Vamos “cãonhecer” a cidade!
Tá certo que o forte do Portal Turismo 4 Patas são os roteiros de ecoturismo, de preferência, com doses de adrenalina.....ou seja, as aventuras! Mas a gente também curte os passeios culturais (a exemplo da Rota das Cachaças que já fizemos em Monte Alegre do Sul). E quem disse que cachorro não combina com cultura?? E quem disse que o Portal Turismo 4 Patas não consegue inovar mais?? E quem disse que São Paulo não tem história?? Pois aqui está a prova!!!
E, numa típica manhã paulistana – cinzenta – o centro histórico da cidade foi tomado por um “arrastão canino”!!
Muleke & Kika (SRDs)
Trovão Negro (SRD), Monalisa (Golden Retriever) & Naomi (Pastor Alemão)
Tita (SRD) & Mister (Sharpei)
Jung e Marie Louise (Dachshunds) & Beirut (Lhasa Apso)
Pipa, Valentina….
Bixiga, Scooby…
…Serena & Lica (parte da gang dos Goldens Retrievers)
Luigi (SRD) & Jade (Cocker)
Leca (Beagle) & Doguito (SRD)
Mel (Cocker) & Toth (SRD)
Nosso QG oficial não poderia ter sido melhor escolhido: foi na “Matilha Cultural” que recepcionamos nossos “turistas cãoturais”. Totalmente pet frindly, o espaço oferece uma diversificada programação com exposições de arte e fotografias, mostras de cinema e pocket shows que podem ser curtidos por pessoas e seus acompanhantes caninos. Existe até mesmo um “Dog Lounge” onde os pets podem aguardar tranquilamente em almofadões ou brincar com seus amiguinhos enquanto seus donos curtem as atrações do lugar. Completamente pró-animal, a administração da “Matilha Cultural” busca ter sempre algo com temas vinculados ao mundo dos bichos; sua cafeteria dispõe de diversas opções de lanches naturais (não a toa, nosso almoço foi composto por um delicioso Buffet de feijoada vegana) e, aos domingos, cede espaço para realização da “Feira de Adoção de Cães e Gatos do Projeto Natureza em Forma”. Portanto, QG perfeito, né?!
Hora do aquecimento na Matilha Cultural
Hora de se conhecer
Hora de fotos com os donos
E a hora da saída???
…..…….É agora??! Ebaaaa!!! …..…. Peraí, deixa eu beber uma aguinha!!
E lá vamos nós!!!
Aos poucos, nossos participantes foram chegando: Mister (Sharpei); Trovão Negro, Kika, Luigi, Tita, Toth e Doguito (SRD); Lica, Serena, Bixiga, Pipa, Valentina, Scooby e Monalisa (Golden Retriever); Naomi (Pastor Alemão); Leca (Beagle); Jung e Marie Louise (Dachshund); Mel e Jade (Cocker Spaniel).
Depois de devidamente recepcionados, seguimos a nossa guia, Andrea (da empresa Andanças Tur) que nos levou pelos caminhos do passado desta grande metrópole que é São Paulo.
Ganhamos as ruas!!!
Edificios Copan e Itália: exemplos de arquitetura paulistana
Juntos e misturados à “selva de pedra”
O Edifício Copan foi um dos primeiros ícones a ser visitado. Externamente, claro, já que a nossa entrada (dos peludos), infelizmente, não era permitida em nenhum dos locais. Projetado na década de 50, pelo arquiteto Oscar Niemeyer, é um dos mais importantes e emblemáticos edifícios da cidade de São Paulo. Está localizado num dos pontos mais movimentados do centro da capital paulista e é bastante conhecido por sua geometria sinuosa, em forma de “S”, que lembra uma onda. A idéia inicial era criar um complexo turístico, hoteleiro e residencial nos moldes do Rockefeller Center, em Nova York, com garagens, cinema, teatro e comércio, porém apenas o edifício residencial foi construído e algumas galerias comerciais. O Cine Copan também já teve seus dias de glória....mas não mais. O Copan é também conhecido pelos números superlativos de suas estatísticas. É considerada a maior estrutura de concreto armado do Brasil, com 115 metros de altura, 35 andares (incluindo três comerciais), além de dois subsolos, aproximadamente 5 mil moradores e circulam no local em torno de 6.500 pessoas por dia. É considerado o maior edifício residencial da América Latina, com 1.160 apartamentos distribuídos em seis blocos, com metragens que variam de 29 m2 a 214 m2 . Pelas contas informais, há cerca de mil cachorros no condomínio. Eles são presença constante nos elevadores e na rua interna - têm direito a festas de aniversário na galeria com bolo, balões e latidos múltiplos que deixam os porteiros zonzos. À noite, muitos de seus donos se reúnem para bater papo na rua interna do prédio, como se fosse uma cidade do interior. Se tiver oportunidade de visitar o terraço do Copan, agende a visita com a administração e prepare-se para a estonteante vista de 360º - que infelizmente não pudemos ver....snifff.
