quinta-feira, 14 de junho de 2018

Copa do Mundo: Cuidado com o seu torcedor peludo

Foto: Luciana Alvarenga

Todo brasileiro que se preze está contando os minutos para torcer pela nossa seleção durante os jogos da Copa do Mundo. E você não deve ser diferente....Seja qual for o seu plano – combinar com os colegas de trabalho num barzinho, encontrar a galera na casa de um dos amigos ou mesmo  reunir a família em frente da TV em sua casa – não esqueça do seu amigão. As vitórias da nossa seleção (e que assim seja!) podem trazer muita alegria, mas também situações de risco para os pets. Os animais, especialmente os mais sensíveis, são os que mais sofrem com a agitação. A melhor maneira de garantir o bem-estar do seu pet, é mantê-lo longe das comemorações públicas e mantê-lo em sua rotina alimentar.

Se você vai receber pessoas em casa, saiba que a agitação e o vai-e-vem das visitas podem alterar o comportamento do animal. Mesmo os mais dóceis, são capazes de se tornar agressivos diante de pessoas estranhas ao seu convívio.

Outro descuido sério é permitir a ingestão de bebidas alcoólicas. Cuidado onde você e suas visitas pousam os copos. O seu cãozinho pode resolver dar uma lambida! Uma pequena quantidade de cerveja, por exemplo, em muitos casos é suficiente para causar o coma alcoólico e a morte rápida de um animal.

Mas nada impede que você reúna os seus amigos para torcerem juntos. Basta ter o cuidado de controlar a agitação e atenção onde colocam as bebidas e comidinhas. Também não precisa colocar o som da TV no volume máximo, né? E, caso os seus amigos também tenham pets e queiram leva-los junto, é importante que os animais sejam dóceis e socializados. Preferencialmente, que já se conheçam. Pois com o ambiente alterado e o estresse causado, podem se estranhar ou mesmo haver disputa ou defesa de território entre eles.

Para assistir aos jogos fora de casa, as opções de bares e restaurantes pet friendly são muitas. Mas, será que é realmente uma boa levar o seu mascote para um local desconhecido justamente quando ele provavelmente estará cheio de gente gritando e TV no volume máximo?

Ele pode se assustar e morder alguém ou mesmo fugir; pode brigar com algum outro animal presente; pode causar algum prejuízo...enfim, vale mesmo a pena expô-lo a todo estresse e risco?

Mas o maior problema mesmo, seja em casa ou na rua, são as costumeiras queimas de fogos, que provocam pânico nos animais. Os fogos de artifício são responsáveis por inúmeros acidentes, dos mais variados tipos, principalmente com cães, que por terem a audição muito avançada, o incomodo é maior. Assustados com o barulho, eles podem saltar cercas ou muros que normalmente não seriam transpostos.

A reação súbita dos animais em relação aos fogos de artifícios é alarmante para seus donos. Não raro, cães entram em desespero ao ouvir explosões. É grande o número de fugas, desaparecimentos, atropelamentos, ataques (investidas contra os próprios donos e outras pessoas), brigas (inclusive com outros animais com os quais convivem), mutilações em grades e portões, enforcamentos com as próprias coleiras, afogamentos em piscinas, quedas de andares superiores, choques elétricos, aprisionamentos ocasionais em porões, garagens, buracos e outros lugares de difícil acesso, alem de paradas cardiorespiratórias, etc.

Mas, por que ficam tão apavorados? Principalmente por conta do seu Instinto de preservação.

Barulhos altos podem significar perigo. Por isso, de maneira geral, os animais tentam fugir de tais sons. Estrondos passam a idéia de que algo grande e poderoso se aproxima, como árvores caindo, relâmpagos, etc.  É de se esperar que ele saia correndo para não se ferir. Além disso, durante um espetáculo de pirotecnia, cachorros, gatos e cavalos sentem: palpitações, taquicardia, salivação, tremores, sensação de insuficiência respiratória, falta de ar, náuseas, atordoamento, sensação de irrealidade, perda de controle, medo de morrer, etc. Alguns animais mais frágeis, como pássaros e animais silvestres, chegam a morrer em razão dos fogos. O pânico das explosões também causa paradas cardiorrespiratórias, perdas auditivas e surdez. Outros animais chegam a sofrer alterações de seu ciclo reprodutivo e há histórico de animais que, pelo trauma, mudam de comportamento para sempre.

Existem terapias comportamentais (dessensibilização) e os medicações que auxiliam no bem-estar emocional do pet e ajudam a acostumá-lo com os barulhos que lhe causam medo. Mas estes tratamentos levam pelo menos uns 30 dias para surtir um efeito satisfatório. Também há a possibilidade do uso de anti depressivos, que costuma ser muito mais seguro e de efeito duradouro do que os calmantes e sedativos. Mas lembre-se: nunca dê qualquer medicamento para o seu pet sem falar com o veterinário antes.

Os tutores devem usar o bom senso quando deixam seus cães participarem das festividades. Alguns cães amam seguir busca-pés pelo chão. Outros ficam traumatizados pelos barulhos altos. Os proprietários podem ajudar com truques que podem ser tão simples como colocar algodão nos ouvidos de seus bichos para abafar o som. Ou colocá-lo em um lugar tranqüilo e que possa ter acesso ao seu esconderijo, quando explodirem os rojões.

Tudo isso pode ser evitado com prudência, amor, atenção e um pouco de boa vontade. Aqui vão algumas dicas para manter seus bichos a salvo durante as comemorações da Copa:

- Nunca deixe seu bicho sozinho fora de casa, mesmo que esteja preso por uma guia ou detrás de uma cerca baixa. Cães, especialmente, podem escapar e se perder ou machucar a si mesmos mastigando ou engasgando com as guias. Mantenha animais pequenos dentro de casa.

- Se tiver mais que um animal, evite deixar os bichos juntos no momento das explosões de fogos para que não ocorram brigas.

- Não o mantenha acorrentado, pois ele corre risco de enforcamento.

- Verifique se os muros, cercas e portões encontram-se em bom estado e se são adequados para conter eventuais fugas do animal.

- Muitos cães normalmente escolhem um lugar para se abrigarem quando estão com medo. Se esse for o caso do seu cão, procure respeitar o local escolhido por ele - permita que fique lá.

- Mas se ele não fizer uma escolha natural, se possível, crie você mesmo um espaço, dentro da casa, e acostume o cão a freqüentá-lo. Deve ser um local com janelas e portas vedadas - quanto mais a prova de som, melhor, mas arejado. De forma a criar um ambiente que não tenha muito barulho e onde ele se sinta seguro. Algum cômodo mais afastado, que não esteja muito na frente da rua. Se puder ser o seu quarto, ótimo! Usar um ambiente associado com a sua pessoa vai ajudar bastante a deixar o cão mais seguro.

- Dentro desse lugar, habitue-o a ouvir sons altos, bem altos, como de TV, rádio ou mesmo um CD de música, aumentando o volume gradualmente. Desse modo, quando houver barulho de fogos ou trovões você poderá encobri-los, mesmo que parcialmente. Acostume o cão a brincar e a se divertir naquele ambiente também sem haver trovões ou rojões, para o local não ser associado a barulhos assustadores.

- Acostume aos poucos. Sempre que você e o cão ouvirem um barulho semelhante ao que causa medo nele, comemore com ele - dê petisco, jogue bola, etc.  Um modo seguro de acostumar o cão com barulhos cada vez mais altos é gravar sons de tempestade e de fogos e reproduzi-los em momentos agradáveis. Coloque para tocar em um volume baixo. Enquanto isso, confira a reação do seu bicho e tente distraí-lo com brincadeiras. Aos poucos e de tempos em tempos, vá aumentando o volume. Se ele voltar a mostrar medo, tente mais tarde. Dependendo do trauma do seu bicho, o processo pode ser longo e requerer uma dose extra de paciência. Respeite sempre os limites do seu peludo e, no final verá ele conviver bem melhor com os barulhos.

- Tenha cuidado para nunca demonstrar que você se assustou com um barulho. Não se agache para protegê-lo e jamais peque o animal no colo. Para ele, estes podem estas podem ser uma demosntração de medo e o seu papel é ser fonte de segurança. Lembre-se que cães são lobos domesticados que por natureza identificam um líder.

- Também não puna o seu cão, mesmo se ele soltar aquele xixi no tapete.

- O mais correto é tentar desviar a atenção do seu cachorro com aquelas brincadeiras que ele mais curte.

- Se não estiver muito frio, ligue o ventilador (a circulação do ar ajuda a neutralizar o ruído que vem de fora).

- Ofereça alimentos leves antes dos jogos. Distúrbios digestivos, como por exemplo, torção gástrica, provocados pela agitação e pelo pânico podem levá-lo à morte.

- Certifique-se de que quaisquer objetos afiados sejam removidos das proximidades.

- Coloque uma coleira com plaqueta no pet com o número do telefone da sua casa e celular. A coleira do gato deve ser elástica para impedir que ele fique preso em um galho ou outro objeto.

- Apesar de serem desconfortáveis, tampões de silicone ou algodão podem ser utilizados para diminuir a audição, e devem ser retirados assim que os barulhos cessarem. Existe um tipo de algodão parafinado para proteger o ouvido, que é feito em farmácias de manipulação e fica moldado no ouvido para proteger do barulho. O material deve ser feito sob prescrição veterinária.

- Saia para passear e brincar com o seu cão o máximo de vezes no dia dos jogos, assim ele ficará cansado durante a queima de fogos, e o medo dos rojões terá uma ação menor.

- Considere a possibilidade de, no dia da grande partida de futebol, lançar mão de ansiolíticos (medicação tranquilizante). Mas lembre-se: nunca dê medicamentos ao seu cão ou gato sem a indicação veterinária.!!!! Antes de usar o remédio diante de estímulos muito estressantes para o cão, teste o remédio. Há possibilidade de o cão ficar ansioso em vez de calmo. Procure também observar se a dose está adequada. Em excesso, o remédio pode deixar o cão desequilibrado ou sonolento demais. Nesse último caso, ele deverá ficar confinado num espaço seguro e protegido de qualquer perigo, já que perambular pela casa causaria risco de bater em algo ou cair da varanda, por exemplo.

- Homeopatia e Florais de Bach também são opções que podem ajudar seu amigão a enfrentar os lamentáveis rojões. Além das medidas de precaução, a homeopatia e os florais de bach, podem ser úteis para diminuir o estresse, o desconforto auditivo e as fobias geradas pelos rojões. Florais atuam nas emoções; não possuem componentes químicos e não têm contra-indicações. Mas precisam ser utilizados algum tempo antes.

- Também não se esqueça de já pegar o telefone de emergência com o vet para o caso de uma emergência, além é claro, da recomendação de uma clínica que atenda 24 horas. Só para garantir!


Comemore e torça sem esquecer a saúde e o bem-estar do seu bichinho.



quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

RONCO DO BUGIO: HOSPEDAGEM PET FRIENDLY SUPER PREMIUM

Pensa num lugar...


Pensa num lugar onde a sua recepção é digna de uma majestade. Pensa que, durante a sua estadia, muitos mimos serão destinados a você. Pensou?! Agora multiplica isso por 2. Multiplicou?! Não, pera, ainda não acabou! Agora imagina todo esse tratamento VIP estendido também para o seu pet. SIM, o seu mascote não somente é aceito como seu companheiro nessa hospedagem, mas também é tratado como um rei.

Não, eu não estou sonhando, nem surtando. Nem você. Esse lugar pet friendly existe e se chama RONCO DO BUGIO – Pouso e Gastronomia.

Localizada no município de Piedade (SP), a cerca de 110km de distância da capital paulista,  a pousada faz parte do seleto grupo de estabelecimentos do Roteiro de Charme e tem como principal proposta te desconectar do mundo lá fora e te colocar numa verdadeira imersão em meio à natureza, sem abrir mão do conforto, da experiência gastronômica e do requinte.

Pode morar aqui?

Conforto em todos os detalhes

Hospitalidade para humanos e animais

Kit para Hospedagem Pet

Espaço para explorar é o que não falta
Suite 11: nossa morada estilo caipira chique com quintal privativo

Pra relaxar

São 15 suítes, todas com estilo e estrutura exclusivos que promovem uma experiência singular de hospedagem com muito conforto e privacidade. Quase sempre, estão ocupadas por hóspedes acompanhados de seus mascotes.

Eu e a Alegria fomos convidadas a passar 24hs lá e aproveitarmos para reavaliar os critérios que levaram a Ronco do Bugio a receber o SELO PET FRIENDLY CATEGORIA SUPER PREMIUM da Turismo 4 Patas em 2013 e mantê-lo até hoje.

Ficamos hospedadas na suíte 11. Com cerca de 80m2, a estrutura e sua decoração super cuidadosa e original lembra as casas paulistanas de antigamente, fazendo com que o hóspede viaje no tempo e relembre a época em que São Paulo era uma vila e a vida mais sossegada. Bom, como eu não sou nascida em São Paulo, não tenho muitas referências da tal época mas foi bem interessante ter contato com esses detalhes culturais. Detalhes, aliás, são o ponto forte no atendimento e nos serviços do Ronco do Bugio... A começar pelo aparelhinho que exala um cheirinho gostoso de citronela por todo o ambiente do quarto, a porçãozinha de mousse de chocolate deixada com uma cartinha de boas-vindas do chef e o kit pet que esperava a Alegria com toalhas, manta, biscoitos, saquinhos para dejetos, um lindo comedouro e container para armazenar a sua alimentação, se necessário. Lá fora, um quintal delicioso e totalmente cercado para que pudéssemos desfrutar de mais momentos de relaxamento juntas.

Todas as suítes possuem quintais cercados para segurança dos pets. E eles, os hóspedes pets, são considerados em cada cuidado, em cada espaço em cada serviço. Podem circular livremente por toda a gigantesca área verde do hotel, exceto em áreas comuns como dentro do restaurante ou na piscina dos humanos. Mas, podem acompanhar seus tutores durante as refeições, em um dos salões ou nas mesas que ficam na gostosa varanda. E sempre recebem um mimo (mais um!). Em uma das minhas refeições, Alegria ganhou um potinho com água e pedrinhas de gelo e, no café da manhã, uma porção de frutas cortadinhas só para ela.

Agua fresquinha e rede na sombra
São Francisco dá as boas-vindas e toda a decoração também


Slow e confort food: pra comer com a boca e os olhos

Até a Alegria ganhou refeições
 
Sim, eles nos acompanham à mesa

Um dos lados do deck da piscina humana é pet friendly e seu mascote pode ficar do seu ladinho enquanto você curte um banho de sol ou uma leitura na espreguiçadeira. Mas se ele quiser nadar, é só passar pelo portãozinho de madeira ali próximo e encontrarão uma piscininha natural só para os pets!! Não é demais?! Se vocês derem sorte, como nós, ainda poderão encontrar a Flor, uma simpática Golden Retriever, que, em alguns finais de semana, faz as honras da casa como mascote do hotel.

Da piscina para a experiência gastronômica, no restaurante do Ronco (que também atende ao público externo, mediante reserva), a culinária alia técnicas contemporâneas ao estilo slow e confort food que traz à nossa mesa pratos deliciosos e lindos. Para comer com a boca e os olhos. Não teve um prato que eu pedisse que repetisse a decoração. E os sabores... hummmm.

Piscina para humanos com deck pet friendly

Deck Pet Friendly
Piscina natural exclusiva para os pets


A mascote, Flor, fez as honras da casa. Ou melhor, da piscina.

Bom, mas e a parte da aventura, Larissa?! Claro que não poderia ficar de fora. Teve aventura, sim!

Você pode escolher uma das diversas trilhas que percorrem a mata Atlântica, desde o roteiro de meia hora até uma pequena cachoeira até três horas de duração. Pode escolher ir a pé ou de bike. Como quiser. Há sempre um guia a postos para te acompanhar.

Fizemos uma trilha de aproximadamente 3 horas, no total, onde passamos por trechos de mata fechada, fizemos uma parada na cachoeira e seguimos até o mirante. No caminho, uma pausa para contribuirmos com uma das muitas ações de sustentabilidade que o Ronco do Bugio mantém para minimizar o impacto ambiental.  O projeto de neutralização do carbono, foi referenciado pela ONU como uma das melhores práticas no turismo sustentável e propõe aos hóspedes plantarem uma árvore como forma de neutralizar a sua estadia. Com isso, muitos trechos da mata local já foram reflorestados. Nós plantamos o nosso pé de Pitanga.

