sábado, 2 de fevereiro de 2008

VOLTEI!!!

“Eu voltei, e agora é pra ficar…Porque aqui…Aqui é o meu lugaaarrr…”.

Isso é o que diz o verso da música mas, na realidade não é bem assim. Eu voltei mesmo. Voltamos, eu e os meus donos, para São Paulo. Para a nossa casinha. Mas, só Deus sabe até quando ficaremos. Depende do trabalho do meu dono. Onde há um projeto, ele vai, e nós vamos atrás….

Por um lado, é divertido. Conhecemos novos lugares, fazemos novos amigos, passeamos….eu gosto, não tenho que fazer nada e nem me preocupar com nada..ahahahah. O lado ruim geralmente fica para a minha dona pois é ela quem tem que organizar uma série de coisas para a nossa mudança, instalação e adaptação ao novo destino. Ela reclama, resmunga, estressa mas, no final, acaba curtindo também. Na verdade, ela já está acostumada. Eles estão nessa vida nômade há algum tempo. Para ser mais exata, desde que se conheceram!!! Se você quiser saber um pouquinho sobre a última a ventura deles antes de caírem de pára-quedas no Brasil, veja o Blog
www.nosemsingapura.blogspot.com.

Já eu, sou estreante nessas andanças. E, para começo de carreira, essa experiência em Porto Alegre foi…TRILEGAL!!! Infelizmente, não deu tempo para explorarmos tanto a região Sul como gostaríamos, mas do pouco que vimos desfrutamos ao máximo. Sem falar dos amiguinhos que deixei por lá. Vou sentir saudades de todos eles e dos seus donos “musos e musas” (gíria local). A gente segue em “cãotato”, né galera??!!


O mais próximo possível das vacas______________Reconhecendo o terreno______

Pois é, nessa viagem de volta, decidimos pousar na cidade de Lages para descansar. É que já saímos no final do dia de Porto Alegre. Ficamos hospedados na Fazenda Dourado Turismo Rural. Chegamos lá à noite e, como o estabelecimento fica em plena zona rural, nos guiamos através da escuridão. Por isso, não deu para ver muita coisa. Apenas uns bichos muito esquisitos e enormes com os quais eu não fui muito com a cara…..Mas o cansaço nos rendeu, já era tarde e, após uma recepção carinhosa (estavam à nossa espera até aquele horário só para nos servirem o jantar), fomos para a cama (Sim, os cães podem ficar no quarto com os donos).

Isso é que é vida no campo...

Na manhã seguinte, qual não foi o meu espanto ao descobrir o que havia lá fora??!! Gente, era uma fazenda de verdade!!! E era a minha primeira vez numa fazenda de verdade!!! Fiquei eufórica com tanto verde, tantas flores, com a piscina, o lago….ah, e os tais “bichos esquisitos e enormes” que a minha dona disse se chamarem “VACAS”….Observei, curiosa. Mas não arrisquei chegar muito perto. Aquele lugar é uma delícia!! Ar puro, trilhas ecológicas…pena que já estávamos de partida. O nosso destino, São Paulo, ainda estava muito longe e um longo dia na estrada nos esperava. Tudo bem, fica para a próxima. Vale a pena!!

A viagem correu super tranquila, a minha dona me deu as mesmas gotinhas que tomei na vinda e fiquei calminha (não se esqueçam de que não se deve administrar sedativos sem recomendação médica!!!). Só não havia muito espaço para nos acomodarmos no carro. Nunca vi, parece que voltamos com ainda mais “tralhas”. Sem falar que também estou mais crescidinha do que quando viemos, em Agosto. Mas chegamos à Sampa ainda era dia. De volta ao lar. Quando entrei na nossa casa, parecia que eu nunca havia saído de lá. A minha dona estava um pouco preocupada com a minha readaptação mas, que nada, aquilo tudo estava guardadinho na minha memória. Ou melhor, em se tratando de cães (as vezes esqueço que sou um), na minha “olfato-memória”. Tinha o nosso cheiro por todos os lados. Eu sabia que estava em casa. E gostei disso. Amanhã é um novo dia e começará uma nova vida. Na verdade, não tão nova assim. É bom estar de volta!!!! Por enquanto….