Todos atentos e conferindo as informações
Seguindo adiante
Opa, travessia na faixa!
E mais cultura!
Pausa para descanso….
…hidratação e ação!!
A seguir, paramos em frente ao Edifício Itália (cujo nome oficial é Circolo Italiano). O segundo maior edifício da cidade de São Paulo e do Brasil, tem 165 metros de altura (151 metros a partir do nível da rua) distribuídos em 46 andares, é atualmente um dos marcos da cidade, protegido pelo Patrimônio Histórico por ser um dos maiores exemplos da arquitetura verticalizada brasileira. Localizado em um dos pontos focais de São Paulo (na esquina das avenidas Ipiranga e São Luís), o prédio conta com 19 elevadores, 6 mil m² de vidro e tem capacidade para 10 mil pessoas. Além de escritórios, abriga também um teatro, uma galeria no térreo e o antigo clube “Circolo Italiano”, que hoje ocupa três andares. Mas o destaque do edifício é o restaurante localizado no seu topo, conhecido como “Terraço Itália”, que permite uma vista em 360 graus da capital e oferece uma das cartas de vinho mais completas da cidade.
Como era uma manhã de domingo, a agitação das ruas que, normalmente são super movimentadas, ficou por conta do nosso grupo. Seguimos nosso passeio chamando a atenção de todos por onde passávamos. As pessoas se surpreendiam e nos abordavam questionando o que estávamos fazendo ali (“É cãominhada??”, alguns perguntavam) e outros até mesmo nos fotografavam. Nos sentimos verdadeiras “celebrapets”, no foco dos flash...ahahaah....sem falar que já estávamos sendo acompanhados por jornalistas e fotógrafos profissionais (equipe da revista Veja São Paulo e assessoria de imprensa da SPTuris). Também nos acompanharam atentamente, as tias Kátia e Marcela (Núcleo Pet) e Paula Pedrosa (Teckel Fotografia), que não deixaram de registrar um só movimento da cachorrada. E que registros!!!!
No Teatro Municipal, viramos a atração principal
Registrados e registrando…
Afinal, somos as estrelas! rsss
Mas, vamos seguir??
Próxima parada: Praça da República. Considerada uma das mais nobres áreas verdes da região central de São Paulo, é visitada diariamente por pessoas dos mais diversos estilos que aproveitam para conhecer o famoso local que guarda um pouco da história da metrópole. A praça já teve seu nome mudado inúmeras vezes: Já foi Largo dos Curros (estava localizada a praça de corridas de touros e cavalos), Largo da Palha (por causa de uma rua de mesmo nome que ficava próximo ali), Praça dos Milicianos (devido ao exército), Largo 7 de Abril (em homenagem ao fato da renúncia de D. Pedro I) para finalmente, em 1889, chegar à Praça da República. Na verdade, os vereadores primeiramente escolheram o nome Praça 15 de Novembro, mas como já havia uma rua denominada assim, optou-se por Praça da República.
Olha o nosso cenário!
Nossos donos visitam a Igreja de São Francisco….
…enquanto a gente descansa sob os cuidados dos adestradores
A Praça já foi palco de muitas manifestações importantes da nossa história, até mesmo na Revolução Constitucionalista de 1932, onde quatro estudantes foram mortos, perpetuando a sigla MMDC, e durante o movimento “Diretas Já!”, na década de 40, tornou-se um ponto de encontro de colecionadores e cambistas, para 20 anos mais tarde, ser tomada por artistas plásticos e artesãos que expunham ali seus trabalhos, tornando-se essa, uma característica da praça. Construída em 1892, a partir do modelo de urbanização européia, o local, que faz um elo entre o chamado 'centro velho' e o 'centro novo', é ainda mais conhecida por conta da Feira de Arte e Artesanato que abriga mais de 600 barracas e comercializa principalmente artesanato vindo dos estados do Norte e Nordeste, além de países vizinhos, como o Peru. Imaginem vocês, um bando de cães bem no meio da feirinha!!!! ahahahahahaha
Poucos passos depois, nos deparamos com o Teatro Municipal de São Paulo. Apesar de estar um pouco tapado por conta das obras de restauração, pudemos perceber porque é um dos mais importantes teatros de cidade e um dos cartões postais da capital paulista. Inspirado na Ópera de Paris, seu estilo arquitetônico não perder em nada frente aos mais importantes teatros do mundo. É considerado um dos palcos de maior respeito no Brasil, não somente pela sua importância histórica (foi palco da Semana de Arte Moderna de 1922, o marco inicial do Modernismo no Brasil), mas também por ter abrigado apresentações dramáticas e óperas de grandes nomes nacionais e internacionais. Hoje o Municipal coordena escolas de música e dança e busca desenvolver cada vez mais o trabalho de seus corpos estáveis: a Orquestra Sinfônica Municipal, a Orquestra Experimental de Repertório, o Balé da Cidade, o Quarteto de Cordas, o Coral Lírico e o Coral Paulistano.
Sem deixar de admirar a arte ao ar livre
Porque somos "turistas cãoturais"
Dali, atravessamos o Viaduto do Chá. Localizado no Vale do Anhangabaú, tem esse nome por conta da extensa plantação de chá da Índia que havia nas proximidades. Com estrutura metálica vinda da Alemanha, o Viaduto foi bastante utilizado por suicidas. Mas hoje, e um dos principais cartões postais da cidade e, por ser uma região de intenso trânsito de pessoas, o costuma servir de pano de fundo para entrevistas e enquetes de programas de televisão ou locações externas de novelas e filmes que se passam no centro de São Paulo. Alias, quando passamos por lá, conseguimos chamar mais atenção do que os caminhões da Rede Globo estacionados para preparação de alguma gravação...ahahahahah
Famoso em São Paulo por conta da Faculdade de Direito da USP, o Largo do São Francisco foi o nosso próximo ponto de parada. É um dos pontos turísticos mais antigos da cidade e reúne um dos mais expressivos e antigos conjuntos da arquitetura religiosa de São Paulo, composto não só pela segunda faculdade, mas também pela Igreja de São Francisco de Assis, pela Igreja da Ordem 3ª de São Francisco e Escola de Comércio Álvares Penteado.
Na entrada da Faculdade de Direito, pudemos apreciar estátuas, como a de Álvares de Azevedo, em homenagem ao poeta, e a de um casal, um europeu e uma índia, encontrada no lixo pelos alunos. Dentre os formandos da instituição, nomes ilustres tais como: Ruy Barbosa, Prudente de Morais, Campos Salles, Whashington Luis, Jânio Quadros, Rodrigues Alves, entre tantos outros. Logo ali ao lado, fica a Igreja de São Francisco de Assis. De beleza singela, marcada pelo seu estilo simples, a igreja foi erguida em 1644 e é hoje uma das poucas construções em estilo autenticamente colonial. Mas o seu destaque são as três valiosíssimas imagens portuguesas: da Virgem, de São Benedito e de São Francisco. Esta ultima, é considerada a mais bela imagem de Santo existente nos conventos franciscanos do país. Uma pena que, nós, peludos, não conseguimos admirar a imagem do nosso padroeiro....mas nossos donos entraram e depois nos contaram todos os detalhes.
E a cãominhada continua…
…com atenção no trânsito...
...mas sem deixar de notar as atrações e olhar para as lentes
Posso ir solta? Posso ir solta??
Não amiguinha, aqui não dá...Mas na guia tb é divertido!
E continuamos nosso passeio rumo à Praça da Sé. Considerada o eixo da cidade, a praça abriga o Marco Zero, monumento erguido em 1934 e por meio do qual é possível calcular a distância de qualquer lugar em relação ao centro da cidade. A guia explicou que aquilo funciona assim: cada ângulo do marco marca uma direção da rodovia. No tronco há cinco pontos representados simbolicamente: uma araucária lembra o Paraná; um navio, Santos; e o Pão de Açúcar, o Rio de Janeiro, por exemplo. Eu não entendi “patavinas”, mas, de qualquer forma, registramos o momento com algumas fotos e fuçadas.
Bem no eixo da cidade!!!
Em frente à Catedral
Abençoada!
Na Praça da Sé encontra-se a Catedral Metropolitana de São Paulo (carinhosamente conhecida como “Catedral da Sé”). Imponente, é um dos cinco maiores templos neogóticos do mundo e a maior igreja de São Paulo. Com acabamento em mármore raro, a construção de 111 metros de comprimento, 46 metros de largura, torres com 92 metros de altura cada, cúpula com altura de 65 metros, 100 metros de fachada, cinco naves, 61 sinos e capacidade para oito mil pessoas nos deixou de bocas e fuças abertas. Mas a verdade é que, quando nos demos conta, a atração principal da praça, naquele momento, éramos nós!!! Ofuscamos a Catedral.....ahahahahha. Os turistas todos apontavam suas câmeras para nós!!!
Enquanto uns descansam….
Outros registram o Marco Zero
E partimos para a próxima parada!
Próxima visitação: o Pátio do Colégio. Marco inicial no nascimento da cidade de São Paulo, retratando toda história da fundação da cidade, foi sede do governo paulista entre os anos de 1765 e 1908, após a apropriação do local pelo Estado, servindo como Palácio dos Governadores, devido à expulsão dos jesuítas de terras portuguesas, determinada pelo Marquês de Pombal em 1759. Hoje é administrado pela Companhia de Jesus. Com quase 450 anos, da construção original, resta apenas uma parede de taipa de pilão- mistura de areia, barro e fibras-, protegida atualmente por paredes de vidro. Bem no centro da metrópole, o “Pateo do Collegio” sobrevive em meio aos arranha-céus, bancos e indústrias que abrigam a capital e é sede de diversos eventos, casamentos, além de abrigar diversas atividades culturais e religiosas como o museu, a cripta de José de Anchieta, a igreja no local onde foi realizada a primeira missa da cidade, a biblioteca temática, e abriga ainda diversos projetos sociais, como o Centro Loyola, o projeto OCA e o projeto EMBU.
Do Solar da Marquesa para o Pátio do Colégio
Foi aqui que tudo começou
Esperando comportada
E, a poucos metros de distância, encontra-se o histórico Solar da Marquesa de Santos. O antigo casarão, construído no final do século XVIII, foi adquirido em 1834 por Domitília de Castro e Canto Melo, a Marquesa de Santos, que o transformou numa das mais aristocráticas residências de São Paulo e passou a ser conhecido como “Palacete do Carmo”. Considerado hoje como o último exemplar de arquitetura residencial urbana daquela época, o Solar passou, entretanto, por diversas mudanças de uso e a várias reformas, recebendo acréscimos e modificações sucessivas. Já serviu de sede à Secretaria Municipal de Cultura e atualmente abriga o Museu de São Paulo.
Brincadeiras, concentração….
…e muita pose para os registros da Tia Paula.
Cansou?? Então vai no colinho!
Mais adiante, chegando ao Largo de São Bento, avistamos o colégio, o mosteiro e a igreja. O Mosteiro de São Bento, é um dos edifícios históricos mais importantes e parada garantida para quem visita a capital paulista. É uma daquelas dicas sacras que vale também para as pessoas que não são religiosas. O local, que hospedou o Papa Bento XVI durante sua visita ao Brasil, abriga hoje, além da igreja (Basílica de Nossa Senhora da Assunção), o mosteiro com cerca de 40 monges enclausurados.
Primeiro arranha-céu de Sampa!
Verde em meio aos arranha-céus
……“Posso ver também??!” …... “Humm, cultura com cafuné..ahahaah”
E, após percorrermos quase 5km, chegamos ao ultimo ponto de parada do nosso roteiro: o Edifício Martinelli. Construído em 1929, foi o primeiro arranha-céu da cidade de São Paulo e o mais alto da América Latina até o final da década de 1920. Com o passar dos anos, novos pisos complementaram a construção. Na época, a obra gerou muita polêmica, em São Paulo, edifícios com mais de 10 andares eram considerados muito altos. Mas o objetivo de Martinelli, era chegar aos 30 andares. Por isso projetou uma construção totalmente de concreto armado e, e para provar que o prédio era seguro, passou a morar na cobertura.
E as imagens só comprovam…….
...que, na companhia dos donos, …..
….cultura combina até com sorriso na fuça!!
Será que feijoada vegana recarrega as energias???ahahahah
Dali, finalizamos o nosso city tour de volta à “Matilha Cultural”, onde nossos donos se deliciaram com a Feijoada Vegana enquanto nós, peludos, aproveitávamos os últimos momentos para brincadeiras. No final, recebemos kits de guloseimas da Keldog e cedemos o espaço para os peludinhos que chegavam para feirinha de adoção. Nos despedimos deles com o desejo de que encontrem donos tão legais como os nossos e que no próximo passeio eles façam parte do nosso grupo.
E assim, “cãonhecemos” São Paulo!!
Veja mais fotos deste evento na galeria do Flickr do Portal
Também a galeria do Núcleo Pet
Mais, a galeria do site da SPTuris (fotos e matéria de Nara Sá)
E, ainda, a galeria do site Teckel Fotografia (Paula Pedrosa)
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Apoios:
Fotos: Minha dona, Larissa Rios (Arquivo Portal Turismo 4 Patas), Tias Marcela Lorenzoni e Katia Sadagurschi (Núcleo Pet), Tia Paula Pedrosa (Teckel Fotografia), Tia Nara Sá (SP Turis), Tia Lila Wang, Tia Wanise Russo, Tia Marcela Kroger e Tia Anice Calil.
Fontes:
www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/teatromunicipal