Trilha e Plantio de árvore

Simbora

Cachoeira


Mais trilha!
Alguns desafios de leve...para chegar na melhor parte

Mirante!!!

Curtindo o visual com nosso guia e companheiros de aventura!

A trilha pode ser considerada de nível intermediário. Não é longa mas é de terreno irregular e com muitas inclinações, por isso, talvez não indicada para todas as pessoas e pets. Avalie antes se você e o seu mascote possuem resistência e capacidade física. Do contrário, desfrutem dos muitos outros espaços disponíveis para caminhadas em meio à natureza. Nós conseguimos chegar até o mirante e fomos presenteadas com um visual deslumbrante. Valeu a pena, mas custou um pouquinho.

De lá de cima, conseguimos ter a real idéia da essência desse lugar. A acolhida está em todas as suas formas. Na maneira como a mata abraça as construções da propriedade; na forma como os animais convivem pacificamente, sejam os moradores locais ou os visitantes pets; no cuidado em preservar e recuperar a natureza; no respeito ao utilizar os recursos naturais que são empregados nos materiais de higiene e limpeza, na decoração ou no preparo dos alimentos; no fomento da empregabilidade na região; no carinho dispensado aos seus hóspedes, humanos e caninos. É a hospitalidade pet friendly no nível máximo. Categoria Super Premium com louvor. ;-)

Para voltar pra casa com esse visual na lembrança.



Larissa Rios
Turismóloga, Fundadora da Turismo 4 Patas e especialista em Hospitalidade Animal




EXPEDIÇÃO PET FRIENDLY T4P

Agradecimento: Ronco do Bugio – Pouso e Gastronomia
Apoios: Dog´S Care, Pet Delicia, Preserva Mundi
Patrocínio: Megamazon





VEJA NOSSO VÍDEO




quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Carnaval Animal

Confira as dicas da diabinha. Ops, digo, da Alegria rsss

O Carnaval é a maior manifestação de cultura popular do planeta. Envolve música, fantasia, alegria, arte, folclore e atrai multidões às ruas das principais cidades do Brasil. É, sem dúvida, uma festa linda de se ver. Mas há quem prefira ver de longe, aproveitando os dias de folga para viajar. E há os que não resistam à folia e corram para a festa.

Pois bem, se você é assumidamente um amante do Carnaval, deve estar em contagem regressiva para cair na festa, né? Mas, e o seu animalzinho de estimação?!

É verdade que a Turismo 4 Patas incentiva você a estar sempre ao lado do seu amigão. Mas é preciso ter bom-senso e assegurar o bem-estar do animal. Afinal, a diversão tem que ser para os dois!
Claramente, esses acessórios não agradaram a Alegria

O Ideal mesmo seria evitar estresse desnecessário e manter seu cãozinho em local seguro, fresco e longe de tanta agitação.  O calor, o barulho excessivo e a aglomeração de pessoas não costumam configurar ambientes saudáveis para nossos animais. Mas, se ainda assim, você é daqueles que não abrem mão de sair pelas ruas seguindo os blocos carnavalescos com o seu “companheiro peludo” à tiracolo, fique MUITO atento às dicas que se seguem: 

  - Evite levá-lo aos festejos entre as 10h e 16hs. Esse é o período em que o sol está mais quente e há maior volume de pessoas nas ruas.

- Por falar em volume de pessoas, provavelmente o seu pet estranhe ver tanta gente concentrada. Fique atento à possibilidade do vai-e-vem e a agitação das pessoas alterarem o comportamento do seu animal. Até mesmo os mais dóceis e sociáveis podem se tornar agressivos diante de pessoas estranhas ou animais desconhecidos, numa situação como esta. Especialmente porque ele, provavelmente, irá chamar a atenção e os foliões vão querer interagir, passar a mão, agarrar... e a paciência do seu mascote pode ter limites.

- E, como esta pode ser, tanto uma experiência excitante quanto ameaçadora para o seu bichinho, é imprescindível o uso de guia e coleira. Isso te dará um maior controle no caso dele estranhar alguém, brigar com outro cão ou mesmo evitar fugas. 