Pausa para explicação científica (meu Blog também é ciência!!)


Focinho potente!!

O olfato, para os cães, é tão importante que três ou quatro minutos após o nascimento, com os olhos e os ouvidos ainda fechados, os nascituros conseguem, pelo faro, encontrar as tetas da mãe sem que ninguém lhes tenha ensinado.

A capacidade olfativa desses animais é extremamente desenvolvida. Os cães podem detectar níveis mínimos de odor, e seu nariz é unicamente destinado a retirar do ar amostras para ser analisadas. Eles podem detectar no solo se uma pessoa passou pelo local, mesmo vários dias depois dela ter passado. Ou ainda, pode sentir o cheiro de uma cadela que está no cio, num raio de mais de 2 quilômetros. Portanto, seu cachorro pode estar uivando por uma cadela do outro bairro e você nem entende o por quê.

A memória olfativa deles também é muito desenvolvida, uma vez que conseguem reunir um banco de dados com cheiros de mais de 100 pessoas. Um cão pode reconhecer, através do cheiro, uma pessoa que ele conheceu quando era filhote mesmo depois de não encontrá-la durante alguns anos.

Os cachorros podem “ler” um cheiro como uma enciclopédia – e os lugares onde o odor é mais forte são a boca, as genitálias e o ânus. Tá aí a explicação do porquê dois cães, quando se encontram, realizam uma verdadeira “dança da farejação”. Geralmente é o cão dominante quem inicia os “farejos íntimos” (na verdade, para os cães, nenhuma parte da anatomia é considerada íntima); portanto, uma das funções da “dança da farejação” é estabelecer a hierarquia. Farejar embaixo do rabo também estabelece a identidade. As glândulas anais produzem um odor poderosamente pungente. O cheiro dessas glândulas é único para os cachorros, assim como as nossas digitais o são para nós.

Os cães também checam o odor da urina. Nós humanos não podemos sequer imaginar a quantidade de informações que um cachorro pode obter de uma simples gota de urina, incluindo o gênero, a idade, se uma cadela está no cio, se um cachorro tem se exercitado, se ele está estressado e muito mais. Um par de fungadas e um cão sabe tudo sobre o outro cachorro.

Ok, os cães têm o sentido do olfato mais apurado do que os humanos. Isso é fato comprovado. Agora, quanto mais apurado??

Simples: os humanos têm aproximadamente 5 milhões de receptores de odor no nariz; os cães têm mais ou menos duzentos milhões.

Naturalmente, nem todos os narizes caninos possuem a mesma forma. Na tentativa de reproduzir uma face pequena, cães com o focinho achatado, como o Boston Terrier por exemplo, na verdade têm reduzida a verdadeira propriedade disponível para receptores de odor em algumas raças.

Do outro lado, uma raça desenvolvida para rastreamento, como o Bloodhound, tem o sentido de olfato tão apurado que os resultados de seu trabalho podem ser aceitos numa corte judicial. Além de um focinho profundo e longo, o Bloodhound tem orelhas para varrer os odores do chão e a pele dobrada para segurar os odores ao redor de suas faces.

Os cães treinados podem também detectar odores trazidos pelo vento ou sobre a superfície da água. São ainda capazes de identificar odores há vários metros de profundidade, mesmo cobertos por entulhos.

Durante décadas, os cães têm sido usados para detectar drogas e explosivos e, naturalmente, para localizar pessoas que estão em fuga ou apenas perdidas. Mas, ultimamente os cães têm sido treinados para trabalhos verdadeiramente inovadores na detecção de odores, incluindo farejar tecidos cancerígenos, DVDs falsificados, comida contrabandeada, cupins, percevejos e outras coisas mais.

Fonte: “Cão que Ladra não Morde?” - 101 curiosidades sobre o comportamento canino, Marty Becker e Gina Spadafori – Editora Globo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário