizes e completas.

A Tia Dayane Koch está justamente nesse processo – aguardando ansiosamente a chegada do seu primeiro filhote humano, o William. E, nem por um segundo, passou pela cabecinha dela que não seria possível manter suas filhotas caninas, a Mel e a Sol. Hoje, aos 4 meses de gravidez, a Mel e a Sol também compartilham da expectativa para a chegada do novo membro da família e a Tia Day resolveu criar um Blog para compartilhar com outras mamães as suas dúvidas, dificuldades, alegrias e aprendizados durante todo o processo de preparação das suas “meninas” para a chegada do “pequeno príncipe”. Aqui, nessa entrevista, ela conta um pouquinho sobre isso:

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Tia Dayane, com Mel, Sol e sua barriginha

 

Cléo: Tia Day, tudo bem? Me conta a verdade...não passou mesmo pela sua cabecinha nem uma dúvida em relação a manter ou não manter a Mel e a Sol na família?

Dayane Koch: Cléo, mas não passou nem em um milésimo de segundo! Eu as considero como minhas filhas, o amor é o mesmo, as preocupações... Jamais abadonaria elas não só nessa ocasião como em qualquer outra.

 

Cléo: As pessoas não te questionaram sobre isso? O que você respondia...ou ainda responde?

Dayane Koch: Sabe que eu ainda não fui questionada sobre “ o que fazer com elas”?! Acho que por todos saberem do meu amor pelas minhas pequenas, o cuidado que tenho com elas, ninguém nunca me falou nada (ninguém foi atrevido hehe). Agora pitacos na criação do meu filho sobre a convivência com elas sempre recebo. Respondo que não vou priva-las da companhia do irmão, que muito pelo contrário, o que eu mais quero é ver os 3 super amigos e companheiros, será a minha maior alegria. E que os únicos cuidados que tomarei será em relação a higiene e supervisão.

 

Cléo: Ok. Decisão tomada (Parabéns Tia Day!!)...mas não rola um medinho? Tipo... são duas cachorrinhas para cuidar e um neném dá bastante trabalho e é totalmente dependente da mãe.... Como você vem planejando essa nova rotina que a família viverá?

Dayane Koch: Olha medinho não dá não, dá um medão rsrsrs. Ter duas cachorrinhas (como sua dona deve saber hehe), dá trabalho! Eu e meu marido conversamos muito sobre o assunto, por que mesmo com a chegada do bebê, não queremos deixar de lado nossas duas peludinhas, e as danadas são bem bagunceiras e serelepes rsrs. Mas meu marido é super parceiro, ele é até mais “dona de casa” do que eu rs. Acho que vamos dar conta sim, no começo vai ser díficil, uma nova rotina e tal, mas com o tempo pegamos o jeito. Ainda não temos nenhum plano traçado, vamos seguir conforme as necessidades do bebê.

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Rotina das peludas mantida e muito carinho com o irmãozinho na barriga

 

Cléo: Você acha que algo mudou no comportamento da Mel e da Sol, depois da sua gravidez?

Dayane Koch: Olha, até agora foram poucas mudanças. Percebi que a Mel se tornou ainda mais chiclete comigo (ela sempre foi grudada em mim), e já percebi diversas vezes ela me observando, os cães tem mania mesmo de olhar tudo o que seus donos fazem, você deve ser assim com a sua dona, mas é diferente esse olhar que ela me lança, e são horas que eu estou tranquila, vendo TV. Eu sei que é diferente. Outra mudança sutil é que ela tem tomado mais cuidado ao passar por cima de mim quando estou sentada no sofá. Em relação a Sol, acho que ela tem sido mais companheira também, como é mais apegada ao meu marido, sempre ficou perto dele, mas agora aonde eu vou ela está junto. Tenho duas sombras dentro de casa rsrs.

 

Cléo: Algum cuidado especial, em relação às dogs e seu dia a dia com elas, por conta da gravidez? Existe algo que você fazia com elas e que agora não faz mais?

Dayane Koch: A única coisa que não faço mais é limpar o jornal que elas fazem as “caquinhas” rs, mas não por causa de uma possível contaminação ou algo do genêro, é por que fico com muita ânsia por conta do cheirinho rsrsrs. Mas só isso, de resto tudo continua igual.

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Daqui a pouco, a familia estará ainda mais completa

 

Cléo: A sua obstetra te deu alguma orientação especial em relação às cachorras?

Dayane Koch: Não, eu mencionei que tinha duas cachorrinhas e ele disse que não havia problema algum. Com outra obstetra, ela me orientou a recolher o jornal de caquinha delas com luva por precaução.

 

Cléo: Quais os benefícios que você acha que o William terá, na convivência com a Mel e a Sol?

Dayane Koch: Puxa são muitos os beneficios, você citou bons exemplos no começo do post. Ele será uma criança com menos propenção a alergias, será imunizado mais rápido por ter contato com elas, aprenderá desde pequeno a amar e respeitar os animais, terá muito contato com a natureza por conta de nossos passeios em parques e nas trilhas, saberá como cuidar e tratar de um cão desenvolvendo seu senso de responsabilidade, será mais alegre e ativo por ter duas serelepes brincando com ele o tempo todo, saberá qual o significado de uma verdadeira amizade e a lealdade que um cão nos traz, aprenderá a dividir os seus brinquedos e o mais importante de todos, será amado incondicionalmente.

 

Cléo: Porque você resolveu criar o Blog Lamell? Como tem sido essa interação com o público?

Dayane Koch: A ideia surgiu depois que eu fui atrás de informações sobre o tema gestação e o convivio com animais, e não achei algo que fosse mais pessoal, alguém contando a sua experiência. Tudo o que encontrei eram informações mais formais, pesquisas e estudos feitos por universidades, e eu não queria somente dados, números ou orientações de um adestrador, eu queria algo como um papo entre amigas, onde eu pudesse escutar as coisas boas e ruins, queria ouvir de alguém que tivesse passado por isso. Foi aí que surgiu o blog. O blog ainda é muito novo, muito gente acha legal , acha diferente, e vejo que muitas mamães tem dúvidas sobre o assunto.

 

Cléo: Tia Day, para encerrar, deixe uma mensagem para as mamães ou futuras mamães que ainda estão em dúvida sobre manter seus mascotes com a chegada do novo membro da família.

Dayane Koch: A mensagem que eu quero deixar é que se você futura mamãe engravidar ou estiver fazendo planos para isso, e passar pela cabeça que não vai dar certo manter seus animais, pense se você daria seu primeiro filho por está gravida de outro?! Se livraria do seu bebê por fazer sujeira ?! Abandonaria seu filho por bagunçar a sua casa?! Não né?! Por que seria diferente com o seu peludinho? Ele também a vê como mamãe, e a ama como tal. A família será mais completa, mais unida. E problemas, todo mundo tem, seu filho vai ter varios problemas bem piores que um pet pode dar. Não se abandona um membro da família ;)

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Acompanhe o Blog Lamell

 

Bom Tia Day, espero que essas informações ajudem outras mamães a se tranquilizarem. Quando o William nascer, quero dar um lambeijo especial nele ehehehe. Muito obrigada e parabéns pela sua linda família. SIM, FAMÍLIA!! Porque podem existir milhares de conceitos e significados para o termo FAMIÍLIA. Mas, a verdade é que FAMÍLIA é um grupo de seres que se respeitam, se cuidam e, acima de tudo, se amam...independente da sua raça, cor, sexo, religião ou espécie.

Quer conhecer mais sobre o Blog Lamell e acompanhar o dia a dia da gravidez da Tia Dayane com a Mel e a Sol?

Acesse http://www.lamell.com.br

 

Fontes: Toxoplasmose - WSPA Brasil e CRMV

 

Fotos: Minha dona, Larissa Rios; Tia Dayane Koch

 

OBS: Não é permitida a utilização, reprodução ou cópia – total ou parcial – de texto e imagens deste Blog sem a autorização do autor

3 comentários:

  1. Oi Cléo... Amei a mensg. e já estou enviando para minha filhota q. está com um bebê de um mes. Ela e o marido adoram pets mas, como moram em ap. fica mais fácil com gatos e eles tem dois bichanos fofíssimos q. já estão super entrosados com o filhotinho humano... E realmente gatos carregam a maldição da Toxoplasmose...
    E a sua mensg. esclarece de forma simples e perfeita...
    Lambidonas em vc. Cléo e na alegria e bjos na Mammys.....
    Inge, Nina, Fred, Mio e Hans

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  2. Valeu!!! Fico muito feliz em ajudar a esclarecer....Obrigadaaaa.
    Lambeijos

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  3. Adorei o post, não tenho filhos, mas me emocionei com a definição de família! Tenho 2 filhos de 4 patas que amo mais que tudo nessa vida!

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