- Não esqueça a plaquinha de identificação, para o caso do seu pet se perder. Ela deve conter, pelo menos, o nome dele e um numero de telefone de contato. Se possível, coloque dois contatos: o seu e o de alguém que você saiba que não estará na folia. Assim, se por algum motivo, quem achar o seu mascote não conseguir falar com você em meio à multidão, haverá uma outra opção.

- Como o Carnaval acontece num período de altas temperaturas, ainda que você siga a dica dos horários mais adequados, é preciso não descuidar da hidratação do seu amigão. Leve uma garrafinha de água fresca (e faça reposição sempre que necessário) e ofereça com frequência ao animal. Molhar a barriga e as patinhas também ajuda a refrescar. Desta forma, você estará evitando a temida hipertermia, que pode causar falta de ar, convulsão e levar o animal à morte. E cuidado com o asfalto quente para não queimar as patinhas, hein?!

- Procure não expor o animal ao sol, prefira locais com sombra e, mesmo assim, não se esqueça de passar um protetor solar (próprio para pets) na ponta das orelhas, focinho e barriga, especialmente nos animais de pelagem branca e com pouco pêlo. 

- Leve em consideração o preparo físico do seu animal. Se, normalmente, ele só caminha algumas quadras durante os passeios, porque fazê-lo andar quilômetros atrás de um trio elétrico ou de um bloquinho??! 

- Os animais possuem a audição quatro vezes mais potente do que a audição humana. Por isto, sons altos causam neles um incômodo muito maior. Eles podem passar mal e apresentar sintomas que vão desde palpitações, taquicardia, salivação, tremores, sensação de insuficiência respiratória, falta de ar, náuseas, atordoamento, sensação de irrealidade, perda de controle, medo de morrer, etc. O pânico também pode causar paradas cardiorrespiratórias, perdas auditivas e surdez. Além disso, para alguns animais, o barulho passa a idéia de que algo grande e poderoso se aproxima, fazendo com que que ele saia correndo para não se ferir. Portanto, nada de seguir colado no carro de som, ok? Pode até usar algodão para proteger ainda mais os ouvidinhos, mas não esqueça de retirar quando voltar para casa.

- E, por último, não menos importante: a fantasia. Os cães não suam como os humanos, portanto, para escolher a fantasia do seu cãozinho, conforto deve ser a palavra fundamental. Nada de tecidos grossos, pesados ou longos, que podem incomodar e causar irritação e calor excessivo. A fantasia também não deve limitar ou impedir a movimentação normal do seu pet. Tenha certeza que a fantasia não está muito apertada no animal. Faça um teste onde você consiga colocar  três dedos entre a roupinha e o corpo do pet, especialmente no pescoço, para garantir seu conforto.  Certifique-se de que o tecido não seja inflamável e que seja à prova de fogo.  Fique atento a detalhes como botões, laços ou peças que se soltem facilmente. Eles podem ser engolidos e causar sufocamento nos animais ou fazer com que tropecem. Ao colocar a fantasia, observe a reação do seu mascote por um tempinho. Brinque, caminhe e veja se ele se sente a vontade. Qualquer sinal de desconforto, deixe a fantasia de lado e escolha um acessório como laços, bandanas, etc. E, durante o passeio certifique-se, com frequência, se o cachorro não está com calor ou incomodado com a fantasia ou acessório. Ah, os sinais são muito fáceis de identificar: Se o cão começar a se sacudir, tentar tirar, morder a roupa, latir, entre outros sinais, a fantasia ou acessório deve ser tirada imediatamente.

Fiquei muito linda de Alegria-Mouse, né?


– Se a opção for tingir o pêlo do animal, muito cuidado para não causar irritação, alergias ou até mesmo intoxicação na pele. E isso só deve ser feito por profissionais!!! 

- Tenha sempre o telefone do vet para o caso de uma emergência, além é claro, da recomendação de uma clínica que atenda 24 horas. Só para garantir! 

- Hoje já existem alguns bloquinhos e festas pet friendly, voltados para o carnaval com os mascotes. Essa pode ser uma melhor opção para curtir com o seu cãozinho. Mas não invalida nenhuma das dicas anteriores, tá?!

Bom, mas se você está no dilema porque é folião desde criancinha mas acha que carnaval não é coisa para animal, existem várias alternativas. Você pode sim, curtir a sua festa e, de preferência, sabendo que o seu bichinho está sendo bem cuidado e se divertindo também, mas de forma adequada à condição dele. Para isso, estão no mercado inúmeras opções creches e hotéis específicos para animais de estimação. Basta dar uma lida nos nossos artigos: Hotéis para Animais e Você vai e ele Fica?”.

Agora, se o Carnaval é um dos feriados mais aguardados para você pegar a estrada com o seu “companheiro de viagens”, pode usar e abusar do nosso Manual do Pet Viajantee da Busca de Hospedagem Pet Friendly.

Seja qual for a sua opção para curtir o Carnaval, o primordial deve ser a segurança e o bem-estar do seu mascote. Certifique-se disso e boa folia para vocês!!

Se não for com segurança e bem-estar, nem me leve!


Turismo 4 Patas

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

O que todo tutor de cachorro deve saber sobre a FEBRE AMARELA



O surto de febre amarela que vem acometendo alguns estados do Brasil tem deixado os tutores de animais de estimação de orelhas em pé. Especialmente aqueles que vivem ou que frequentam locais, considerados áreas de risco, com florestas e rios, onde o vírus e seus hospedeiros e vetores costumam estar.

Sim, isso também nos preocupa, claro. Afinal, estamos sempre desbravando trilhas no meio da mata e curtindo atividades em meio à natureza, através das aventuras da Turismo 4 Patas. E pensando, não somente em nossa equipe, como também em nossos clientes e nas muitas pessoas que nos escreveram pedindo dicas sobre como proteger o seu mascote de ser infectado pela Febre Amarela, resolvemos fazer uma pesquisa sobre o assunto e escrever esse artigo. Consultamos também médico veterinário, Dr. Gabriel Seabra, da Clinica Zoovet, especializada no atendimento de animais domésticos e silvestres.

A primeira coisa que temos pra te contar é: Relaxe, os cães (e os gatos) estão livres deste risco!!

No entanto, os mesmos mosquitos transmissores da Febre Amarela, também podem transmitir outras doenças aos nossos amiguinhos. Então, é preciso, sim, proteger o seu peludo. E, claro, se proteger também!

Existem dois tipos de febre amarela a Urbana e a Silvestre. A febre amarela Silvestre é transmitida pelo mosquito Haemagogus ou Sabethes, porém esses mosquitos não transmitem nenhuma doença aos pets. Já a febre amarela urbana é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti (sim, aquele famoso por conta da transmissão da dengue, Zika ou Chikungunya em humanos) e, neste caso, devemos ter uma atenção especial. Além de transmitir a dengue para os humanos, o Aedes aegypti pode infectar aos cães e gatos com a  Dirofilariose, popularmente conhecida como “verme do coração”.


A dirofilariose pode ser detectada por exame de sangue e tem tratamento, porém traz um risco potencial a saúde dos cães e gatos”, diz o Dr Gabriel Seabra, lembrando que a doença pode ser prevenida por meio do uso de medicamentos via oral e tópico, sempre com supervisão do medico veterinário de confiança.

A grande diferença entre a FAS (febre amarela silvestre) e a FAU (febre amarela urbana) são os atores do ciclo de transmissão: os VETORES, que no caso da FAS é o mosquito Haemagogus ou Sabethes e no caso da FAU é o Aedes aegypti; e os HOSPEDEIROS que são os macacos para a FAS e os humanos para a FAU. Ao picar um macaco ou um humano doente, o mosquito adquire o vírus e, depois de alguns dias, passa a ser capaz de transmitir a febre amarela a outros macacos ou humanos.

Portanto, a doença não é contagiosa, ou seja, não há transmissão de pessoa a pessoa e nem de animais às pessoas. É transmitida somente pela picada de mosquitos infectados com o vírus da febre amarela.

É importante que isso fique claro, pois temos visto muitos casos de macacos sendo agredidos e mortos por pessoas em parques e florestas pelo país. Tudo isso devido à desinformação ou à comunicação errônea dos fatos. Os MACACOS NÃO são os vilões da história. Nesse caso, eles estão na mesma posição que nós, os humanos que os agredimos.

Como podemos ver, a febre amarela não atinge somente nas áreas rurais.  Ela também está presente nas grandes capitais urbanas como São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, etc. As matas, florestas, rios, cachoeiras e parques podem se tornar um ambiente propício para a proliferação dos mosquitos, tanto quanto os recipientes de água parada que nós mantemos descuidadosamente em nossas casas. Portanto, o controle dos mosquitos é de responsabilidade de todos.

Qualquer pessoa não vacinada, independentemente da idade ou sexo, que se exponha em áreas de risco, pode contrair a doença e, num prazo entre 3 a 6 dias após ter sido infectada, apresentar sintomas como: febre, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. A maioria das pessoas melhora após os sintomas iniciais, aproximadamente 15% evoluem para uma fase mais grave da doença e, cerca de 20 a 50% dos casos graves podem ir a óbito.

Não há tratamento específico contra a doença. Os sintomas são tratados com analgésicos e antitérmicos, evitando os Salicilatos (AAS e Aspirina), pois o uso pode favorecer manifestações hemorrágicas.

Ficou claro?

Então, confere aqui mais algumas dicas e informações importantes:la. Os macacos são apenas hospedeiros da doença, ou seja, são apenas vítimas dos mosquitos Haemagogus e Sabethes, mas não transmitem a febre amarela para humanos. Quando eles são infectados e chegam a morrer, servem como indicativo da circulação do vírus no local. O ser humano é contaminado acidentalmente, quando vai para áreas rurais ou silvestres que tem a circulação do vírus através dos mosquitos. Portanto, os vilões da doença ainda são os mosquitos, que transmitem diversas doenças, não os macacos.

1)   Confira AQUI a lista de cidades com recomendação da vacina contra a febre amarela

2)   A forma de se proteger da febre amarela é por meio da vacinação. A vacina deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para áreas de risco, principalmente, para os indivíduos que são vacinados pela primeira vez. O Ministério da Saúde realizará, a partir de fevereiro, uma campanha de vacinação terá dose fracionada de febre amarela em três estados considerados mais críticos (SP, RJ e BA), mas a vacina também está disponível durante todo o ano nas unidades de saúde e em clinicas particulares. Mas, ATENÇÃO, a vacina é contraindicada para pacientes em tratamento de câncer, pessoas com imunossupressão e alérgicos à proteína do ovo. Também não se pode doar sangue por um período de quatro semanas após receber a dose da vacina.  Saiba onde se vacinar em SP, RJ e BA

3)   Ao apresentar algum dos sintomas mencionados, procure um médico na unidade de saúde mais próxima e informe sobre qualquer viagem ou atividade de risco feita em até 15 antes do início dos sintomas. A observação da morte de macacos assim como a picadas de mosquitos nos lugares de exposição devem ser informados ao médico assim como sobre o histórico do uso (ou não) da vacina contra a febre amarela.

4)   É importante ficar ligado nos possíveis meios de atração de mosquitos para dentro de casa, e um deles pode ser o recipiente de água dos pets. Deixar a água do potinho parada por muito tempo não é indicado: troque-a várias vezes ao dia ou ofereça a água em horários específicos, evitando assim acumular larvas do mosquito. Isso vale para qualquer outro local ou recipiente que possa acumular água parada.


5)   Para proteger o seu pet dos mosquitos, é indicado o uso de repelentes próprios para animais, feitos à base de óleos naturais como os de neem (aqui, no Brasil, temos os da Preserva Mundi), eucalipto-cidró (também conhecido como eucalipto-limão), canela, cedro, etc. A dição de alho, para quem é adepto da alimentação natural para pets, dá um reforço. Também já são encontradas no mercado roupas repelentes, cujos modelos variam de regatas a bandanas.  E, ainda, existem as já conhecidas medicações em forma de ampolas, coleiras ou mastigáveis. Converse com seu vet de confiança para saber a melhor opção para seu mascote.


Saiba mais informações sobre a Febre Amarela no Portal do Ministério da Saúde


Larissa Rios